terça-feira, 28 de junho de 2011

Emenda 'campeã' do PNE defende liberdade religiosa nas escolas

Do educAÇÃO BR
Embora garantida mais uma vez na legislação da educação brasileira, a liberdade religiosa nas escolas e o caráter laico do ensino não é uma realidade no cotidiano de muitas unidades de ensino do Brasil, principalmente as públicas, onde diretores e gestores ignoram ou mesmo não entendem tal caráter do ensino religioso como também o trato com os alunos e suas diversas crenças e credos.
Existem muitos gestores, diretores, coordenadores e professores que explicitamente querem doutrinar as crianças segundo as suas crenças, o que é pedagogicamente inaceitável em um país de matrizes culturais que se misturaram historicamente nos transformando em um caldeirão cultural. O respeito e o saber trabalhar as diferenças, não somente religiosas ainda é uma barreira nas escolas brasileiras.

O proselitismo religioso é danoso na nossa educação, diante de tamanha diversidade, esta que faz o país tão rico, diferente, atraente aos olhos do mundo, pode desvirtuar as futuras mentes pensantes, faze-las não enxergar ou desrespeitar o próximo com uma religião que previamente prima o contrario, o amor, a compaixão, o crescimento espiritual da humanidade. Candomblé, catolicismo, protestantismo, judaísmo, islamismo, espiritismo e inúmeras outras. Se Deus, ou Deuses, fizeram o mundo para todos os homens e os homens fazem escolas, estas podem (devem) ser para todos os irmãos.

"No reino dos céus há várias moradas".

Do Terra.
Das quase 3 mil emendas que o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) recebeu na Câmara, a proposta para incluir uma determinação que reforce o caráter laico das escolas públicas e a promoção da diversidades foi apresentada 17 vezes. É a proposta mais repetida ao lado do aumento do ensino profissionalizante na rede federal e do aumento do financiamento a partir do estabelecimento de um valor mínimo a ser investido por aluno, o chamado custo aluno qualidade (CAQ). As informações são da Agência Brasil.
"Não cabe a nós fazer juízo de valor, mas entendemos que é um ganho haver um maior número de emendas nessa direção. Quanto mais conseguirmos garantir a questão da laicidade, mais respeito vamos ter de todas as religiões", avaliou a presidenta da União Nacional das Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.
Relatório em outubro
A entidade fez um levantamento sobre as emendas apresentadas por 87 deputados - 17% do total - e criou um sistema para classificação das propostas. No total são 1.408 emendas únicas, o que significa que quase 1,5 mil delas eram repetidas.
O deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), relator da proposta na Câmara, prevê que o relatório seja concluído até início de outubro deste ano para ser votado. Como ele é terminativo, será avaliado apenas pela comissão especial criada para esse fim e a princípio não vai a plenário. "Até outubro espero ter condições técnicas para apresentar o relatório. Mas precisamos ter condições políticas para votar um texto dessa envergadura que envolve um conjunto de atores e uma política que é para o país como um todo", disse o deputado.
Investimento do PIB
Cleuza ressaltou que o ponto mais sensível do plano é a ampliação do financiamento. O texto enviado ao Congresso Nacional pelo Ministério da Educação prevê que seja ampliado para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) o investimento na área - hoje esse patamar está em 5%. Mas segundo os cálculos da Campanha Nacional pela Educação e de outras entidades da área, seria necessário ampliar esse percentual para 10% até o fim da década para garantir que as metas do PNE sejam cumpridas.
"Apenas 20% dos municípios tem arrecadação própria então a gente tem que levar isso em consideração já que muitas metas pressupõem a ampliação do atendimento nas escolas. E, na lógica que temos hoje de financiamento, temos um problema sério para a expansão", defendeu Cleuza.

terça-feira, 21 de junho de 2011

´Royalties do pré-sal devem ir para educação´

Divulgação - D.N
Continua hoje em Fortaleza o debate sobre inovação, reunindo experiências do setor, no Centro de Convenções

Do educAÇÃO BR.

Investimentos na educação é uma questão de "educação" dos que estão à frente no governo. É essencial ter esta atenção, se o pré-sal é uma riqueza, sua prosperidade só será real se o país tiver retorno, e este seria a melhoria da qualidade de vida da população, bilhões e até trilhões de quê serviriam ao Brasil se as atuais realidades dos problemas absurdos nos nossos sistemas de saúde e educação continuassem a existir?
É uma conclusão óbvia, investir em educação, ciência e tecnologia, em inovações, nos nossos jovens é que fará o Brasil rico. Trilhões ganhos com nossas riquezas minerais, não necessariamente.

