sábado, 30 de abril de 2011

Naná, um Educador. Não por profissão, por sentimento!

Naná levava crianças para a escola no bairro de Casa Amarela em Recife, de graça, e agora quer transportar os meninos para o mundo da literatura.
NETV - Globo
Do educAÇÃO BR
Exemplo de cidadania, de caráter, o altruísmo desses voluntários comove e dá uma grande lição àqueles que pensam que é preciso muito recurso para fazer algo pela sociedade, pela melhoria da nossa gente.  É impressionante como vemos por ai exemplos de ajuda, de verdadeira solidariedade partindo dos que menos tem condição de fazê-la, enquanto grandes empresários nada fazem, alguns nem para agregar a boa ação ao nome da empresa, da marca e assim lucrarem, nem assim. 

Discurso de uma juventude que não existe no Brasil

Não Faz Sentido - Felipe Neto

Do educAÇÃO BR

Achamos este vídeo na rede, um jovem de 22 anos, revoltado e muito consciente e consistente no seu discurso politico e politizador, é uma unidade infelizmente sem outras reproduções. O Brasil precisa disso, dessa sinceridade, dessa critica esfregada na cara, desse despojo todo às vezes, principalmente pelo desafio de tornar esse país melhor pela educação (único caminho), o maior alvo desse tipo de retorica deve ser o jovem brasileiro.

Ele fala muitos palavrões é verdade, poderia não falar, mas fala e não torna seu discurso menos verdadeiro, menos político ou pobre por conta disso. São só palavras que traduzem indignação, palavrão mesmo é CORRUPÇÃO, MISERIA, FOME, INSEGURANÇA, DESIGUALDADE, ETC...
O educAÇÃO BR apoia este discurso e tenta reproduzi-lo para o maior número de internautas possível, para tentar fazê-los entender a equação:
População alienada vota errado + políticos corruptos – EDUCAÇÃO = Brasil/povo/mar de lama
A única formula para resolver essa equação e seu resultado ser diferente é aplicar:
+ EDUCAÇÃO 
temos então
– CORRUPÇAO = Brasil decente, população consciente!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Professor brasileiro vira piada na internet

Campanha de valorização do professor vira piada no Twitter



Do educAÇÃO BR

É de se esperar que apareçam brincadeiras de qualquer tipo com coisas que são serias na internet, a rede mundial é um espaço aberto para tudo, coisas boas e ruins, quem usa este meio de comunicação tem que ser um bom filtrador. Sem ingenuidades, não poderíamos esperar uma adesão total dos brasileiros em campanhas de valorização dos professores, a falta de reconhecimento do profissional da educação é fruto justamente da sucata que é o nosso sistema de educação, fica sendo cultural o desprezo e a chacota com os professores.
Como podemos esperar que os nossos jovens tenham admiração por alguém que estudou muito, trabalha muito e ganha tão pouco? Logo nessa era capitalista, consumista, onde o ter é melhor que o ser, professor não é status para a nossa juventude, essa não enxerga o professor como alguém nobre pelo simples fato de apesar de todos os entraves, ele está ali todos os dias na sala para forma-lo, para que provavelmente ele seja mais bem sucedido na vida que o próprio professor.
O professor será respeitado quando o exemplo vier de cima, dos governos, não adianta campanhas dizendo que o professor é importante se na realidade ele não é tratado como tal.
Do UOL
Uma campanha de valorização do professor, lançada pelo movimento Todos Pela Educação nesta terça-feira (12), acabou virando piada no microblog Twitter. A ideia era que, com a hashtag #1bomprofessormeensinou, os alunos deixassem um depoimento em homenagem ao docente. No entanto, foi o suficiente para o termo parar no topo dos trending topics (assuntos mais comentados) do Brasil com brincadeiras dos internautas.

O usuário @marceloj81, por exemplo, escreveu que “#1bomprofessormeensinou várias coisas, mas esqueci de tudo”. Já @larifelisdoro escreveu: "#1bomprofessormeensinou que casar gasta muito dinheiro então não devemos nos casar". E, segundo @pilehh, “#1bomprofessormeensinou a não fazer hashtags tão grandes assim". Um complemento bastante comum também era “colar na prova”.

A ideia de movimentar o Twitter surgiu durante o lançamento da campanha na manhã desta terça

A assessoria de imprensa do Todos Pela Educação confirmou que iniciou a disseminação da hashtag no Twitter, mas que a ideia era realmente uma homenagem aos docentes.

