domingo, 11 de dezembro de 2011

CONSELHO DE CLASSE. Aprovando a Reprovação.


A nossa educação é composta por sistemas que foram criados para aprovar em quantidade, mas sem qualidade.

Foto da WEB. Ilustração.


Do educação BR

As vésperas de mais um fim de ano letivo, se repetem fatos que pitam a feia imagem da nossa educação, principalmente a pública. Estudantes que não fizeram jus a alcunha durante todo o ano, nas duas últimas semanas resolvem se transformar, ficam mais comportados e fazem tudo que os professores pedem, e evidentemente que não podem aprender a soma de conhecimento de meses e meses anteriores.

Dado o caos secular que é a nossa educação, o faz de conta que se fez o ano inteiro (professores fingiram que ensinaram e estudantes fingiram que aprenderam) fica mais real no último bimestre. O medo de reprovar é o de ficar para trás em relação aos outros colegas, não sabem (ou sabem) que já estão atrás há muito tempo, os aprovados menos atrás do que os reprovados ou não necessariamente nessa ordem. Fingir que está tudo certo para os dois lados, professores-estudantes, pode evitar dores na consciência e noites mal dormidas, efeitos colaterais mais presentes nos mestres evidentemente.

A nossa educação é composta por sistemas que foram criados para aprovar em quantidade, mas sem qualidade, em alguns, o estudante que ficar reprovado em até três disciplinas pode passar no conselho tranquilamente, se o estudante ficar em apenas uma matéria, independente de sua nota, muitas escolas entendem que é quase impossível de ele ficar retido no conselho, principalmente quando esta disciplina é a que o corpo escolar julga como inferior ou menos necessária, como nos casos de artes, religião, educação física, línguas.

Alguns conselhos chegam a ser hilários de um certo ponto de vista, todo tipo de situação pode ser usada para a não reprovação de um estudante, doenças fantasiosas como o fato verídico de uma menina ter sua avaliação mais relaxada por ter segundo a mãe, “menstruado de mais” no período de provas, ou se tiverem certas características ou situações sociais são tratados como especiais e na prática não podem ser reprovados, estudantes pobres que tem muitos irmãos ou moram longe (zona rural), que trabalham, ou meninas que estão no início da gravidez ou bem depois da licença maternidade são exemplos.

Ainda acontece de a reprovação, de um número limite, claro, para não macular a unidade escolar perante o sistema, ser por critérios não técnicos quanto ao desempenho dos estudantes nas aulas, pode variar desde a sua postura ou aparência até seu grau de antipatia ou não parentesco com o corpo docente e funcionários da escola ou o professor na sua avaliação, tem que decidir entre tantos candidatos a reprovação, os casos que ele julgar como os piores. 

No ano seguinte, estes alunos riem dos professores, principalmente daqueles que falam em reprovação para angariar mais compromisso por parte do alunado. Muitos não entendem quase nada dos conteúdos escolares ministrados, no entanto, entendem muito bem que mesmo assim, ele pode ser aprovado sem aprender o que pode e o que deve, assim passam a maior parte do ano literalmente brincando, basta ter frequência, essa que além da aprovação, pode render a continuidade do recebimento de bolsas assistenciais do governo.

O resultado é devastador na qualidade, estudantes de ensino médio que não sabem ler e escrever direito, que não tem noções básicas das disciplinas das séries que foram aprovados, ao receberem novos ou reformulados conteúdos das séries seguintes, ficam cegos em um verdadeiro tiroteio de novas informações, piorado com a situação de que o conteúdo que era para ser antigo, na verdade é muito novo para eles também.

A ponta hierárquica do sistema está nas secretárias de educação que não querem índices ruins, os resultados reais das avaliações não podem aparecer, pois estes seriam desastrosos para fins eleitorais e manutenção das gestões no poder. A ordem passa do cume da pirâmide para as diretorias regionais que a empurram para as direções das escolas que acabam passando a bomba com o pavio bem curto para as mãos dos nossos professores.

Muitos dos nossos mestres não conseguem lidar com a pressão, direções e coordenações pedagógicas chegam a fazer terrorismo psicológico, ameaçando, dizendo que ordens superiores aparecerão na escola para confrontar o professor e suas avaliações quanto às notas baixas expedidas, assim os docentes se veem perdidos, no fim resta o professor sujar suas mãos, seu diploma e aprovar estudantes as dezenas sem condições de seguirem adiante nas próximas séries.

O pior é que esta maquiagem da aprovação de 85%, 90% ou mais, não é muito boa, não resiste aos jatos d’água fria das avaliações externas como a Prova Brasil e o ENEM, as cores borram e saem por completo, estudantes que tiram somente notas altas na sua escola, tem um desempenho horrível nestas provas externas, vemos que os sistemas de educação pública têm suas escolas com os piores resultados no subsolo dos rankings, enquanto na ponta aparecem escolas (na maioria particulares) onde quem não alcança os níveis não é aprovado, e sem choro, nem vela só passa quem sabe. 

Sendo assim, a culpa pode cair sobre os professores, os galhos fracos do sistema, pois são eles que estão nas salas de aula, o sistema de coação das secretarias fica escondido nesta fase, o professor é que surge como vilão, como o "único elemento" que não está fazendo seu trabalho direito.