Do Diário do Nordeste.

Destinar os ganhos com os royalties do Pré-Sal para investimentos em educação, ciência e tecnologia. Essa é a meta do ministro da pasta, Aloísio Mercadante, que esteve ontem em Fortaleza, para a abertura da XI Conferência Anpei. De acordo com ele, não é possível que os estados pensem em projetos de curto prazo, como calçadas e outras obras de infraestrutura, em detrimento de projetos de longo prazo, que podem contribuir para o desenvolvimento do País.

E os recursos serão muitos. Mercadante disse que já são 20 bilhões de barris de petróleo certificados, podendo chegar a 40 bilhões, com a expectativa de alcançar a quantia de R$ 5 trilhões com a negociação dos mesmos.

Investimentos em inovação
Para além dessa questão, outra mudança de postura que o ministro espera é que as empresas privadas possam entender que investir em inovação é aumentar a competitividade e agregar maior valor aos seus produtos no mercado, além de gerar mais empregos. Nos últimos três meses o Ministério de Ciência e Tecnologia investiu R$ 1,4 bilhão em inovação no país, por meio das instituições de fomento. O valor aplicado em pesquisa e desenvolvimento representa atualmente 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A expectativa é que esse percentual chegue a pelo menos 2% até o fim do ano.

Para alcançar esse objetivo será necessário investir em Tecnologia da Informação. "O grande desafio é transferir ciência e tecnologia como eixo estruturante do desenvolvimento. Nós viemos de um modelo industrial passivo", afirmou Mercadante, ressaltando a importância da substituição da importação de tecnologia - como no caso da indústria automotiva - por fomento à inovação. "Nós estamos dispostos a incentivar de todo jeito, inclusive com incentivos fiscais, o investimento em ciência, tecnologia e informação", concluiu. A aproximação entre setor produtivo e academia deverá ser o ponto chave da Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que este ano tem como tema "Redes de Inovação e Cadeias Produtivas" e ocorre até próxima quarta-feira. De acordo com o coordenador geral do evento, que conta com o apoio da Universidade de Fortaleza (Unifor), Mário Barra, a escolha da Capital cearense como sede da XI edição é sua a potencialidade industrial.

E é a indústria, a atividade que dá as melhores condições de retorno para a sociedade em valor agregado nos produtos ligados à inovação.

Outra razão, é que o Nordeste tem, segundo o vice-presidente da Anpei, Guilherme Lima, 6,2% das 1.770 empresas mapeadas pelo IBGE com atividades em inovação.

Potencialidades
"Número pequeno para as potencialidades da região", diz. O presidente da associação, Carlos Calmanovici, acredita que na nova economia, as empresas só se destacarão pela capacidade em inovar. 1.500 participantes se inscreveram para compartilhar cases e projetos na Anpei.

Cinturão Digital
O projeto da banda larga do Ceará foi apresentado pelo governador Cid Gomes ao ministro Aloízio Mercadante. O Cinturão Digital será inaugurado no próximo mês com cobertura de 92% da população urbana, 2.400 km de extensão de fibra ótica e velocidade de até 10 gigabytes.

MENOS POLUIÇÃOCarro "quadriflex" é apresentado
O carro quadriflex, como foi batizado pelo inventor, possui custo médio 20% maior que outro convencional
Pioneiro na construção de postes eólicos para iluminação pública no mundo, o fortalezense Fernando Ximenes acaba de desenvolver o primeiro carro quadriflex de que se tem notícia. O automóvel funciona, simultaneamente, à base de energia eólica e solar e combustível convencional (gasolina ou etanol).

Fernando salienta que seu invento vem para "revolucionar o segmento de carros convencionais". A proposta é reduzir a quantidade de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Segundo ele, no cotidiano das grandes cidades, os automóveis contribuem com mais de 80% da emissão desse gás. O quadriflex, com seu funcionamento misto, deverá reduzir até 40% do uso de combustível em relação a um automóvel convencional.

Captador solar
Fernando Ximenes explica que o carro funciona por um captador solar no teto e por uma grade frontal que capta a velocidade do vento. Dessa forma, não há necessidade de recarregar a bateria. Ele reitera, também, que o motor do quadriflex está "desprendido", o que diminui a necessidade de aceleração, pois a geração de energia não é mais pela rotação do motor, e sim pela energia eólica e solar. Por conta disso, o invento ganha mais força, com 6 cavalos de potência. "A intenção não é aumentar velocidade nas ruas, mas diminuir o consumo de combustível e a emissão de CO2 no meio ambiente", explica.

