quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Evolução da nossa Educação



Email interessante que está circulando na internet. O educAÇÃO BR divulga.




 


HÉDUCASSÃO...
sensacional! leiam
 

A Evolução da Educação:
 
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2010 ...:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder pois é proibido reprová-los).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00


E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado)

- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!

Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Escola Brasileira e o Dia 20 de Novembro

Faltam consciências de muitas cores
Do educAÇÃO BR
Está chegando mais um dia 20 de novembro e poucos brasileiros sabem o seu significado ou a sua função social. Muitas escolas trabalham muito por ser mais uma convenção dos calendários, pois muitos “educadores” também não compreendem a importância pedagógica do dia. Faltam consciências de muitas cores ainda no Brasil, cores da política, da nossa cultura, da nossa sociedade, a negra assim como as outras é obscurecida pelo apagão educacional que vivemos no Brasil.
Sabemos que a nossa educação não anda bem, desde sempre, não podemos confiar que hoje, séculos depois da escravidão somos uma nação consciente e livre de preconceitos, ainda mais se é na escola também que se des”aprende” os reais valores da nossa história e do nosso povo. O nosso bullying racial é iniciado pelos jesuítas, ensinam ainda que uma cultura é superior a outra nas escolas, grupos cristãos inferiorizam as religiões de matriz africana, admiração e temor ainda se misturam diante de apresentações de capoeira, danças e batuques nas escolas, muitas unidades de ensino não são áreas laicas, o proselitismo religioso corre solto, o conservadorismo "ético e moral" que perseguem os economicamente desfavorecidos e até os de orientação sexual diferente segue o mesmo ritmo. 
Um Brasil com sindromes coloniais ainda insiste na escravidão, ou será que o povo é livre dos seus antigos dominantes, das elites, governantes que nos negam direitos, que nos prendem a projetos de exploração maquiados de sociais, meios de manutenção de seus poderes? Se traçarmos uma linha do Brasil colonia até o republicano, veremos que os nomes mudaram mas a relação opressor-oprimido continua e até com as mesmas caracteristicas, podem até ter mudado os ares, mas muito do cheiro ainda ficou. De donatários e índios escravos, de senhores e negros escravos, a governantes corruptos e eleitores comprados, de patrões exploradores e seus empregados.
A escola que não funciona ou funciona só para cumprir calendário em dias como o 20 de novembro, é parte do esquema secular da relação de servidão do nosso povo. Continua se ensinando que o negro foi escravizado e pronto, e não se aprende direito os reflexos na sociedade atual resultantes de quase quatro séculos de sofrimento de milhões de um povo que se constitue a nação brasileira como a castanha constitui o caju, seja doce ou não, amarelo ou vermelho, todos no final somos caju.
Caímos nas teias positivistas dos dominantes e ganhamos sem saber direito um herói, o Zumbi que assim como nosso Tiradentes existiram muito mais para seus opressores do que para os seus próximos. Suas histórias são pintadas para nos dá um orgulho que incorporamos mais como uma forma simbólica da nossa memória do que significados conscientes do nosso passado ligado a nossa existência, ainda oprimida no nosso presente. A liberdade ainda é necessária, ainda precisamos nos livrar de vários grilhões, seria bom se pelo menos a cada dia 20, isso ficasse bem claro aos brasileiros de todas as cores.
   

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Professor Escravo


Dos grilhões ao quadro e giz.
Prof. Ana Caroline

Acordar às 6 da manhã de segunda a sexta, com uma carga horária de 40 horas semanais divididas em três turnos, quando não está ministrando as aulas em sala, está na sala dos professores planejando, quando está em casa, divide o tempo de se alimentar, trabalhos domésticos, e “descansar” com mais horas de planejamento ou correção de atividades e provas que sempre se estendem para os finais de semana, alguns ainda com sábado letivo. Um dia de trabalho que vai até perto do próximo, beirando a meia noite, dormir para recarregar-se para mais um dia de trabalho é a rotina para milhares de professores brasileiros.
O trabalho docente no Brasil é árduo e mal remunerado, sem valor e reconhecimento social, até ai nenhuma novidade, o problema é fazer tudo isso, ter essa grande responsabilidade de educar os filhos da nação, muitas vezes sem ter as mínimas condições e simplesmente não ser pago por isso. É a história de muitos educadores como a Ana Caroline, professora que deixou Imperatriz do Maranhão para se aventurar no Bico do Papagaio desde agosto deste ano, formada em Biologia, ministra aulas de biologia, ciências, química e religião em um colégio estadual do Tocantins.
Chegando ao quarto mês sem receber, a resistência financeira e psicológica está vencida assim como as inúmeras contas, débitos em mercados, farmácias, e vence também as caras que não tem mais expressão para ficar diante dos credores. A mais de cem quilômetros de casa, o cansaço e o desanimo são mais do que aparentes, e é claro que isso se reflete na qualidade das aulas.
O regime escravista de trabalho é caracterizado pela falta de direitos básicos, submissão a condições degradantes e desumanas. Ana Caroline assinou um contrato de trabalho com o governo do estado do Tocantins, o que legalmente a faz ter garantidos direitos trabalhistas, na prática, o direito que ela tem é o de dar aulas aconteça o que acontecer, sem receber por elas, logo surge uma imagem dos professores no pelourinho da educação.
A comparação deste regime de contrato com um regime de escravidão não chega a ser um exagero distante, lembrando-se do sofrimento dos negros africanos e afro-brasileiros na história do nosso país, é triste tentarmos fazer essa associação com os trabalhadores da educação no Brasil. Imaginamos a vida de qualquer trabalhador do século XXI que trabalha diariamente a mais de três meses e não recebe, logo enxergamos um cotidiano de incertezas, desânimo, insegurança, medos, um quadro do atual sistema capitalista completamente desumano, um ícone forte de um sistema de exploração da mão de obra.
O governo do estado do Tocantins pratica no funcionalismo público o que outros tantos estados brasileiros também fazem, sabemos que as prioridades são outras, educação não. A administração tocantinense afirma que pagará os contratos em dezembro, assim como professores efetivos que estão trabalhando 40 horas e recebendo apenas 20. A justificativa é que os atrasos são por conta da burocracia, alguns contratados receberam apenas um mês dos três trabalhados e também esperam o restante. O prejuízo já é certo, pois os descontos serão feitos em cima do valor de todos os meses juntos, o que reterá na fonte uma quantia grande do salário liquido dos professores.
O intrigante é que o governo em seu site da SEDUC-TO anunciou medidas de valorização da educação como a premiação de 12 milhões de reais para as escolas e seus profissionais, fora os gastos com a climatização das salas de aula, por exemplo. Tudo para 2012, enquanto na segunda metade de 2011, centenas de professores amargam o gosto de trabalhar tanto e não verem a cor dos seus pagamentos. Mais vale uma boa propaganda na mão do que dinheiro da folha salarial voando.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil, sobe um pouco seu IDH e continua escorregando na educação