 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Evolução da nossa Educação



Email interessante que está circulando na internet. O educAÇÃO BR divulga.




 


HÉDUCASSÃO...
sensacional! leiam
 

A Evolução da Educação:
 
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2010 ...:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder pois é proibido reprová-los).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00


E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado)

- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!

Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Escola Brasileira e o Dia 20 de Novembro

Faltam consciências de muitas cores
Do educAÇÃO BR
Está chegando mais um dia 20 de novembro e poucos brasileiros sabem o seu significado ou a sua função social. Muitas escolas trabalham muito por ser mais uma convenção dos calendários, pois muitos “educadores” também não compreendem a importância pedagógica do dia. Faltam consciências de muitas cores ainda no Brasil, cores da política, da nossa cultura, da nossa sociedade, a negra assim como as outras é obscurecida pelo apagão educacional que vivemos no Brasil.
Sabemos que a nossa educação não anda bem, desde sempre, não podemos confiar que hoje, séculos depois da escravidão somos uma nação consciente e livre de preconceitos, ainda mais se é na escola também que se des”aprende” os reais valores da nossa história e do nosso povo. O nosso bullying racial é iniciado pelos jesuítas, ensinam ainda que uma cultura é superior a outra nas escolas, grupos cristãos inferiorizam as religiões de matriz africana, admiração e temor ainda se misturam diante de apresentações de capoeira, danças e batuques nas escolas, muitas unidades de ensino não são áreas laicas, o proselitismo religioso corre solto, o conservadorismo "ético e moral" que perseguem os economicamente desfavorecidos e até os de orientação sexual diferente segue o mesmo ritmo. 
Um Brasil com sindromes coloniais ainda insiste na escravidão, ou será que o povo é livre dos seus antigos dominantes, das elites, governantes que nos negam direitos, que nos prendem a projetos de exploração maquiados de sociais, meios de manutenção de seus poderes? Se traçarmos uma linha do Brasil colonia até o republicano, veremos que os nomes mudaram mas a relação opressor-oprimido continua e até com as mesmas caracteristicas, podem até ter mudado os ares, mas muito do cheiro ainda ficou. De donatários e índios escravos, de senhores e negros escravos, a governantes corruptos e eleitores comprados, de patrões exploradores e seus empregados.
A escola que não funciona ou funciona só para cumprir calendário em dias como o 20 de novembro, é parte do esquema secular da relação de servidão do nosso povo. Continua se ensinando que o negro foi escravizado e pronto, e não se aprende direito os reflexos na sociedade atual resultantes de quase quatro séculos de sofrimento de milhões de um povo que se constitue a nação brasileira como a castanha constitui o caju, seja doce ou não, amarelo ou vermelho, todos no final somos caju.
Caímos nas teias positivistas dos dominantes e ganhamos sem saber direito um herói, o Zumbi que assim como nosso Tiradentes existiram muito mais para seus opressores do que para os seus próximos. Suas histórias são pintadas para nos dá um orgulho que incorporamos mais como uma forma simbólica da nossa memória do que significados conscientes do nosso passado ligado a nossa existência, ainda oprimida no nosso presente. A liberdade ainda é necessária, ainda precisamos nos livrar de vários grilhões, seria bom se pelo menos a cada dia 20, isso ficasse bem claro aos brasileiros de todas as cores.
   