O quadriflex tem um custo médio 20% maior que o de um carro convencional, o que, segundo o seu inventor, compensa pela economia do combustível. Fernando Ximenes indica que o esquema de funcionamento do equipamento eólico e solar em um automóvel pode ser instalado em qualquer carro convencional.

Outros passos
O próximo passo para Fernando Ximenes é o desenvolvimento do primeiro veículo totalmente sustentável, que deve sair ano que vem, como uma extensão do quadriflex. Além disso, ele também desenvolve uma pesquisa com cerâmica também autossustentável que dispensa o uso do carvão vegetal.

Em 2010, Ximenes, que é dono da empresa Gram Eollic, produziu o primeiro poste híbrido. O equipamento gera energia a partir da iluminação solar e velocidade dos ventos.




quarta-feira, 15 de junho de 2011

Haddad critica concursos para contratação de professores

Do educAÇÃO BR
Um recado do ministro da educação, mas que pelo jeito entrará por um ouvido e sairá pelo outro dos governadores e prefeitos que fazem dos seus sistemas de educação um portal de cabides de emprego. Um recado para o estado de Pernambuco que tem mais de 10.000 contratos temporários na rede pública de ensino e desafia um inquérito de ação civil pública do MP-PE contra a contratação e pela nomeação de aprovados em concurso.

A seleção este ano em Pernambuco tem no seu edital 4.500 vagas, no entanto, mais de 5.000 "selecionados" já foram chamados até então. Os candidatos não fizeram nenhuma prova objetiva ou dissertativa, apenas enviaram a comprovação de suas experiências profissionais e suas fichas de inscrição, o quadro de vagas não definiu vagas por disciplinas e sim por áreas de conhecimento, o que caracteriza a possibilidade (a realidade) de um professor de história ser contratado para dar aulas de português, ou um de geografia dar aulas de quimica por exemplo.

Enquanto isso, o ultimo concurso ainda está em validade e no diagnostico da rede enviado ao Ministério Público a SEDUC-PE afirma não precisar de mais professores efetivos.
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que os concursos para contratação de professores nos Estados e municípios são "muito mal feitos". Ele criticou também o fato de que várias unidades da Federação nem chegam a fazer uma seleção para professores.

"Hoje os concursos são muito mal feitos, isso quando são feitos", afirmou, durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

O Ministério da Educação quer ajudar a elaborar uma prova nacional de concurso para ingresso na carreira docente. De acordo com Haddad, os gestores poderão abrir editais para selecionar professores com base nas notas desse exame.

O ministro também defendeu que o novo PNE (Plano Nacional de Educação) seja mais enxuto pois, caso contrário, poderá se tornar apenas uma "carta de intenções". O plano está em tramitação na Câmara e já foram sugeridas quase 3.000 emendas.

Ele afirmou que não há "pouca ousadia" no novo projeto, que conta com 20 metas e aproximadamente 170 estratégias.

"Não podemos repetir esse erro, de aprovar um plano de intenções", disse Haddad.
Em março do ano passado, a Folha revelou que o ministério cumpriu cerca de um terço das 294 metas do último PNE. Esse dado fazia parte de um levantamento feito sob encomenda para o MEC.

Jesus, o PROFESSOR no Sermão da Montanha


Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje...

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dep. Tiririca estreia no legislativo com PL de "Bolsa Alfabetização"





O deputado não quis comentar suas propostas.

Desde que iniciou o mandato, Tiririca tem mantido uma atuação discreta na Câmara. Até agora, não fez nenhum discurso na tribuna nem relatou propostas de outro deputado.
Deputado Tiririca (PR-SP) participa da primeira reunião da Comissão de Educação e Cultura, em março
Sergio Lima - 2.mar.2011/Folhapress

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Mais de quatro meses após tomar posse, o deputado federal mais votado do Brasil fez enfim sua estreia no Congresso. Na última terça-feira, assessores de Tiririca (PR-SP) entregaram ao plenário da Casa os primeiros projetos de lei de autoria do humorista.

Uma das propostas prevê a criação de uma "bolsa alfabetização" para adultos que concluírem curso para aprender a ler e escrever. O projeto fixa o valor mínimo de R$ 545 para o benefício.

