quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Professores desabafam contra Governo de Eduardo Campos (PE) nas redes sociais

Foto de um dos últimos protestos nas rua de Recife-PE
Do educAÇÃO BR


O Desabafo abaixo foi veiculado nas redes sociais por lideres do MOPROPE, Movimento Organizado dos Professores de Pernambuco que desde 2009 tenta continuar uma luta bastante desigual, de cidadãos contra um governo que na pessoa de seu governador esmaga o que lhe convém, mesmo que isso quebre a lei, tudo apoiado nos seus altos índices de popularidade. É importante se ater que políticos (Principalmente no Brasil) podem usar a máquina, o poder da mídia e da propaganda para se manterem no poder, criando uma literal ficção referente às realizações da gestão, mas a prática pode ser inversa, os fatos até que mostram, estão expostos (quando dá) por ai, só que muitos "olhos pernambucanos" foram adestrados para não ver "nada", aliás, veem "tudo", menos a verdade. O projeto é fazer o mesmo com o Brasil.
Eduardo Campos quer ser presidente, quem viver verá, será que verá mesmo?

Do Moprope - Acompanhe a trajétória de luta acessando: http://moprope.zip.net/

Esperávamos que o Governador do estado de Pernambuco, Eduardo Campos, fosse o que afirma ser: socialista e defensor das causas sociais. Puro engano, governa o estado a mãos de ferro, tem ampla e total influência no TJPE e MPPE e dessa forma consegue rasgar a Carta Magna de 1988 (Constituição Federal), mantendo, no estado, funcionários com contratos temporários que podem chegar até seis anos, enquanto existem pessoas concursadas e que aguardam até hoje serem convocadas para assumir os postos.

Hoje houve uma reunião convocada pelo Secretário de Educação, Ricardo Dantas (PAU MANDADO, FANTOCHE ), para apresentar um posicionamento acerca do concurso da SEDUC 2008. O secretário reconheceu que há um déficit hoje no estado de Pernambuco de 1.200 Técnicos Educacionais e mais de 2.000 para Professores, porém, sarcasticamente, afirmou, em alto e bom tom, que o governo do estado reconhece a atual situação, mas não tem interesse em convocar os concursados, mantendo servidores contratados temporariamente, mesmo infringindo Normais Constitucionais. 

Que absurdo!!!!! FICA A SENSAÇÃO QUE NÃO EXISTE LEI NO NOSSO ESTADO... O que fazer diante desses homens que acham que podem passar por cima de tudo é de todos ...NOS AJUDEM DIVULGANDO ESSA VERGONHA NAS REDES SOCIAIS. 2014 VEM AI, EDUARDO. AGUARDE!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Curso de Pedagogia do Campo causa polêmica em Universidade.

UFT - Tocantinópolis - TO
Do educAÇÃO BR


            A recente implantação do Curso de Pedagogia do Campo com habilitação em música e artes, na Universidade Federal do Tocantins, campus de Tocantinópolis, este que antes tinha apenas dois cursos, Pedagogia e Ciências Sociais, ambos de licenciatura, esteve sobre dias turbulentos referentes a protestos, criticas agudas, defesas aguerridas no âmbito dos corpos docente e discente, e de outros críticos da comunidade.
O Brasil e seu passado agrícola, ainda presente, com séculos de colonização e todo contexto de maus tratos com os atores econômicos que sentavam nas mais inferiores camadas hierárquicas de um país moldado pelo escravismo, no regime do patriarcado aristocrático, do coronelismo, das oligarquias que pelo poder da terra até os dias atuais imprimem em nossa sociedade, ranços de preconceito e descompromisso ou agora exploradas pelo agronegócio, mesmo em tempos democráticos com as bases sociais que se fixaram e vivem ou sobrevivem do nosso campo.
Somente nos últimos anos, décadas, da redemocratização para cá, que a nossa educação entrou em um processo de reforma tanto de estado, como de aparelho administrativo e executivo, face mudanças na LDB, alterações que tentam tornar a nossa educação mais universal e comprometida com a justiça e inclusão social. E algumas mudanças podem incomodar, sempre podem ferir o estatuto da classe dominante, da elite que continua em suas devidas proporções ou “roupagens” a mesma de um Brasil que ficou “independente dependente”, com uma monarquia exclusivista, depois com um golpe da República que inventou uma democracia que só serviu e ainda serve a elite.
É só analisar uma conexão entre as várias criticas que receberam e ainda recebem politicas de cotas, de ingresso de jovens de baixa renda nas universidades federais, ao se misturarem com os filhos da elite, a aversão é entendível partindo do ponto vista do andar da nossa história, assim também ocorre com a implantação de um curso de pedagogia do Campo em detrimento de um de Direito, Medicina, Fisioterapia, ou outras formações consideradas elitistas.
Este discurso da “formação ideal” no Brasil sempre desqualificou as licenciaturas, a formação de professores é um caco de vidro, precária e incongruente com as demandas de qualidade no ensino e aprendizagem, os cursos que licenciam professores são ingressados por membros menos abastados da nossa sociedade, os descendentes dos que tem “posses” devem ter outra formação, os próprios pais, tanto os da elite quanto os de classes desfavorecidas tem o discurso de que o filho tem que ser “doutor”, o ser professor é carregado de preconceitos e desconfianças e muitas vezes colam na cabeça dos formandos em licenciatura e para tudo chegar a autodesvalorização da profissão ou não entendimento do papel do professor pelos próprios, é um pulo.
Mesmo que a universidade esteja enraizada em uma região com cheiro e cores do campo, mesmo nos espaços mais urbanizados das pequenas e médias cidades rodeadas de assentamentos, um curso de pedagogia do campo pode ser mal interpretado ou mesmo ignorado. É preciso entender as implicações politicas que escolhas de cursos como estes guardam, movimentos sociais de cunho acadêmico e políticos e às vezes partidários podem ser ingredientes destes processos que podem apresentar distorções, principalmente quando os interesses não sejam para as populações campestres, sobretudo uma formação que diretamente represente a melhoria de vida e qualidade no campo.
Há que se ater a casos particulares de cada universidade e seus contextos, a oferta de mais cursos e outros que chamem mais atenção dos jovens é por hora o único caminho para estes que não aprenderam e não entendem a importância das licenciaturas, muito menos uma voltada para o campo, até os viventes das zonas rurais, talvez queiram outras carreiras e nesta perspectiva isso pode ser ruim como também bom.
O campo no Brasil, as escolas que lá se erguem vivem outras dinâmicas, as cabeças pensam diferente das que estão em espaços mais urbanos, por isso é necessária uma pedagogia adequada, ou seja, um professor com esta formação, contudo, o termo “universidade” deve ser mais bem empenhado tanto na sua natureza de diversidade, pluralidade na sua grade cursos, como na atenção as demandas sociais das comunidades que atue praticando o ensino, pesquisa e “extensão”, principalmente quando o dinheiro público financia as decisões tomadas na academia, colocando a sociedade como receptora dos benefícios ou prejuízos de tais definições.