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Professor Escravo


Dos grilhões ao quadro e giz.
Prof. Ana Caroline

Acordar às 6 da manhã de segunda a sexta, com uma carga horária de 40 horas semanais divididas em três turnos, quando não está ministrando as aulas em sala, está na sala dos professores planejando, quando está em casa, divide o tempo de se alimentar, trabalhos domésticos, e “descansar” com mais horas de planejamento ou correção de atividades e provas que sempre se estendem para os finais de semana, alguns ainda com sábado letivo. Um dia de trabalho que vai até perto do próximo, beirando a meia noite, dormir para recarregar-se para mais um dia de trabalho é a rotina para milhares de professores brasileiros.
O trabalho docente no Brasil é árduo e mal remunerado, sem valor e reconhecimento social, até ai nenhuma novidade, o problema é fazer tudo isso, ter essa grande responsabilidade de educar os filhos da nação, muitas vezes sem ter as mínimas condições e simplesmente não ser pago por isso. É a história de muitos educadores como a Ana Caroline, professora que deixou Imperatriz do Maranhão para se aventurar no Bico do Papagaio desde agosto deste ano, formada em Biologia, ministra aulas de biologia, ciências, química e religião em um colégio estadual do Tocantins.
Chegando ao quarto mês sem receber, a resistência financeira e psicológica está vencida assim como as inúmeras contas, débitos em mercados, farmácias, e vence também as caras que não tem mais expressão para ficar diante dos credores. A mais de cem quilômetros de casa, o cansaço e o desanimo são mais do que aparentes, e é claro que isso se reflete na qualidade das aulas.
O regime escravista de trabalho é caracterizado pela falta de direitos básicos, submissão a condições degradantes e desumanas. Ana Caroline assinou um contrato de trabalho com o governo do estado do Tocantins, o que legalmente a faz ter garantidos direitos trabalhistas, na prática, o direito que ela tem é o de dar aulas aconteça o que acontecer, sem receber por elas, logo surge uma imagem dos professores no pelourinho da educação.
A comparação deste regime de contrato com um regime de escravidão não chega a ser um exagero distante, lembrando-se do sofrimento dos negros africanos e afro-brasileiros na história do nosso país, é triste tentarmos fazer essa associação com os trabalhadores da educação no Brasil. Imaginamos a vida de qualquer trabalhador do século XXI que trabalha diariamente a mais de três meses e não recebe, logo enxergamos um cotidiano de incertezas, desânimo, insegurança, medos, um quadro do atual sistema capitalista completamente desumano, um ícone forte de um sistema de exploração da mão de obra.
O governo do estado do Tocantins pratica no funcionalismo público o que outros tantos estados brasileiros também fazem, sabemos que as prioridades são outras, educação não. A administração tocantinense afirma que pagará os contratos em dezembro, assim como professores efetivos que estão trabalhando 40 horas e recebendo apenas 20. A justificativa é que os atrasos são por conta da burocracia, alguns contratados receberam apenas um mês dos três trabalhados e também esperam o restante. O prejuízo já é certo, pois os descontos serão feitos em cima do valor de todos os meses juntos, o que reterá na fonte uma quantia grande do salário liquido dos professores.
O intrigante é que o governo em seu site da SEDUC-TO anunciou medidas de valorização da educação como a premiação de 12 milhões de reais para as escolas e seus profissionais, fora os gastos com a climatização das salas de aula, por exemplo. Tudo para 2012, enquanto na segunda metade de 2011, centenas de professores amargam o gosto de trabalhar tanto e não verem a cor dos seus pagamentos. Mais vale uma boa propaganda na mão do que dinheiro da folha salarial voando.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil, sobe um pouco seu IDH e continua escorregando na educação

Brasil é o 84º do ranking de IDH da ONU. 

Do educAÇÃO BR
"É evidente que o Brasil precisa melhorar seus índices educacionais para melhorar seu desenvolvimento humanos, como todos os analistas costumam destacar. Mas não deve deixar de lado seus esforços para combater a pobreza extrema e reduzir a desigualdade social." Pois bem, sem educação não há desenvlvimento humano, então nada de comemoração por algumas posições a frente, estamos entre os 15 países com a pior distribuição de renda do mundo, estas poucas posições não fazem o Brasil aparentemente ser melhor, falta literalmente condição de qualidade de vida para milhões de brasileiros, isso sim é visivel todos os dias.

Não adianta esperar uma melhor qualidade de vida se o que proporciona isto para qualquer cidadão no Brasil ainda é negado, uma educação de qualidade. E isto logo se aprende na escola ou em casa, - sem o estudo você não chega a lugar nenhum meu filho, sendo assim, vamos continuar engolindo cantos de vitória do governo e do PNUD ou vamos encarar que não há necessariamente um paralelo da situação de avanço econômico com desenvolvimento social em nosso país, falta educação do governo, por tanto, falta a do povo primeiro. 

De Carta Capital


Apesar da 84ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2011, desempenho vexatório para um país com a sétima maior economia do mundo, o Brasil tem melhorado a sua performance nos últimos anos. Tanto que, ao divulgar o novo relatório, na manhã desta quarta-feira 2, o escritório brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), pontuou que, na evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, “o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram três ou mais posições”. Nem por isso há tantos motivos para celebrar.

De fato, na comparação com o ano anterior, o País avançou uma posição. Em 2010, o Brasil obteve a classificação 73 entre as 169 nações analisadas. Com a inclusão de 18 novos países e territórios reconhecidos pela ONU no cálculo, atingindo o número recorde de 187 estados avaliados, os pesquisadores do Pnud reclassificaram os desempenhos em anos anteriores. Daí a constatação de que o Brasil passou do 85º lugar para o 84º entre 2010 e 2011. O atual índice brasileiro (0,718) mantém o País no grupo de nações com desenvolvimento humano considerado elevado e está acima da média global (0,682). Comparado aos demais países dos Brics, só perde para a Rússia (0,755).

Gráfico com o IDH dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul): só a Rússia supera o Brasil
Há, contudo, um aspecto que costuma ser deixado em segundo plano nas avaliações sobre o IDH. Desde 2010, o Pnud divulga uma lista de países com o IDH ajustado à desigualdade (IDHAD). Neste ano, o índice brasileiro foi de 0,519, valor 27,7% inferior ao aferido pelo IDH tradicional. Isto ocorre em função das variáveis consideradas em um e outro indicador. O IDH convencional é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. No quesito renda, por exemplo, é considerada a renda per capita, uma média que mascara os problemas decorrentes da desigualdade social.

Como o Brasil está entre 15 países com pior distribuição de renda do planeta, o nosso IDHAD apresenta um valor bem abaixo do IDH tradicional, em alguns casos até inferior ao de nações africanas como o Gabão. No ranking do IDH convencional, estamos 22 posições à frente dos gabonenses. Ao considerar as variáveis de desigualdade, o desempenho do Gabão (0,543) é superior ao nosso. “Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru”, registra o Pnud.

