quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Futebol X Educação. Um clássico no Brasil


Do educAÇÃO BR
Por Dhiogo Rezende.

O futebol é o frenesi, é o ópio do nosso povo, não deveria ser, pois o esporte, a sua prática, sua cultura é e pode ser muito pedagógico, contribui para o crescimento de qualquer sociedade, vide os antigos gregos. Mas um país que não leva a educação a sério, o futebol estranhamente alcança níveis de importância equivocadas e incoerentes, fica perigoso, torna-se elemento alienante e deformador, ludibriador, desviante das questões de suma importância. A proposito, deixando a bola um pouco de lado, como anda a nossa educação?


“O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.”



Os governos no Brasil não encaram a melhoria da educação como investimento e sim como gasto. Esse aspecto da nossa realidade somado e inter-relacionado a corrupção política, a manutenção da pobreza física e intelectual da massa, formam uma cultura do clientelismo, da alienação ou da banalidade em detrimento do conhecimento, da pesquisa, do saber, afundando qualquer sistema educacional.


O fato de ser emergente economicamente não garante a permanência desse status que sem qualidade de vida, esta que passa pela qualidade da educação não torna o Brasil de fato um “grande país”, apenas um país grande, com potencial para crescer, mas sem condições de sustentar-se como digno de grandeza.


Os finlandeses e os coreanos do sul despontam simplesmente por suas populações terem o nítido entendimento de que o crescimento só existe de fato se houver uma cultura do bem estar, uma sociedade harmônica e comprometida com as futuras gerações, paradigma construído dentro de um projeto de nação, de país que respeita e potencializa plenamente seu sistema de educação como sustentáculo vital do progresso.


Brasil: penúltimo na educação. Noticias como essas são menos circuladas do que muitas futilidades nas redes sociais da internet ou bobagens de programas enlatados da nossa mídia, mostra de que o Brasil continua caindo a cada dia, bem na nossa frente, o investimento na educação requer tempo para a colheita dos frutos, é um processo sobretudo, revolucionário que demanda maturação das mentalidades, principalmente do grupo de indivíduos mais atingidos por essa realidade, nossa juventude.


Enquanto este resultado “não incomoda”, eis as perguntas que a maioria dos brasileiros andam fazendo: Será que os estádios da copa estarão prontos em tempo? E as obras das olímpiadas? Quem será o novo técnico da seleção? Quem serão os convocados? Neymar será o grande nome do mundial?


São perguntas que preocupam o povo brasileiro, são "preocupações muito preocupantes"! Neste país do futebol, mas com certeza, não da educação, deve ter “cidadão” que olhe esta noticia e diga algo que soe mais ou menos assim, mesmo que inconsciente:  - Somos penta, ser penúltimo na educação não importa, para ser bom de bola não precisa estudar, rumo ao hexa! Aos conscientes, preocupa ou não?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ministro defende penas "pedagógicas" para corruptos do mensalão



Toffoli. Ministro do STF sobre condenações no caso do Mensalão:

"Aquele que comete um desvio com intuito financeiro, e tudo o que foi colocado aqui era o intuito financeiro, não era violência, não era atentar contra a democracia, não era atentar contra o estado democrático de direito porque o estado de direito era muito maior do que isso.” Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/toffoli-critica-penas-impostas-pelo-stf-aos-mensaleiros
Ministro do STF Dias Toffoli
 "Temos aqui uma banqueira condenada. Uma bailarina. Que ameaça real essa pessoa traz à violência da convivência humana?", disse ele.




Do educAÇÃO BR 
Por Dhiogo Rezende
No embalo de Pitágoras "É preciso educar as crianças para que não seja necessário castigar os adultos" outras frases cunharam-se e já pairam como bordão político para aqueles que defendem a educação como parâmetro para transformação e solução para tudo, é o exemplo de “no lugar de presídios, é preciso construir escolas”.

Faz muito sentido, é lógico que educação é o X de todas as questões ou problemas sociais, a própria cultura em seu conceito antropológico admite o processo de aprendizagem como parte integrante e integral na construção do seu próprio conceito, esta que só os humanos possuem e que os separam dos outros animais, é assim que as culturas nas diversas formas são transmitidas, pela aprendizagem.

Desta forma todos os valores humanos, morais, sociais são transmitidos e passados aos indivíduos membros de uma coletividade, a definição do que é certo ou errado processa-se nestas relações humanas, cristalizam-se e viram verdades, algumas básicas e essenciais para a sociedade se manter do jeito que é. O crime que seria a transgressão das verdades traduzidas em leis é algo tão comum e natural quanto a própria necessidade de manter tais verdades, essas que acompanhando o caráter multilinear e dinâmico da cultura podem mudar com o tempo.

É natural entendermos que regras não são e não podem ter total respeito por todos os indivíduos, além da natureza transgressora, há vários fatores que impedem os humanos de atenderem na totalidade aquilo que é posto para fazer ou não fazer, ainda mais quando há uma coerção, através da imposição e força de diversos instrumentos, entre eles as leis e as suas penalidades.

A ética então só pode ser sustentada através de um amplo processo de educação e esta só prevê atos positivos ao bem comum, a construção da ideia do melhor para todos, essa é essência da educação, o preparo para a vida, cabendo então o respeito aos valores, principalmente os intrínsecos a humanidade. 