Valorização do professor

O movimento Todos Pela Educação escolheu como foco do seu trabalho para 2011 a valorização do "bom professor" -aquele que, segundo o Todos, é o que tem foco no aprendizado dos estudantes e contribui para a educação no país. Entre as peças produzidas, estão vídeos para TV, anúncios para jornais e revistas e spots de rádio.

Também para o MEC (Ministério da Educação), o professor precisa ser colocado no centro das atenções. “O Brasil precisa resgatar essa dívida com o magistério brasileiro", disse Fernando Haddad assim que foi confirmado para a pasta na gestão Dilma.

Um dos tópicos que sustenta essa valorização de que tanto se fala é o salário dos docentes. Professor ganha 40% menos que média do trabalhador brasileiro com mesma escolaridade.

Na última quarta-feira (6), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por 8 votos a 1, a validade da Lei do Piso Nacional do Magistério. A lei, que foi sancionada em 2008, determinava o rendimento mínimo por 40h semanais de trabalho para professores da educação básica da rede pública. O valor atual do piso é de R$ 1.187,14, que passa a ser considerado como o "vencimento básico" da categoria, ou seja: gratificações e outros extras não podem contar como parte do piso.

 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Da Série. Música Escola. COM MV BILL. Nº1

Essa é a 2ª série de posts criados pelo educAÇÃO BR, a primeira se chama “Rir para não chorar” com posts de humor sobre o mundo da educação. A série “Música Escola” traz posts que apresentam músicas, clipes que servem de fundo ou trilha sonora para a realidade da nossa educação, trazendo reflexões para os agentes envolvidos no processo de educar, Pais e estudantes podem absorver conhecimento, consciência e noções de seus papeis na vida social, assim como professores e demais profissionais de educação podem encontrar nas músicas da série um bom material para ser trabalhado em sala de aula. A música e outras expressões da arte são ferramentas eficientes e muito importantes no processo educacional.

Mandem sugestões de músicas/clipes para educacena@hotmail.com
MV BILL - CAUSA E EFEITO

Causa e Efeito é uma peça muito bem produzida com um conteúdo critico e argumentativo sobre problemas sociais, entre eles a corrupção que como causa traz muitos efeitos, temos como exemplo, a falta de seriedade, investimentos na educação, transformando a nossa sociedade em um campo aberto para a criminalidade, o desrespeito nas relações sociais, a ignorância, a pobreza material e de espirito do nosso país. A música de RAP em outras palavras é um grito critico de denuncia em uma aula informal, mais não menos correta que uma aula de história e sociologia do Brasil. ACOMPANHEM A MÚSICA E LETRA, AS IMAGENS DO CLIPE TAMBÉM DIZEM MUITO.

Hã...
Pouca coisa mudou
O responsável pela nossa tragédia não assimilou
Que pra mudar é necessário mais que um discurso...
no percurso falei com gente estúpida
Penso no que diz nossa bandeira fica em dúvida
O que será que eles acham de nós
que não sabemos falar?
que não sabemos votar? Há

Nossa voz ta no ar
Por mais que eu tenha espírito de mudança
vejo contradições que me causam desesperança
Cansa ver tanta gente ignorante
Tratando gente humilde de forma arrogante
Deselegante ao lidar com a maioria
Que fala com sotaque de periferia
Na correria, sobrevivendo a covardia
Daqueles que nos retribui com antipatia

A superação me emociona
Mas a apatia dos irmãos me decepciona
Vivemos da democracia que não funciona
Condição social que aprisiona
Vários vão a lona
Sentados na poltrona
Recebendo ordens que serão ditadas na telona
E nos deixam como herança
Uma verdadeira erupção de criança na minha lembrança
Não da pra esquecer o que eu vi (na lembrança)
Não da pra esquecer o que senti
percebi...