O palhaço teve a diplomação para o cargo ameaçada após suspeita de ter falsificado declaração em que afirmou ser alfabetizado. Ele aceitou fazer um teste para comprovar que sabe ler e escrever e foi absolvido pela Justiça Eleitoral.

No texto da proposta, Tiririca justificou que o benefício tem a "finalidade de estimular o aprendizado da leitura e da escrita, de forma a qualificar e assegurar ao cidadão o pleno acesso e a utilização da informação".

Em contrapartida, é exigido período mínimo de seis meses de aula, com ao menos 85% de frequência.

Os outros dois projetos de Tiririca tratam da criação de vale-livro para alunos da rede pública e de serviços de assistência social para profissionais do circo.

Segundo dados oficiais, 113 deputados não apresentaram nenhum projeto de lei neste primeiro ano da legislatura. Esse grupo, no entanto, inclui aqueles que já se afastaram para assumir um cargo no Executivo e seus suplentes na Casa.

O deputado não quis comentar suas propostas.

Desde que iniciou o mandato, Tiririca tem mantido uma atuação discreta na Câmara. Até agora, não fez nenhum discurso na tribuna nem relatou propostas de outro deputado.

Na Comissão de Educação e Cultura da Casa, única em que o humorista é titular, colegas afirmam que ele nunca pediu a palavra.

"Ele não tem perdido nenhuma reunião. É assíduo, mas tem um perfil discreto", afirma a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), presidente da comissão.


 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Aula Cronometrada". Professores contra o tempo e o sistema.




Com um método já aplicado em países de bom ensino, 
o Brasil começa a investigar o dia a dia nas escolas

Controle do tempo
Escola municipal no Rio de Janeiro: os cronômetros vão ajudar a entender as causas da evidente ineficácia na sala de aula

Fotos Eduardo Martino/Documentography e Istockphoto/RF
Do educAÇÃO BR
Recebemos de uma professora paranaense um e-mail/resposta a uma reportagem da Veja "Aula Cronometrada" que versa sobre a utilização do tempo e a sua ineficácia nas escolas públicas brasileiras e as razões para tal situação. O texto da reportagem e a resposta da professora você acompanha abaixo.

Veja - Aula Cronometrada.
Roberta de Abreu e Lima.


As avaliações oficiais para medir o nível do ensino no Brasil têm se prestado bem ao propósito de lançar luz sobre os grandes problemas da educação – mas não fornecem resposta a uma questão básica, que se faz necessária diante da sucessão de resultados tão ruins: por que, afinal, as aulas não funcionam? Muito já se fala disso com base em impressões e teoria, mas só agora o dia a dia de escolas brasileiras começa a ser descortinado por meio de um rigoroso método científico, tal como ocorre em países de melhor ensino. Munidos de cronômetros, os especialistas se plantam no fundo da sala não apenas para observar, mas também para registrar, sistematicamente, como o tempo de aula é despendido. Tais profissionais, em geral das próprias redes de ensino, já percorreram 400 escolas públicas no país, entre Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Em Minas, primeiro estado a adotar o método, em 2009, os cronômetros expuseram um fato espantoso: com aulas monótonas baseadas na velha lousa, um terço do tempo se esvai com a indisciplina e a desatenção dos alunos. Equivale a 56 dias inteiros perdidos num só ano letivo.
Já está provado que a investigação contínua sobre o que acontece na sala de aula guarda relação direta com o progresso acadêmico. Ocorre, antes de tudo, porque tal acompanhamento permite mapear as boas práticas, nas quais os professores devem se mirar – e ainda escancara os problemas sob uma ótica bastante realista. Resume a especialista Maria Helena Guimarães: "Monitorar a sala de aula é um avanço, à medida que ajuda a entender, na minúcia, as razões para a ineficácia". Não é de hoje que países da OCDE (organização que reúne os mais ricos) investem nessas incursões à escola. Os americanos chegam a filmar as aulas. O material é até submetido aos professores, que são confrontados com suas falhas e insucessos. Das visitas que fez a escolas nos Estados Unidos, o pedagogo Doug Lemov depreendeu algo que a breve experiência brasileira já sinaliza: "Os professores perdem tempo demais com assuntos irrelevantes e se revelam incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital".
Numa manifestação de flagrante corporativismo, os professores brasileiros chegaram a se insurgir contra a presença dos avaliadores dentro da sala de aula. Em Pernambuco, o sindicato rotulou a prática de "patrulhamento" e "repressão". Note-se que são os próprios professores que preferem passar ao largo daquilo que a experiência – e agora as pesquisas – prova ser crucial: conhecer a fundo a sala de aula. Treinados pelo Banco Mundial, os técnicos já se puseram a colher informações valiosas. Afirma a secretária de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin: "Pode-se dizer que o cruzamento das avaliações oficiais com um panorama tão detalhado da sala de aula revelará nossas fragilidades como nunca antes". Nesse sentido, os cronômetros são um necessário passo para o Brasil deixar a zona do mau ensino.