No nosso país, a corrupção é um problema que a educação pode resolver, é um elemento nocivo que faz parte da gênese e da cultura do Brasil e em pleno processo de banalização, as prisões destes bandidos de ternos são no mínimo uma reparação já que temos "ladrões de galinha" na cadeia. Enquanto a educação não revoluciona, os individuos também podem aprender "ou não" com a reclusão ou seu exemplo, a questão é: como essa reclusão é aplicada e vivida pelos penitenciários, no caso do Brasil, nossa prisão não é nada (re)educativa.

Falando em educação, será que toda a formação, sua complexidade e vasta bibliografia que deve ser estudada por um Ministro da mais alta instância judicial do país (STF) não consegue ter a capacidade intelectual para entender que roubar milhões dos cofres públicos, é um ato que pode significar várias violências: do futuro ceifado de crianças sem boa escola, do sofrimento e da morte nos leitos (ou falta de leitos) dos hospitais públicos, dos baixos salários dos professores, médicos, policiais, da corrupção e formação de "milicias", políciais que matam e são mortos, da falta de emprego e educação e futuro que colocam milhares de jovens no crime para também matar e morrer, será excelentíssimo ministro que os detratores do mensalão não praticaram violência com seus "assaltos" ao dinheiro público e isso não atenta contra o estado de direito?

Ainda, como pedagogicamente punir/"ensinar uma lição" aos criminosos com cursos de graduação, pós graduação nas melhores universidades do país e do exterior, bandidos do colarinho branco que sempre tiveram altos cargos, apenas aplicando multas? Com declarações e concepções assim, vindas de um dos ministros do STF, realmente teremos que educar nossas crianças melhor, para que elas virem políticos que não precisem ser punidos e nem ministros da justiça que falem tamanhas besteiras sem juizo.




quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Gol de placa contra nossa educação. Mais um!



Câmara vota contra 100% dos royalties para a educação
 

 Do educAÇÃO BR

Não dá para entender, ou melhor, é possível entender muito bem, o gol contra na sociedade, contra a educação nacional, marcado pelos nossos representantes nada apresentáveis na postura de defesa dos nossos verdadeiros interesses. Temos senhores e senhoras, estes que colocamos a braçadeira de capitão nas eleições, ao invés de nos honrar, jogam claramente contra o nosso time, este que também deveria ser o deles, no entanto o time deles é outro, por baixo da camisa e do escudo da cidadania eles integram uma grande equipe líder e campeã no nosso país, a clássica e secular instituição da corrupção, com milhões de lideres e seguidores.


De 50% para 100%

 A ideia de aplicar 100% no lugar de 50% dos royalties da exploração do pré-sal na educação poderia em um país mais justo ser considerada até ousada, arrojada, mas no bom sentido, pois exagerar no investimento em educação é saudável, mas nunca poderia ser considerado algo errado, algo que seja preciso ser contra. Está bem claro com mais esse fatídico episódio na trama da nossa história, nos capítulos da novela Brasil que as personagens que representam a corrupção permanecem soberanas diante de todo azar de iniquidades, da violência, da fome, da ignorância, da miséria de tudo e de quase todos, personagens do núcleo secundário.

Vemos que quando a chance de gol parte do executivo (Governo Dilma) o legislativo rejeita, quando parte do legislativo o executivo veta, o jogo é esse, o antijogo social, nada de jogo limpo, a arbitragem é toda comprada, a justiça é uma mera finta e dribles desconcertantes para iludir, um ataque sem objetivo, a zaga bem aberta, e para finalizar a derrota da educação, pelo menos um golzinho contra, esses nossos jogadores estão matando o nosso time, a diferença é que o povo vai para última divisão, os corruptos se mantem na divisão especial, na elite diante desse jogo sujo.   

Câmara vota contra 100% dos royalties para a educação (07/11.2012)
Faltam ser analisados os destaques apresentados

O Plenário da Câmara, aprovou, por 286 votos a 124, o Projeto de Lei 2565/11, do Senado, que redistribui os royalties do petróleo entre estados e municípios produtores e não produtores. Faltam ser analisados os destaques apresentados.

O substitutivo do deputado Carlos Zarattini, do PT, que incluía 100% dos royalties do petróleo para a educação, foi derrotado.

Mais cedo, o ministro da educação, Aloizio Mercadante, declarou:

"Se nós não distribuímos educação, não vamos resolver o principal problema do desenvolvimento do Brasil. A ciência e tecnologia dependem da educação, a defesa depende da educação, a saúde depende, vamos desenvolver mais remédios e equipamentos, melhorar a qualidade da saúde da população, com mais prevenção se tivermos uma melhor educação. Ela é a base de todo desenvolvimento, por isso que o governo e a presidenta Dilma quer deixar um legado para a história."

Confira a matéria:

Para a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), uma das líderes da bancada, a votação é um gol contra o PNE:

"O substitutivo do Zarattini tinha foco, rumo e caminho ao defender os 100% dos royalties para a educação. Infelizmente essa casa votou contra a sociedade e perdeu o momento de fazer acontecer. Perdeu a chance de dizer ao país a que viemos e nos conduzir a outro patamar de desenvolvimento econômico e social se tivesse optado pelo relatório do Zarattini. Este é um gol contra o PNE e os 10% do PIB para educação. Espero que isso tudo possa ser revisto. Quero expressar meu descontentamento que o é o descontentamento da maioria da sociedade hoje."