Fato é que, no ranking dos 137 países que calculam o IDH ajustado à desigualdade, o Brasil cairia 13 posições, ficaria numa ainda mais vexatória 97ª posição. É evidente que o Brasil precisa melhorar seus índices educacionais para melhorar seu desenvolvimento humanos, como todos os analistas costumam destacar. Mas não deve deixar de lado seus esforços para combater a pobreza extrema e reduzir a desigualdade social.

Para ler a íntegra do relatório do Índide de Desenvolvimento Humano do Pnud, clique aqui.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Marcha de professores - Exército dos 10% pelo PIB educação.

Professores marcham em Brasília pelos 10% do PIB para a educação

Marcha pretende reunir 10 mil trabalhadores para pressionar deputados e senadores a encaminhar a proposta


Do educAÇÃO BR.

Quantos pés terão que marchar ainda no solo de Brasília para que o cumprimento de leis ou medidas que concensualmente no mundo da ética desenvolvem positivamente a educação de um país? Quem pode ser contra algo que melhore a educação? Declaradamente ninguém, é irracional em uma sociedade moderna, no século da informação e conhecimento, muito menos os políticos, eles não são loucos para em seus depoimentos emitirem ideias contrárias a educação de qualidade, mas no entanto, são contraditórios ao proporem ou apoiarem medidas inimigas da educação, ou simplesmente ignorar leis ou propostas, principalmente os de cargos executivos, governadores por exemplo.
Marchar é preciso, o ético e justo não podem ser engolidos pela vontade secular das elites continuarem negando a massa o direito a educação, o direito de enxergar e definir os caminhos a seguir em uma sociedade que só será igual e realmente democrática através das águas que correm nos leitos da nossa educação, e assim como água, não se nega a ninguém. 


São Paulo – Professores de todo o país organizam uma passeata para esta quarta-feira (26) em Brasília, para pressionar parlamentares a defender a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) ao setor de educação. A marcha, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), estima reunir cerca de 10 mil pessoas, entre profissionais do setor, estudantes e população, que também devem protestar pelo cumprimento da lei do piso do magistério em todos os estados e municípios.
 

Em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta terça-feira (25), Roberto Leão, presidente da CNTE, disse que a pressão sobre o Congresso é essencial para que avance o processo de melhorias na educação e para que os profissionais da área tenham seus direitos respeitados.“Consideramos essa Marcha decisiva para a aprovação dos 10% do PIB para a educação e para denunciar o não cumprimento do Piso Salarial (dos professores) pelos estados e municípios”, disse.

Cerca de 140 mil cartões-postais assinados em campanhas feitas durante o semestre nos 43 sindicatos filiados serão entregues ao relator do Plano Nacional de Educação (PNE) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, Ângelo Vanhoni (PT-PR). O encontro está marcado para o período da manhã. Outros abaixo-assinados em apoio à luta da categoria devem ser colhidos ainda na quarta.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mais um dia parado por uma educação que não anda no Brasil.

Paralisação pela Educação no Tocantins: professores vão às ruas por melhorias no sistema educacional
Professores na paralização em frente a Diretoria de Ensino em Araguatins - TO

Do educAÇÃO BR - Por Marcos Vinicius
Fotos de Dhiogo Rezende.
Em um estado que se gaba por pagar um dos melhores salários do país na educação, supostamente esse tipo de evento não deveria se fazer necessário. Infelizmente, ainda existem governos que, em plena democracia, “brincam” de governar e cometem as maiores atrocidades quando o assunto é educação.

A propaganda que o governo faz é de que a educação é fundamental para o crescimento de um país. Ora, isso é fato. Porém, a prática se mostra completamente diferente: não há a devida valorização dos profissionais. Os professores recebem salários inadequados com o trabalho que exercem, não possuem as condições necessárias para desenvolverem um trabalho mais eficaz, é enorme a dificuldade de realizar especializações e cursos de formação continuada, além da falta de reconhecimento por parte da sociedade.
Ainda por cima, a ideia de que a profissão é uma missão e que somos os salvadores da pátria funciona como um argumento para governo e sociedade martirizarem e até desrespeitarem o docente. Há pouco tempo ouvimos o governador do Ceará afirmar que “professor tem que trabalhar por amor” e em seguida, utilizar a polícia para conter a manifestação da classe. Acima de tudo, o professor é um profissional como todos os outros, e trabalha para a construção de um país mais justo e igualitário.
Desse modo, nessa terça-feira aconteceu o que podemos considerar um marco histórico na educação do Tocantins: cerca de 200 professores e professoras das redes estadual e federal participaram da Paralisação pela Educação, promovida pelo Sintet – Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Tocantins e Sinasefe – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação, em Araguatins.

Mesmo debaixo do sol beirando os 40°, os educadores não se acanharam: foram às ruas para reclamar do descaso do governo brasileiro, e em especial, tocantinense, tem com a educação. Ao som de músicas criticando as palavras de campanha de Dilma Roussef e aos gritos de “Trabalhador na Rua, governo a culpa é sua”, a marcha seguiu pelas principais vias da cidade, culminando em ato público realizado em frente à sede da Diretoria Regional de Ensino.