Resposta.

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador. 

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. 
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que  pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. 
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. 

Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. 
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina. 
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”,  elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade..
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também,urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!



Eu amo tudo o que foi, tudo o que já não é
A dor que já não me dói, a antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou, o que deixou alegria só porque foi e voou 
e hoje é já outro dia.
Fernando Pessoa

sábado, 11 de junho de 2011

Professores da rede pública estão em greve em pelo menos oito Estados

Do educAÇÃO BR

Greve em oito estados apenas. Não pelo número, oito já é muito. A questão é – os outros estados, em todos eles os profissionais da educação vão muito bem de salário ou os sindicatos para não chama-los de pelegos, digamos que tenham uma crença e muita paciência com as gestões dos governos?
Pernambuco e Bahia, por exemplo, não entraram em greve, os salários são miseráveis, estão entre os piores do Brasil, Pernambuco principalmente, a categoria pernambucana que "queria" 13% mas aceitou 5% apenas de reajuste e ainda o retroativo do piso parcelado em 10 X. PT e PSB teriam os sindicatos dos respectivos estados na mão? No fim das contas constatamos o quanto à categoria dos professores é fraca, observamos nas assembleias e redes sociais um grande descontentamento com as presidências dos sindicatos, levantes, gritos de desfiliação em massa, mas constatamos que os sindicatos se mantem e com eles a passividade e submissão diante dos desmandos e politica austera dos governos.

Da Redação Estadão*
Em São Paulo   

Pelo menos oito Estados brasileiros enfrentam greve de professores em redes municipais ou estaduais. São eles: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, Sergipe, Santa Catarina e Ceará. A porcentagem de escolas paradas varia por Estado e chega a até 70%, no caso da rede estadual de Santa Catarina e no Centro Paula Souza, de ensino técnico, em São Paulo.
A maior parte dos grevistas luta pela adoção de piso salarial estabelecido pelo governo federal, de R$ 1.187,14 por 40 horas trabalhadas, que é o "vencimento básico" da categoria. Ou seja, gratificações e outros extras não entram na conta.

Greve em São Paulo

Segundo o Sinteps (Sindicato de Trabalhadores do Centro Paula Souza), 70% dos professores e funcionários das Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e Etecs (Escolas Técnicas) estão em greve desde o dia 13 de maio. No total, são 12.475 mil docentes, 250 mil alunos e 249 instituições. Eles pedem reajuste salarial de 56,90% para os docentes e de 71,79% para os funcionários técnico-administrativos. Na segunda-feira (13), os grevistas vão se reunir em assembleia geral para decidir os próximos passos do movimento.

Greve no Rio de Janeiro

Na terça-feira (7), foi decidida a greve por reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da rede estadual, entre outras reivindiações. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) fala em 65% das escolas paralisadas, enquanto a Secretaria de Estado de Educação diz que apenas 2% dos professores estão fora das aulas. No total, são cerca de 1,2 milhão de alunos nas 1.652 escolas fluminenses, com 80 mil funcionários.

Greve em Minas Gerais

Desde a quarta-feira (8), 50% das escolas estaduais mineiras estão paradas, segundo o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). A secretaria de educação ainda não tem estimativas do alcance do movimento. Os trabalhadores exigem o pagamento do piso salarial nacional e se recusam a aceitar o subsídio oferecido pelo governo desde o início do ano como parte desse valor. No total, a rede mineira tem cerca de 2,4 milhões de alunos em 4,5 mil escolas e 250 mil professores.

Greve em Santa Catarina

Cerca de 70% das 1.350 escolas estão sem aulas no Estado desde 18 de maio. O principal pedido é a implementação do piso salarial nacional de R$ 1.177. O governo do Estado encerrou as negociações com os professores em reunião nesta sexta-feira (10) e requisitou o fim da greve. O Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhores em Educação de Santa Catarina) diz que continuará com as reivindicações. No total, a rede conta com cerca de 40 mil professores e 250 mil alunos. Algumas redes municipais, como a de Tubarão, também estão paralisadas.

