domingo, 25 de agosto de 2013

“A – riscada” vida de professor e a cidadania arranhada.

É ARRISCADO SER PROFESSOR NO BRASIL, CARRO DE PROFESSOR TAMBÉM CORRE RISCOS!
O risco ultrapassou a 1ª camada da tinta, não podendo ser tirado com polimento. O reparo custará em média 300 R$.
No Brasil já não é nenhuma novidade as péssimas condições que norteiam o trabalho diário dos professores em nossas escolas públicas e privadas, nos mais variados níveis os docentes enfrentam cotidianamente situações e obstáculos que traduzem os nossos péssimos resultados de qualidade da educação básica. São muitas as histórias de desrespeito ao trabalho e a vida dos professores, algumas de uns tempos para cá são pautas de matérias para programas de TV, destaques em jornais.

Esta matéria traz mais relatos de um filme da vida real onde muitos trabalhadores da educação, infelizmente são obrigados a atuar como personagens principais, vítimas de algozes que no final da história também não passam de vitimados, escarros e respingos desse desastre que é o nosso precário sistema de educação.

Era mais um dia ensolarado, a aula iniciando as 7:30, quatro horas de trabalho, quase meio dia, um professor sai em meio aos berros e tumultuada revoada dos nossos passarinhos que deveriam na maioria estar na escola para aprender a arte do voo. Chegando próximo do seu carro, o professor se depara com um grande risco, feito com algum instrumento pontiagudo, em meio ao sentimento de tristeza e revolta a resposta automática a primeira pergunta. – só pode ser coisa de aluno, do latim "sem luz".

É claro que poderia ser bem pior, vemos histórias muito mais pesadas, o que é uma lataria arranhada diante de professores que levam socos, empurrões, até tiros e facadas segundo a vasta literatura jornalística policial que temos? Além é claro de humilhações, ameaças e pressões psicológicas dos alunos que fazem professores definharem com seus nervos cada vez mais precisados de prescrições médicas.

Este exemplo menor, mas não menos grave e exemplar da problemática do oficio de professor e da educação deste país serve e muito para mais e mais reflexões que urgem de ações, propostas eficientes na melhoria do trabalho e na valorização deste profissional cada vez mais raro no mercado.
Peças arrancadas (Um espelhinho retrovisor e uma campainha). a bicicleta do professor que fica todos os dias dentro do espaço escolar. 
Reflexões que levaram o próprio professor a repensar sobre sua locomoção até a escola, sabendo que não ganha um salário de deputado e que não pode trocar de carro ou ter seguranças como os tem nossos parlamentares, decidiu adotar um meio de transporte alternativo, uma bike comprada a prestação pela internet, esta que também não escapou da “contra-argumentação mais lógica” de indivíduos meramente matriculados, lhes faltando a alcunha de estudantes, pois a bicicleta que teve algumas peças arrancadas mostra o grau de involução da nossa juventude em suas noções de cidadania em uma educação que falha tanto em casa como na escola, eles saem de casa para escola e da escola para casa de segunda a sexta para aplicarem todo “seus conhecimentos” nos patrimônios alheios.

São elementos de uma geração perdida, alunos (sem luz) que não se encontram nem dentro, nem fora da escola, que veem o professor que cobra ou que rigidamente cumpre com seu trabalho de ensinar como algo ofensivo, notas baixas, repostas ou métodos que não são exatamente como alguns destes matriculados desejam tornam o professor um soldado do outro lado,  o enxergando então como um alvo a ser eliminado, quando talvez seja este professor a única pessoa que pode realmente fazer algo que poderia tirá-los dessa caverna, o sol do conhecimento e os raios da razão estão perdendo para o confortável escurinho dessas muitas mentes, infelizmente.