“Estamos em greve desde o dia 02 de agosto. Temos uma pauta com as reivindicações. Já tentamos conversar com o governo, mas eles simplesmente não querem nos receber”, disse Aline Correa, técnica administrativa do IFTO – Instituto Federal do Tocantins e assessora de comunicação do Sinasefe. “Queremos um reajuste salarial de 14%, mas a proposta do governo é de apenas 4%. Além do mais, queremos que as gratificações contem como salário, tendo em vista que, na aposentadoria do servidor, haverá uma redução muito grande de valores. Além disso, que essas melhorias sejam estendidas aos técnicos, o que o governo não aceita”, completou.
Carlos Furtado - Diretor de Políticas Sociais do SINTET

Um dos principais militantes do Sintet, Carlos de Lima Furtado, diretor de políticas Sociais, apresentou as propostas para os professores da rede estadual. “Temos colegas que tivera o salário reduzido por conta da diminuição de turmas”, afirmou. “Isso sem contar o absurdo que é tirar as horas de planejamento dos professores, sob pena de redução de salário. O argumento do governo é a necessidade de contenção de gastos” acrescentou Carlos. “Queremos que o governo cumpra a lei. O governo se propõe a pagar a data-base a partir de janeiro de 2012. Nós concordamos que seja paga em 4 parcelas, mas eles disseram que só pagam em 24 vezes. Isso é inaceitável. Desse modo, alguns companheiros vão receber R$10.”
Questionado sobre a possibilidade de greve, Carlos foi enfático. “Nós nos reuniremos em Assembleia em Palmas dia 25. Caso o governo não se manifeste, há uma grande possibilidade. Se o governo pretendia reestruturar a pasta, que esperasse até o ano que vem. Como estamos praticamente no final do ano letivo, isso atrapalhou muito as coisas” completou.
Estudantes do Instituto Federal de Araguatins - Sem Aulas.

No final das contas, os maiores prejudicados são os alunos. Lorran Marinho, estudante do curso de computação do IFTO – Araguatins, ressaltou: “Não acho que os professores estejam errados. Já estamos há quase 3 meses sem aula e nem assim o governo se sensibiliza” comentou. ”A gente vê no jornal falando que as empresas só contratam quem tem qualificação. A gente quer estudar, quer se preparar para entrar no mercado de trabalho” acrescentou, indignado.

Referências da matéria:

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jovens do Brasil, ainda distantes do ENEM e do Ensino Superior.

“Aquilo que o ENEM e o Brasil lhes pedem, não é o que a educação lhes dá.”



Cartaz de divulgação do ENEM no Colégio Estadual Buriti. Foto: Dhiogo Rezende
 
Do educAÇÃO BR.