Que a policia continua sendo o braço governamental
Na favela discimina o mal
Com suas fardas e caveirões
A serviço daqueles que controlam opniões,que roubam
milhões, donos de mansões
Constrói a riqueza com a fraqueza de multidões
Tubarões...
engolem o peixe pequeno
Não vejo plantação de coca no nosso terreno
Vai além...vejo plantações de vida
de sonhos, de morte, ferida
Que não cicatriza, que não ameniza
Se o clima tiver tenso a paz não se estabiliza
Pra mim é muito fácil de ser entendido
Sem educação vários de nós vai virar bandido
E a nossa pena não é branda
Perdemos a infância, a juventude a fila anda
Menos pra quem tem família com dinheiro
Que paga pelo erro do filho o tempo inteiro
Atitudes que eu não me identifico
Bateram na empregada só porque o pai é rico
Pai que vai a público falar de ética
Sem saber que o filho é envolvido com droga sintética
Vida frenética, fazendo merda pela rua
Com a certeza que a justiça é menos energética
Não é assim com a gente,
Nova operação policial leva a alma de um inocente
Deixa a criança ferida
Com bala perdida
Mais punição como medida
Revelando a incompetência
Tenho complemento no refrão que há na sequencia

Combatente não aceita
Comando de canalha que a nós não respeita
Excluído, iludido
Quem nasce na favela é visto como bandido
Rouba muito, magnata
Não vai para cadeia e usa terno e gravata
Causa e efeito
Só dever sem direito 2x

A corrupção permite
que atrocidade ultrapasse seu limite
Por mais que parte elite evite
Um afrogenocidio existe
onde pessoas morrem por conta da cor
Com sobrenome comum não temos valor
Artista câo, que fala de amor,
Não fecha com nois nem na hora da dor
Por isso eu faço do meu palco um pupito
usando minha voz contra um Brasil que é corrupto
Impunidade fala mais alto
Os homens de preto sobem o morro pra defender o asfalto
que impotente, assistem a tragédia
No desnivel entre a favela e a classe média
Que tratam o guetto como se fosse a África
numa distancia que nem chega a ser geográfica

Distanciamento provocado pelo preconceito
Como se nascer aqui fosse um defeito
Não é!
É parte de um destino que você ajudou a escrever,
quando não quis se envolver
Vem, vem aqui combater a consequencia de politica de ausencia
que resulta em violencia
Se o foco não for mudado, não terão resultado
e o ódio na juventude é uma tendencia
Sem escola, sem escolha
Expectativa de vida até que o crime te recolha
Vários do lado do bem, são empurrados pro mal
vitimas da convulsão social
País tropical, povo sensual
Fábrica de gente em condição marginal
que não conseguem pensar, que não conseguem falar
Parasitas não iram prosperar

Combatente não aceita
Comando de canalha que a nós não respeita
Excluído, iludido
Quem nasce na favela é visto como bandido
Rouba muito, magnata
Não vai para cadeia e usa terno e gravata
Causa e efeito
Só dever sem direito 2x

Dia da Educação. "Um bom professor, um bom começo"

No dia da Educação, especialistas apontam as principais qualidades de um professor


Movimento Todos Pela Educação lança campanha nesta quinta-feira: "Um bom professor, um bom começo"


Juliana Bublitz | juliana.bublitz@zerohora.com.br

Diante da lousa, com a autoridade de quem detém o saber, o professor discursa. Em silêncio quase sepulcral, os alunos escutam. Não há brecha para questionamentos nem discussões. Corriqueira algumas décadas atrás, a cena descrita já não existe mais. Ou, se existe, está com os dias contados — assim como a figura daquele velho educador.

Com o século 21, não por acaso batizado de "século do conhecimento", nasce um novo mestre. Com o intuito de valorizá-los, o movimento Todos Pela Educação acaba de lançar uma campanha de mobilização, que a partir desta quinta-feira — Dia da Educação — ganha destaque na mídia nacional. Com o slogan "Um bom professor, um bom começo", a intenção é reforçar a importância desses homens e mulheres e pressionar por melhorias.

— O professor tem uma posição estratégica no século 21. Só que ele também precisa ser valorizado, e isso inclui salários iniciais atraentes, plano de carreira e melhores condições de trabalho. Sem isso, não basta ter brilho nos olhos e, como a gente diz aqui no Nordeste, fogo nas ventas — diz Mozart Neves Ramos, professor da Universidade Federal de Pernambuco e conselheiro do Todos pela Educação.

Mais do que simples transmissor de conteúdo, esse novo profissional atua como um guia. Em meio à avalanche de informações despejada a cada segundo sobre crianças e adolescentes, é ele quem indica o caminho. Trata-se de um tutor, que dialoga e provoca. Tem paixão pelo que faz, segue estudando, preocupa-se em falar a mesma língua dos pupilos e nem de longe é um analfabeto digital.