Brasil é o 84º do ranking de IDH da ONU. 

Do educAÇÃO BR
"É evidente que o Brasil precisa melhorar seus índices educacionais para melhorar seu desenvolvimento humanos, como todos os analistas costumam destacar. Mas não deve deixar de lado seus esforços para combater a pobreza extrema e reduzir a desigualdade social." Pois bem, sem educação não há desenvlvimento humano, então nada de comemoração por algumas posições a frente, estamos entre os 15 países com a pior distribuição de renda do mundo, estas poucas posições não fazem o Brasil aparentemente ser melhor, falta literalmente condição de qualidade de vida para milhões de brasileiros, isso sim é visivel todos os dias.

Não adianta esperar uma melhor qualidade de vida se o que proporciona isto para qualquer cidadão no Brasil ainda é negado, uma educação de qualidade. E isto logo se aprende na escola ou em casa, - sem o estudo você não chega a lugar nenhum meu filho, sendo assim, vamos continuar engolindo cantos de vitória do governo e do PNUD ou vamos encarar que não há necessariamente um paralelo da situação de avanço econômico com desenvolvimento social em nosso país, falta educação do governo, por tanto, falta a do povo primeiro. 

De Carta Capital


Apesar da 84ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2011, desempenho vexatório para um país com a sétima maior economia do mundo, o Brasil tem melhorado a sua performance nos últimos anos. Tanto que, ao divulgar o novo relatório, na manhã desta quarta-feira 2, o escritório brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pontuou que, na evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, “o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram três ou mais posições”. Nem por isso há tantos motivos para celebrar.

De fato, na comparação com o ano anterior, o País avançou uma posição. Em 2010, o Brasil obteve a classificação 73 entre as 169 nações analisadas. Com a inclusão de 18 novos países e territórios reconhecidos pela ONU no cálculo, atingindo o número recorde de 187 estados avaliados, os pesquisadores do Pnud reclassificaram os desempenhos em anos anteriores. Daí a constatação de que o Brasil passou do 85º lugar para o 84º entre 2010 e 2011. O atual índice brasileiro (0,718) mantém o País no grupo de nações com desenvolvimento humano considerado elevado e está acima da média global (0,682). Comparado aos demais países dos Brics, só perde para a Rússia (0,755).

Gráfico com o IDH dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul): só a Rússia supera o Brasil
Há, contudo, um aspecto que costuma ser deixado em segundo plano nas avaliações sobre o IDH. Desde 2010, o Pnud divulga uma lista de países com o IDH ajustado à desigualdade (IDHAD). Neste ano, o índice brasileiro foi de 0,519, valor 27,7% inferior ao aferido pelo IDH tradicional. Isto ocorre em função das variáveis consideradas em um e outro indicador. O IDH convencional é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. No quesito renda, por exemplo, é considerada a renda per capita, uma média que mascara os problemas decorrentes da desigualdade social.

Como o Brasil está entre 15 países com pior distribuição de renda do planeta, o nosso IDHAD apresenta um valor bem abaixo do IDH tradicional, em alguns casos até inferior ao de nações africanas como o Gabão. No ranking do IDH convencional, estamos 22 posições à frente dos gabonenses. Ao considerar as variáveis de desigualdade, o desempenho do Gabão (0,543) é superior ao nosso. “Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru”, registra o Pnud.

Fato é que, no ranking dos 137 países que calculam o IDH ajustado à desigualdade, o Brasil cairia 13 posições, ficaria numa ainda mais vexatória 97ª posição. É evidente que o Brasil precisa melhorar seus índices educacionais para melhorar seu desenvolvimento humanos, como todos os analistas costumam destacar. Mas não deve deixar de lado seus esforços para combater a pobreza extrema e reduzir a desigualdade social.

Para ler a íntegra do relatório do Índide de Desenvolvimento Humano do Pnud, clique aqui.