O Exame Nacional do Ensino Médio surgiu no governo Lula como um instrumento inovador de avaliação e aos poucos foi sendo incorporado como uma forma padrão de ingresso nas universidades públicas e até nas particulares ligadas a outro projeto de inclusão ao ensino superior, o PROUNI.
As falhas de segurança do exame, ocorridas nos últimos anos, fizeram com que algumas universidades tradicionais quanto ao ingresso e seleção de seus estudantes, como a USP ainda resistam a adotar oficialmente o ENEM como processo seletivo. Contudo, depois dos vendavais na credibilidade do exame e da condução do Ministério da Educação, o ENEM resistiu e continua vivo e neste ano de 2011 se apresenta aos jovens que cursam os 3ª anos de todo o Brasil como um passaporte para a realização dos sonhos de fazer uma faculdade.
Mesmo com inúmeras criticas aos modelos de prova, as questões buscam habilidades e competências alinhadas ao perfil mais moderno e atualizado de um estudante concluinte do ensino médio. As duas provas realizadas em dois dias, somando 180 questões e uma redação cobram muita interpretação e analise de texto em todas as áreas do conhecimento, as questões trazem para o estudante níveis diferentes de complexidade, exigindo reflexão, criticidade dos conteúdos vistos nos programas do ensino médio.
As provas exigem do estudante uma formação técnica para o mercado de trabalho associada a uma visão humana, critico-social do mundo, seus diversos aspectos e relações. As questões se distanciam dos moldes ultrapassados de perguntas meramente objetivas e técnicas que incitam o aprendizado “decoreba”, de modo que seleciona os estudantes que estão concluindo o ensino básico com uma compreensão mais plena, significando os conteúdos a suas vidas, a realidade, ao mundo em que estão inseridos. Resumindo, nas 180 questões e redação do exame, ou estudante sabe ou não sabe.
Infelizmente no Brasil, o que se pede aos estudantes, não é o que se dá, principalmente para aqueles que estudam nas escolas públicas, mais ainda para os que estudam em regiões afastadas dos grandes centros. O sistema educacional do país é muito defasado e em muitos casos nega a estrutura para uma formação intelectual congruente com os níveis cobrados no ENEM e na própria vida social “capitalista”.
O ENEM inova na avaliação dos estudantes, mas mantém-se como um sistema excludente imitando o irmão mais velho e ultrapassado, o vestibular. Continua o sistema de seleção que privilegia as elites que podem executar com dinheiro o direito constitucional de um estudo de qualidade para seus herdeiros, enquanto os economicamente prejudicados da nação, famílias parentadas da classe média baixa e da pobreza assistida pelo Bolsa Família matriculam seus filhos no ensino público, onde ainda a cultura do saber, do conhecimento não é fornecida, nem pode ser compreendida como um direito e muito menos praticada com qualidade, tudo isto acompanhado das propositais irregularidades e “des-controles” com a educação pública por parte dos governos nos três níveis do poder público.
Mesmo com as inúmeras propagandas de extensão universitária e melhorias do ensino básico anunciadas pelos governos Lula-Dilma e executivos de muitos estados, fazer uma faculdade, pode continuar sendo apenas mais um sonho para muitos estudantes do país e do norte do Tocantins por exemplo. Uma região conhecida como Bico do Papagaio, cercada de belezas naturais, mas que apresenta índices alarmantes de desenvolvimento humano.
No Bico, as dificuldades já começam pela inexistência de universidades públicas na região, até as privadas são escassas, de forma que os poucos jovens, que primeiro se interessam e depois conseguem índices no ENEM, terão que ter toda uma logística e estrutura financeira para cursarem a faculdade em outros estados ou a 600, 700 km na capital, Palmas.
A região que na época da criação do estado em 1988 tinha mais de 50% de analfabetismo, fato que somado a baixa cobertura escolar e baixos índices de desenvolvimento humano, entre outros, formou uma barreira para educação e consequente aprendizado de qualidade da geração pioneira do antigo norte goiano. 23 anos depois, houve melhorias estruturais e sociais, mas os jovens dos pequenos municípios do Bico do Papagaio herdaram um distanciamento e desnivelamento para uma cultura do saber. Para muitos, a escola básica é um castigo forçado pelos pais que por fatores culturais e sociais pensam que a educação é dever exclusivo do estado, não participando da vida escolar dos filhos.
Exceto as comunidades rurais que tem suas dificuldades de aprendizado e estabelecimento de uma cultura escolar mais ligada a fatores do trabalho agrícola, nasce nos perímetros urbanos uma cultura do ócio juvenil, onde o cotidiano que poderia ser produtivo com as atividades escolares é substituído por um vazio intelectual ou cultura de massa em festas de sexta a domingo.
Os professores com ensino superior, especializados por área/disciplina são geralmente de outros estados, enquanto a maior parte dos educadores da região fez o magistério (normal-médio) com ensino a distancia. Na rede estadual os professores locais em sua maioria não são concursados, pois as vagas dos certames costumam ser ocupadas por candidatos de fora, que muitas vezes migram para outras cidades e escolas por não adaptação ou por motivos de melhoria profissional, juntamente a instabilidade dos contratados por questões politicas, aumentam o fluxo (vai e vem) ou a falta de docentes, o que é mais um ponto negativo para o ensino e aprendizagem.
Apesar das adversidades é possível observar pontos de luzes no fim do túnel, um desses pontos luminosos são alguns estudantes que mesmo inseridos em um meio social cercados de elementos de uma cultura torta ou desalinhada dos caminhos da educação de qualidade, acreditam na sua capacidade e continuam querendo e fazendo para chegarem lá. Em Buriti do Tocantins que tem cerca de nove mil habitantes e três unidades da rede pública oferecendo o ensino médio, teve em 2010 no maior colégio do município apenas 16 inscritos no ENEM, ainda no ano passado, o caçula dos estados ficou em ultimo lugar no Exame Nacional juntamente com o seu fronteiriço irmão Maranhão.
Procuramos alguns estudantes do 3ª ano do Colégio Estadual Buriti que estão às vésperas do ENEM 2011 em outubro. Eles contaram para o educAÇÃO BR as dificuldades e suas aspirações de futuro.

Samara Lorranny (17), Wandson Pereira (18) e Sinara Bonilha (17) Foto: Dhiogo Rezende. 


Os três estudantes do ensino médio disseram que a estrutura do colégio é boa e que existem bons professores, mas que algumas aulas não são bem aproveitadas por conta da bagunça, falta de atenção, falta de respeito e desinteresse das turmas pelas disciplinas e seus docentes, e também pela falta de inovação e até dominio de conteúdo nas aulas de alguns professores. "Quem tem mais interesse, nas salas fica prejudicado". Fatos que às vezes lhes causam desmotivação, sentimento que eles também observam nos educadores.
Percebo que o nível das aulas e das provas tem que ser maior, mas não é assim por não acompanhar o nível das turmas, vemos muita aprovação aqui, mas é o contrario do que acontece no ENEM. Afirmou Sinara.
Ainda mais desmotivador para eles é a falta do poder público na oferta de cursos e até postos de trabalho na região. Desanima saber que as provas são difíceis, a competição é grande e que existe gente melhor preparada em cidades maiores, e que se conseguirmos um bom resultado no ENEM, teremos que deixar a cidade, a família, os amigos para fazer algum curso bem distante. Disseram os estudantes.   




     

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ceará mostra o verdadeiro "socialismo" no trato com a educação.