Greve no MT

Os professores da rede estadual de Mato Grosso estão em greve desde a última segunda-feira (6) por melhores salários. O movimento continua na próxima semana. A Seduc (Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso) estima que 40% das 724 escolas do Estado estejam paralisadas. Esse número, no entanto, é contestado pela secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Vânia Miranda. De acordo com ela, cerca de 90 % das escolas estaduais aderiram ao movimento.
Eles reivindicam piso salarial único de R$ 1.312 para todos os trabalhadores em educação -- o piso nacional do professor, instituído por lei é de R$ 1.187 por 40 horas trabalhadas. A Seduc afirma que o aumento do piso salarial para todos os servidores é inviável.

Greve em Sergipe

Pelo menos 300 mil alunos da rede estadual de ensino de Sergipe estão sem aulas desde o início da greve de professores no dia 23 de maio. Em assembleia realizada nesta quinta-feira (9), a categoria se recusou a voltar ao trabalho. Os professores reivindicam reajuste salarial de 15,8%. As aulas foram interrompidas em mais de 90% das escolas e cerca de 13 mil professores aderiram ao movimento, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese). O governo não confirma a informação.

Greve no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, a greve de professores da rede estadual completou 43 dias nesta sexta-feira (10). De acordo com a assessoria de comunicação do governo, das 710 escolas estaduais, 335 estão fechadas. A principal reivindicação dos professores é que seja feita a revisão de plano de carreira e equiparação salarial ao piso dos funcionários públicos estaduais, que é de R$ 2.550 em início de carreira, enquanto o dos professores é de R$ 937.

Greve no Ceará

A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT-CE), ameaçou suspender o adiantamento de 40% do 13º salário dos professores da rede municipal para os profissionais que mantivessem a greve. A declaração foi dada a uma emissora de TV local sobre a paralisação chega nesta sexta-feira (10) a 45 dias. Ela também prometeu entrar na justiça para pedir a ilegalidade da greve.
De acordo com a secretária geral do sindicato, Ana Cristina Guilherme, cerca de 96% da categoria aderiu à greve. “Não houve avanço. Tivemos a informação que a prefeita tinha enviado um Projeto de Lei para a Câmara (dos vereadores) e adotava o piso de R$ 1.187 para o nível superior”. A defesa do sindicato é que o valor burlaria a Lei nº 11.738, que regulamenta a remuneração mínima e afirma que os trabalhadores em jornadas diferentes das 40h semanais devem ganhar salários "proporcionais" ao piso.

* Com reportagem de Angélica Feitosa (Fortaleza), Carol Guibu (Recife), Thiago Minami (São Paulo) e Valéria Sinésio (João Pessoa)

Plano Nacional de Educação é ignorado pelo governo e patina no Congresso

Do educAÇÃO BR

Dilma foi eleita, mas o Brasil tem que eleger a educação como prioridade!
Como as coisas são difíceis na educação aqui neste país, é uma contramão enorme, pois o governo deste país diz querer crescer, ser grande, como sem investimento sério na educação? Exemplos de países como a Coréia do Sul e Cingapura que saltaram literalmente da condição de subdesenvolvidos para emergentes em praticamente 20 anos, não dizem nada ao Brasil. Pois acompanhamos com tristeza os PNE’s que nascem fadados ao fracasso, quantas décadas mais de repetidos erros para, sobretudo a população exigir do governo atenção e compromisso mais do que especiais neste setor que estamos cansados de ouvir que é o principal, estratégico para as verdadeiras mudanças para tornar o Brasil de fato, um dos grandes do mundo?
Estadão
Enviado ao Congresso Nacional no apagar das luzes do governo Lula, o Plano Nacional de Educação (PNE) tramita na Câmara sem o apoio explícito de dois atores fundamentais para sua aprovação: a presidente Dilma Rousseff, obcecada pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), e o ministro Fernando Haddad, que mais tem aparecido publicamente para esclarecer a série de trapalhadas da pasta.

O plano estabelece 10 diretrizes e 20 metas para serem cumpridas até o ano 2020. Ele prevê valorização do magistério público da educação básica, duplicação das matrículas da educação profissional técnica de nível médio, destinação dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a área de ensino e ampliação do investimento público em educação até atingir 7% do Produto Interno Bruto do País (PIB). Até agora, o projeto de lei recebeu cerca de 3 mil emendas. Quando aprovado, seguirá para o Senado.