Nesta reportagem, a pedido do Diário Catarinense, especialistas apontam as principais qualidades de um bom educador.

O professor ideal deve...

1) Gostar do que faz

Mais do que qualquer profissional, quem opta pelo magistério tem de ter paixão por ensinar e se orgulhar de seu papel na sociedade. Quanto mais os alunos sentirem essa empatia, garantem especialistas, mais abertos estarão à aprendizagem e melhor será o desempenho em sala de aula.

— O bom professor não apenas deve ter orgulho da profissão, como deve defendê-la com garra. Ele é um otimista, um sonhador. Tem a utopia de um mundo melhor, sem a ingenuidade da busca de resultados fáceis e sem se abater frente aos obstáculos — afirma Francisco Aparecido Cordão, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) e diretor-presidente da Consultoria Educacional Peabiru.

Em contrapartida, reconhecem gestores e estudiosos, o educador que ama o que faz e se dedica de corpo e alma ao trabalho também precisa ser valorizado por isso. Melhores salários e condições de trabalho são considerados fundamentais.

2) Ter uma boa formação

Para cumprir com louvor o seu papel, o professor ideal também deve ter uma formação sólida e ampla. Esse processo, segundo a superintendente de Educação e Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, Bernardete Gatti, deve incluir o domínio dos conteúdos da disciplina escolhida e, em igual peso, o conhecimento das metodologias e práticas de ensino.

— De nada adianta saber o conteúdo, se o educador não consegue transmiti-lo aos alunos. A maioria dos cursos não tem nem 10% de formação pedagógica, e esse é um problema sério, que precisa ser repensado — alerta Bernardete.

Além de uma boa base, a diretora do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS), Cecília Farias, destaca a importância de haver continuidade nos estudos. Para acompanhar a velocidade das mudanças na sociedade atual, os mestres precisam se manter atualizados — e, para isso, devem contar com o apoio dos gestores, públicos ou privados. Além de uma imposição profissional, esse deve ser um desejo pessoal.

3) Falar a língua dos alunos

Não se trata de adotar as gírias ou se comunicar como um adolescente, mas de entender o universo da garotada e planejar aulas que levem em conta esse jeito particular de ver e viver o mundo de hoje.

— O professor tem de compartilhar o mesmo universo dos seus alunos e ser um pouco artista diante desse público. Se ele não usar isso a seu favor, se não falar a mesma língua deles, corre o risco de se transformar em uma cápsula de sonífero — diz o consultor educacional do Fronteiras Educação — Diálogos com a Geração Z, professor Francisco Marshall, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Isso significa, por exemplo, estimular a interatividade e evitar falar sozinho, sem parar, uma aula inteira. Significa, também, não subestimar os adolescentes. Foi-se o tempo em que o mestre era o dono do conhecimento. No passado, ele falava e os estudantes ouviam em silêncio. Hoje, ele deve estimular o diálogo. Se, para isso, for possível usar e abusar de recursos audiovisuais, como projeções de imagens, vídeos e músicas, tanto melhor.

4) Usar as novas tecnologias em aula

O educador do século 21 não pode ser um analfabeto digital. Ignorar ou repudiar a influência da internet na vida dos alunos é aprofundar o abismo entre os estudantes e a escola.

— Ao tirar proveito disso, o professor traz a realidade da criança e do adolescente para a sala de aula. É uma forma de aproximação e, além disso, uma maneira de apresentar o conhecimento de um novo jeito — afirma a professora Maria Elizabeth de Almeida, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Não basta, porém, dominar a tecnologia. É preciso que o educador saiba aplicá-la. Primeiro, é importante que navegue nos sites preferidos de seus pupilos e faça parte das redes sociais para entender sua lógica. Depois, a ideia é que explore o potencial dessas ferramentas de forma criativa.

Por que continuar restrito ao velho mapa-mundi se pode usar programas gratuitos como o Google Earth para mostrar regiões, países e cidades em detalhes? Por que não estimular a garotada a escrever microcontos no Twitter? As portas que se abrem são infinitas.

5) Ir além do conteúdo formal

O bom professor, ressaltam especialistas, deve saber que sua missão profissional não se resume a repassar o conteúdo da disciplina. Hoje ele deve ser um guia, um tutor. O velho chavão "ensinar para a vida" continua valendo. Cabe ao mestre, junto com a família, difundir valores éticos e morais e fazer com que crianças e adolescentes sejam capazes de fazer reflexões críticas.