Professores em greve entram em confronto com a polícia no Ceará.

Do  educAÇÃO BR 


O estado do Ceará mostra como é o seu “Socialismo”. Nas campanhas eleitorais surgem as conotações e denotações de um governo prospero e diretamente ligado às questões sociais, mas na prática, pós-eleição são na verdade de um stalinismo de raízes capitalistas, tão supressor e autoritário e violento quanto o regime do ditador soviético.
Interessante é que vemos que é um modelo pronto, planejado, temos o exemplo do governador de Pernambuco que se assemelha muito ao colega cearense, ambos de um partido de sigla socialista (PSB). Na repressão ao professor, na coação moral e salarial dos profissionais da educação, estes governadores são irmãos. Desrespeitam as leis, os direitos de greve, protestos que mesmo pacíficos, usam seus aparelhos para transforma-los para opinião publica como “rebeldes”, insurretos da sua nova ordem, como dizem os novos esquerdistas do Brasil, fazem um "socialismo de verdade".
Professores do Ceará, Pernambuco e do Brasil. Uni-vos...

Da Agencia de Noticia Jornal Floripa

Parados há 56 dias, os professores invadiram a Assembléia Legislativa e alguns acabaram agredidos.
A Polícia Militar do Ceará impediu, hoje, que professores em greve entrassem no plenário da Assembléia Legislativa. Houve tumulto e violência.

Os professores do Ceará, em greve há 56 dias, invadiram na última quarta-feira (28) os corredores da assembléia. Eles protestavam contra um projeto do governo que fixa o piso salarial dos profissionais de nível médio.

Os professores grevistas queriam acompanhar de perto a votação do projeto, mas foram contidos por policiais do batalhão de choque, que formaram uma barreira na entrada do plenário. Quando os manifestantes tentaram furar o cerco da polícia, houve conflito.

Os que insistiram em passar pela guarda acabaram agredidos. Durante o confronto, vários objetos do prédio foram danificados. Um professor ficou ferido.

“Não precisava polícia, estava todo mundo na paz aqui. O que aconteceu foi que todos os acessos ao plenário foram fechados, os professores não tiveram acesso ao local em que iriam decidir suas vidas”, conta o professor Ales Lopes.

Três professores foram detidos, o que provocou mais revolta entre os manifestantes. O presidente da Assembléia explicou a presença dos policiais.

“Para conter a invasão que estava sendo iniciada ao plenário da casa para uma suposta inviabilização da sessão, foi preciso a força policial para conter essa invasão”, disse o deputado Roberto Cláudio, presidente da Assembléia Legislativa do Ceará.

O projeto de lei que estabelece piso salarial de R$ 1.187 para 270 professores de nível médio foi aprovado. Dos 40 deputados presentes, apenas 4 votaram contra.

“É uma mensagem que aponta que o governador está pensando numa carreira que não valoriza a formação, o tempo de serviço, a qualificação e, principalmente, a oportunidade do professor querer ser professor”, afirmou Anísio Melo, presidente do Sindicato dos Professores.

Os professores decidiram continuar acampados na Assembléia Legislativa, que também mantém a segurança reforçada.

Os professores do Ceará querem o piso nacional para toda a categoria. O governo do estado não quis comentar o assunto.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Menino de 10 anos atira na professora e se mata. O Bem e o Mal, onde estão?


Mensagem “criança chora, pais não ve” foi assinada por grupo identificado como Gaiatos. Estado da professora é estável.
                                                                             FOTO: Zanone Fraissat / Folhapress

Do educAÇÃO BR.

“O homem nascem bom, é a sociedade que o corrompe” ou “O homem nasce mau e a sociedade o molda”?

Ideias contrarias, respectivamente do Francês Rousseau e do inglês Hobbes nos dão pano para longas mangas dessa camisa de força complexa que é a nossa sociedade.

Sobretudo neste último e lamentável episódio das series presentes no mundo todo, estas que tem como tema, as psicoses escolares.  Uma criança de apenas 10 anos, atira na professora e depois se mata. Mesmo com “fenômenos” sociais até mais aberrantes do que estes, que acontecem por ai todos os dias, choca e nos deixa reflexivos sobre a natureza humana.

Será que esta criança tinha exata noção e concreta consciência do seu ato? Muitos no calor da revolta e do absurdo defendem que sim, e até justificam a precocidade de nossas crianças de hoje que já sabem de tudo e fazem de tudo, diferente de gerações anteriores.

Pegando carona na sabedoria oriental, na ideia de que o bem e o mal existem dentro de nós, sou levado a pensar que independente de qualquer coisa o ser humano pode apresentar tendências e ações tanto para o bem quanto para o mau, pois somos seres inconclusos, mas é nesta natureza inconclusa que buscamos os caminhos, estes que na instituição criada pelo homem para ele próprio, na sociedade os caminhos devem ser o do bem comum, evidente que há desvios, pois como disse, somos inconclusos.

A educação que é o molde deste ser na sociedade, pode definir melhor estes caminhos, e esta se faz durante toda vida e tem sua base na fase da infância, por tanto, uma criança de 10 anos que leva uma arma para escola e atira na professora é algo natural, ou foge completamente da natureza humana? Mesmo com uma boa educação os seres humanos fazem tais coisas absurdas? Sabemos que sim, a mente humana por mais que se tente conhece-la, existem barreiras e labirintos onde não é possível saber tudo que se passa e o que esta mente pode planejar fazer.