Apesar do impacto que pode causar ao planejamento estratégico do Ministério da Educação (MEC), a sensação no Congresso Nacional é de que o PNE não entrou na pauta do Palácio do Planalto. Até hoje a comissão especial para tratar do assunto não conseguiu marcar reunião com a presidente Dilma. Haddad também não apareceu para discutir o plano - o Estado apurou que o ministro remarcou três vezes a ida à Câmara, sob a alegação de problemas de agenda. De quebra, o MEC só encaminhou no mês passado as notas técnicas que justificam as metas traçadas no plano, consideradas pouco ambiciosas por entidades.

Manobras

Não bastasse a lentidão do Executivo, o PNE vem sendo alvo de uma disputa política na Câmara, entre a Comissão de Educação, presidida pela deputada Fátima Bezerra (PT-RN), e a comissão especial para tratar do tema, comandada por Gastão Vieira (PMDB-MA). No início do ano, houve manobras para que o PNE ficasse na comissão liderada por Fátima, ligada a movimentos sociais. Desde o episódio, criou-se uma barreira entre as duas comissões.

Nos bastidores de Brasília, os comentários são de que a deputada estaria emperrando a discussão. "A Comissão de Educação tem sido parceira e contribuído para o debate do PNE; quanto mais debate, melhor", rebate Fátima. Ela assegura que a presidente Dilma e o ministro Haddad estão empenhados para que o PNE seja aprovado ainda este ano. "Não se trata de mais um plano de governo e sim de uma política de Estado", diz Fátima, que apresentou mais de 400 emendas - entre elas, propostas de elevar o investimento em educação para 10% do PIB até 2020 e garantir 50% do fundo social do pré-sal para a área, o que foi vetado pelo então presidente Lula no ano passado.

Diante do vazio deixado pelo Planalto e a disputa na Câmara, os parlamentares têm buscado apoio daqueles que, de fato, vão ficar com a "conta" do plano - governadores e prefeitos. Segundo previsão do MEC, serão necessários R$ 61 bilhões adicionais para financiar as metas, além do investimento atual, que ronda a casa de 5% do PIB. Hoje, 80,7% do gasto público total em educação é bancado pelas esferas estaduais e municipais.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Blog da Amanda. Professora sucesso na internet ataca de bloguista.


A professora potiguar que escancarou as verdades infelizes da educação brasileira e virou sucesso na internet, agora luta com uma importante ferramenta, um blog.
Não há duvida que a internet revolucionou as relações sociais, sabendo usa-la é possivel fazer mobilizações políticas, levantar concordancias e discordancias, gerar debates envolvendo milhões de pessoas.

Em uma das suas entrevistas na TV Amanda Gurgel disse não ser muito "antenada" no mundo virtual, por falta de tempo e outras questões, desejamos a ela sucesso como bloguista e que sua luta por uma educação de verdade, essa que deve ser de todos os brasileiros ganhe mais força com a nova ferramenta.

Link do Blog de Amanda Gurgel:
http://blogdaamanda.com.br/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ministério reconhece erro em 7 milhões de livros enviados a escolas públicas

O MEC (Ministério da Educação) reconhece os erros nos 7 milhões de livros impressos para servir de material de apoio às aulas na zona rural do país. Ao todo, o governo pagou R$ 13,6 milhões pela impressão das obras.
No total, 200 mil coleções do modelo Escola Ativa, com 35 livros cada uma, foram impressas e distribuídas, o que totaliza 7 milhões de obras. Há páginas em branco, textos sem continuidade, contas matemáticas erradas (um trecho aponta que 10 menos 7 é igual a 4 e outro diz que 16 menos 8 é igual a 6), tabuadas equivocadas e outros problemas.
Em comunicado oficial, o MEC reconhece que “erros de diagramação, editoração e revisão” foram constatados em fevereiro, por especialistas contratados pelo órgão. Com isso, “os professores de educação no campo foram orientados, então, a utilizar somente livros didáticos em suas aulas”.
No entanto, a suspensão do uso do material didático só ocorreu na quinta-feira (2), pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após denuncia da imprensa.
O MEC e a CGU (Controladoria-Geral da União) preveem abrir investigação formal para identificar os responsáveis pelo envio do material didático. Os livros foram impressos e distribuídos a alunos de escolas multisseriadas, ou seja, de séries diferentes, de escolas públicas do campo.
Menos de 1%
A nota oficial minimiza o erro ao afirmar que “o programa Escola Ativa atinge a menos de 1% dos estudantes de escolas públicas de educação básica em todo o país”.
Para analisar o material, o ministério contratou uma comissão de professores universitários, que “chegou à conclusão de que uma nova versão do material de apoio do programa Escola Ativa só poderá ser reutilizada depois de uma discussão com os coordenadores do programa, no próprio MEC”.