Para Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, ir além do conteúdo implica usar as experiências vivenciadas pelos alunos como ponto de partida para discutir assuntos importantes e transmitir ensinamentos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

STF mantém 1/3 da jornada de trabalho extra classe para professores

STF mantém período para preparo de aula a professores

 

web
Estados e municípios sofreram nesta quarta (27) uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte manteve uma regra que garante aos professores da educação básica o direito de ficar fora de sala de aula durante um terço da jornada de trabalho. Os educadores devem usar esse período para desenvolver atividades de planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional.

Conforme estimativas recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com a confirmação do direito dos professores de gastarem parte da carga horária com atividades externas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil professores para assegurar aos alunos quatro horas diárias em sala de aula. Isso representará um impacto de R$ 3,1 bilhões nas contas dos municípios.

No início do mês, o STF já havia imposto uma derrota às administrações estaduais e municipais ao julgar a ação movida pelos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará. Na ocasião, os ministros tinham confirmado a validade da lei que fixou um piso salarial nacional para os professores. O piso atual é de R$ 1.187,97, valor que pode ser elevado com o pagamento de acréscimos e benefícios.

De acordo com estimativas da CNM, será de R$ 5,4 bilhões o impacto do piso nacional acrescido da necessidade de contratar mais 180 mil professores por causa da redução do período em sala de aula. No início do mês, na sessão em que validou o piso nacional, o STF não tinha chegado a uma conclusão sobre a divisão da carga horária dos professores porque o presidente da Corte estava na Itália, participando de compromissos oficiais.

O julgamento foi concluído hoje, quando a votação terminou empatada em 5 a 5. Nesses casos de empate, há um entendimento do STF segundo o qual a ação deve ser julgada improcedente. O ministro José Antonio Dias Toffoli, que poderia desempatar o julgamento, não pode votar porque no passado atuou no processo como advogado-geral da União. Toffoli foi advogado-geral no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar da decisão de hoje, o Judiciário poderá analisar novamente as regras que fixaram a divisão da jornada de trabalho dos professores. Isso porque não foi formada uma maioria na votação. Dessa forma, o resultado do julgamento não teve um efeito vinculante e o assunto poderá ser debatido de novo no futuro durante o julgamento de ações movidas por outros Estados ou municípios.

Fonte: Agência Estado

Professor Brasileiro. Mil e uma utilidades

No Rio, um só professor ensina matemática, ciência e português
Publicidade. WEB
do educAÇÃO BR
Esta noticia do Rio de Janeiro não é novidade por aqui nas terras pernambucanas. Aqui se tem o agravante de professores com uma formação especifica ensinarem disciplinas distintas da sua área de formação também no ensino médio, tem professor de história dando aula de inglês, de biologia dando aula de química, física, de geografia dando aula de sociologia, filosofia, e por ai vai, verdadeiros "mestres multiusos". Em Pernambuco existem projetos de correção de fluxo como o Travessia, suas turmas tem 2 professores que ensinam todas as matérias. O fato de ser projeto especial, não anula a questão de que para ensinar qualquer disciplina o melhor e o correto é um profissional capacitado e devidamente formado na área.
Pensamos que isso é impossível de acontecer em uma escola particular, mas estamos falando do submundo da educação pública neste país. Já imaginaram se você fosse ter que fazer uma cirurgia em um hospital e chegando lá, perto da hora do procedimento médico a enfermeira informa – estamos sem cirurgião meu senhor, mas temos aqui um ótimo dermatologista para fazer sua operação. Já pensou nisso? Pois é, isso é o que acontece todos os dias na educação pública brasileira.
LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO. Jornal Folha de S. Paulo 

Um projeto da Secretaria Municipal de Educação do Rio está colocando um só professor para ensinar português, ciências, matemática e todas as disciplinas básicas no 6º ano (antiga 5ª série) do ensino fundamental. Pelo sistema tradicional de ensino, os alunos têm aula com um só professor até o 5º ano (antiga 4ª série) e, a partir do 6º, têm diversos professores, especializados nas disciplinas que lecionam.

Atualmente, 53 turmas fazem parte do projeto, mas no ano que vem o sistema pode ser ampliado para todas as escolas da rede. Segundo a secretária Claudia Costin, a ideia é adiar a transição, pois alunos com 11 anos são muito novos para passar pela mudança.

