segunda-feira, 16 de maio de 2011

Livro didático usado pelo MEC defende erros de concordância


Publicação didática defende o uso da expressão 'os livro'
reprodução

Do educAÇÃO BR
"A língua errada do povo é a língua certa do povo". Como Manuel Bandeira entendia, não existe o certo ou o errado em relação ao falar do povo, ao se expressar, o importante é comunicar o que se pretende com êxito, ou seja, falar e ser entendido, escutar e entender (oral e escrita). É claro que devemos prezar também nossa bela língua na sua norma culta, como chamam os nossos intelectuais, defensores de uma tradição, esta que deve ser ensinada.
O MEC não tem que defender nenhuma norma culta ou o português vulgar, deve defender a diversidade cultural e incentivar a busca do conhecimento antropológico da nossa língua, quebrando preconceitos linguísticos. Nosso idioma sempre sofreu e sofrerá transformações, pois nosso povo transforma-se também, devemos ter esse olhar ao tratar do nosso português, da nossa cultura popular que não é linear e nunca caberá em caixas prontas (padrão) onde só entra o dito como "correto".
Destak Jornal
Um livro escolar de língua portuguesa distribuído pelo Ministério da Educação a 4.236 escolas do país defende a escrita de expressões orais populares sem que haja necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância.

Na página 15 do exemplar Por uma vida melhor, da coleção Viver e Aprender, o texto afirma: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".

Variedade linguística

Em nota, o MEC garantiu que a publicação atende à Matriz de Competências do Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos, que reconhece variedades da língua portuguesa e a linguagem dos diversos grupos sociais. A obra ainda delega às escolas a função de ensinar convenções ortográficas.
 

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