R7 *Com informações da Agência Brasil

domingo, 5 de junho de 2011

Concursados não nomeados se juntam aos movimentos populares contra o Governo de Pernambuco

Do educAÇÃO BR (fotos de Dhiogo Rezende)

No  dia 2 de junho o MOPROPE fez seu ato combinado com o sindicato dos urbanitários e o movimento popular de Pernambuco, representações de seguimentos populares se juntaram para protestar contra a privatização da Compesa, os concursados da educação tinham na pauta a nomeação e o pagamento do retroativo dos efetivos em cima do piso salarial dos docentes julgado constitucional pelo Supremo.

O movimento caminhou por diversas ruas e avenidas do centro até chegarem ao Palácio do Campo das Princesas, a intenção era apresentarem a reinvindicação ao governador, no entanto ser recebido por ele é muito difícil, o que deveria ser mais fácil por ele ser de um partido dito como “socialista” e a manifestação ser de interesse das camadas mais populares, pois se trata da melhoria na qualidade da rede estadual de ensino com mais professores efetivos e a não privatização da Compesa, uma venda que pode significar a não prestação de serviços de esgoto, saneamento e água nas casas das milhares de famílias pernambucanas que não podem pagar taxas e contas de uma empresa voltada ao lucro, ou simplesmente não tem estrutura e cobertura deste serviço básico nas suas localidades por não ser viável a tal empresa.

O interessante é que o governador Eduardo Campos usou a bandeira da não privatização e criticas truculentas a venda da Celpe no governo de Jarbas Vasconcelos em sua campanha, se reelegeu com mais de 80% dos votos e agora desrespeita o povo e sua própria palavra antes das eleições, na educação também, se elegeu prometendo melhorias na estrutura e qualidade da rede estadual de ensino e vemos um verdadeiro caos, escolas sem estrutura básica, sem professores em sala mesmo com mais de 5.000 contratos temporários de professores no lugar dos aprovados no concurso ainda em validade, desafiando o inquérito de ação civil pública do MP-PE.

O governo tem que saber desde já que números positivos pós-eleição não lhe define como “divino” e seus agentes públicos como deuses que podem fazer o que bem querem com a população (seus súditos fieis), é preciso que os pernambucanos mostrem mais nas ruas que mesmo os deuses (falsos) caem. 
  

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Movimento dos concursados não nomeados da educação em Pernambuco chamam para ato com caminhada amanhã


Movimento Organizado dos Professores de Pernambuco (MOPROPE),  INFORMA
ATO COM CAMINHADA
CAROS CONCURSADOS E PROFESSORES EFETIVOS, INFORMAMOS QUE ESTAREMOS COM OS TRABALHADORES DA COMPESA  QUE REALIZARÃO PASSEATA NESTA QUINTA-FEIRA (02/06) CONTRA A TENTATIVA DA EMPRESA DE IMPOR PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) NO SETOR DE ESGOTO.  PORTANTO INFORMAMOS A TODOS QUE O NOSSO ATO PELA NOMEAÇÃO E PELO PAGAMENTO DO RETROATIVO DO PISO, SERÁ AS 13:00 HORAS DO DIA 02 DE JUNHO COM CONCENTRAÇÃO EM FRENTE A COMPESA NA RUA DA AURORA RECIFE.
NA OCASIÃO ESTAREMOS JUNTOS AOS MOVIMENTOS SOCIAIS  APOIADOS PELO O SINDICATO DOS URBANITÁRIOS DE PERNAMBUCO.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS! (Precisamos da sua assinatura no documento)
MOVIMENTOS QUE SE FARÃO PRESENTES:
MOPROPE
Federação do Ibura e Jordão
Movimento de luta pela moradia
Comunidade Terra Nossa
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
Moradores da Mata Uchôa
Fórum Estadual de Reforma Urbana
FEMECOAHB