Contudo, na oposição até histórica entre França e Inglaterra, nesta batalha reflexiva fico com Rousseau, este ser de 10 anos que ainda estava formando sua mentalidade, uma mente sendo construída em um mundo cheio de elementos desviantes do bem comum, e do próprio bem. Ele é inocente, não confundindo com ingenuidade, como se ele não soubesse de nada, mas ai é o ponto, o que ele sabia ou pensava que sabia foi construído por ele, mas com materiais dados, servidos da sociedade.

Colocando ainda algo um pouco diferente de Rousseau, este menino é mais um que nasceu bom, mas talvez, ele nem se tornou mau, continuava bom, seu ato é que foi de maldade, podemos dizer na base do pensamento do francês iluminista, que foi a sociedade, esta bem adulta que colocou a arma na mão do menino e fez com que ele disparasse.






O muro de uma bica ao lado da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, São Paulo, onde um menino baleou a professora Rosileide Queiros de Oliveira, e se matou, foi pichado na madrugada desta sexta-feira, dia 23.

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No muro foi escrita a mensagem “criança chora, pais não ve”. A assinatura é um de grupo que se identifica como Gaiatos. Após a pichação, uma equipe da Guarda Civil Municipal foi para o local fazer a segurança.

A professora Rosileide passou por uma cirurgia na madrugada desta sexta-feira, que durou cerca de três horas, para retirar o projétil que estava na região abdominal. Ela continua internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas seu estado de saúde é considerado estável. A professora está consciente e não corre risco de morte.

Informações de Folha.com e portal R7

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Educação fará sociedade mais ética". Diz Dilma.

Dilma fala de educação e ética na entrega de creches.

FOTO: Dilma destacou a importância do PAC e da Unidade de Polícia Pacificadora ...
blogdomaturo.blogspot.com

    Do educAÇÃO BR

    É educando as criancinhas que deixaremos de punir os adultos, já disse um filosofo. Nossa presidente ao falar das politicas públicas que visam atender nossas crianças, acerta na premissa de que cuidar delas, dos filhos do Brasil fará o pais mais ético, pois a ética já está muito carregada nessa ação.

    No entanto, se tratando de Brasil, acompanhando os noticiários atuais que se assemelham aos velhos papeis da nossa imprensa, tantos escândalos de corrupção, vemos que ainda, infelizmente são apenas palavras jogadas ao vento, palavras populistas bem ensinadas por Lula a uma gama de políticos que se posicionam numa nova forma de governar, a herança do presidente pernambucano segue nas profecias de Dilma, e as ações, por mais que sejam executadas, ainda esbarram e se desencontram das suas reais finalidades por serem desviadas, justamente pela forma histórica da conjuntura politica do nosso pais, historicamente antiética.

    Por tanto, dizer que a educação fará nossa sociedade ser ética, enquanto se desrespeita uma lei constitucional para piso salarial dos professores, os institutos federais em greve, resultados alarmantes no último ENEM. No caso da nossa presidência, nosso governo, políticos e suas raízes da corrupção é quase a mesma coisa que dizer - faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Dar bons exemplos é um grande exercício de ética.

    Do G1



    A presidente Dilma afirmou nesta quinta-feira (15) que garantir educação a crianças e jovens tornará a sociedade brasileira mais “virtuosa” e “ética”. Dilma participou do lançamento de um plano de ampliação da rede de creches e pré-escolas municipais. Um país pode ser medido pela capacidade de atender às mães e as crianças. Se tivermos nossas crianças bem educadas, com apoio, acolhimento e carinho, certamente teremos uma sociedade bem mais virtuosa, tanto do ponto de vista ético como no direito de cada um dos brasileiros a ter as mesmas oportunidades”, afirmou.

    Desde o início do governo Dilma, quatro ministros deixaram o cargo por denúncias de irregularidades e corrupção. Nesta quarta (14), Pedro Novais pediu demissão do Ministério do Turismo após denúncia de que ele teria feito uso irregular de recursos públicos para fins particulares, tornando-se o quinto ministro a sair do governo. O deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) foi escolhido por Dilma para substituir Novais no cargo.

    Ainda durante a cerimônia de ampliação de creches, Dilma afirmou que universalizar o ensino pré-escolar é condição para que o Brasil se torne uma potência mundial. “Fazer creches é cumprir esse dispositivo que faz com que o Brasil chegue em 2016 tendo universalizado o ensino pré-escolar de quatro a cinco anos de idade. É algo fundamental para sermos uma grande potência”, disse.

    O programa lançado por Dilma na manhã desta quarta está previsto na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, e prevê a possibilidade de construção de 4,9 mil creches em 1,4 mil municípios. Também serão construídas, de acordo com o projeto, 6,1 mil quadras esportivas cobertas em escolas públicas. O objetivo do governo é atender 100% das crianças de 4 a 5 anos até 2016 e 50% das crianças de 0 a 3 anos até 2020.