Entre as vantagens do projeto, Costin aponta a criação de um vínculo afetivo mais forte entre aluno e professor. "O professor fica muito mais tempo com a turma." Para Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP, o projeto também favorece a interdisciplinalidade. "Por ser apenas um professor vai forçar que articulações entre disciplinas seja mais presente."

FORMAÇÃO

Segundo a secretária, apesar de não terem formação específica na área, os professores não têm problemas para ensinar os conteúdos. "Estamos falando de ensino fundamental. Não existe a hipótese de o professor não conhecer o conteúdo." Eles também têm auxílio de apostilas e recebem supervisão semanal.

Para Maria Márcia Malavasi, da Faculdade de Pedagogia da Unicamp, é essencial que os docentes passem por cursos para saber ensinar os conteúdos. "É muito difícil um professor ter domínio de todas as áreas de conhecimento", afirma. Malavasi levanta também a hipótese de o projeto representar "uma estratégia para baratear os custos com mão de obra na escola."

A assessoria da secretaria disse que o projeto não tem a ver com economia, apenas com a questão pedagógica.

terça-feira, 26 de abril de 2011

PERNAMBUCO. Pesquisa mostra problemas de infraestrutra, falta de professores e insegurança nas escolas estaduais.

Uma pesquisa aplicada em 163 escolas estaduais de Pernambuco apontou que os maiores problemas enfrentados pelas unidades públicas são estruturais (96,3%), de falta de professores (21,47%) e insegurança (17,1%).
Nas reivindicações do Sintepe e da CNTE, destacam-se a melhoria da aprendizagem e a valorização do profissional

Foto: Mariana Ferraz / NE10
Do educAÇÃO BR
Governos e população, os ignorantes da nação.

Diante dos resultados desta pesquisa, uma população consciente, pais que se importam com seus filhos devem imediatamente procurar as direções das escolas, as gerencias regionais de ensino e até a própria Secretaria de Educação, o secretário de educação e até o governador, para exigir mudanças, resoluções para problemas que estão destruindo o futuro de seus filhos, estes que sem estrutura nas escolas, sem professores e sem segurança, como podem aprender?

No ensino público as coisas não são bem assim, são mais difíceis, o governo pode manipular a opinião da população com propagandas e faz ações que parecem resolver, mas são apenas ilusórias. O governo de Pernambuco só se importa com educação se os problemas que neste setor existem começarem a arranhar a imagem da gestão e consequentemente significarem perda de votos, a preocupação é eleitoral e não social, se fosse, há muito tempo esse quadro seria diferente.

Os pais que tem seus filhos estudando nas escolas estaduais deveriam exigir mudanças, mas não vemos isso acontecer em uma proporção que coloque o governo em xeque. Se as escolas fossem particulares, o que aconteceria se tais problemas acontecessem? Talvez nem houvesse cobranças por parte dos pais, nem precisaria, eles tirariam as crianças e as colocariam em outra escola. Tanto o pai de filhos matriculados no ensino privado quanto os que têm suas crianças em escolas públicas pagam e tem direito a um bom retorno, de qualidade no serviço. O primeiro paga mensalidade (hoje em dia muito cara) e o segundo paga impostos, e também paga com seu voto de confiança depositado nas urnas na época de eleição.

É um sistema cíclico, os governos só vão ter responsabilidade com a educação pública e outros serviços (direitos) se houver cobrança da população e os políticos serem punidos nas urnas por sua incompetência, mas isso só acontece se a população for consciente de seu papel cidadão, se tiverem formação politica, noções de seus direitos, lições que se aprendem também em um local que tem essa especialidade, a formação de pessoas, a escola. Os governos não solucionam logo esse caos que é a educação pública por que não querem, por ser conveniente que a população permanceça "cega", alienada, ignorante. Fazem a escola ser tudo, menos o ideal, fazem o ciclo invertido.
A maioria dos governantes passaram por ótimas escolas, universidades, mas contraditoriamente tem essa politica mesquinha de manutenção do poder, por mais estudados que sejam, ainda assim se juntam a população e formam um país sem educação, são os “ignorantes da nossa nação”. Os políticos são os mais ignorantes, pois é muita ignorância ser responsável proposital da ignorância dos outros.

Do NE10

Nas reivindicações do Sintepe e da CNTE, destacam-se a melhoria da aprendizagem e a valorização do profissional.

Uma pesquisa aplicada em 163 escolas estaduais de Pernambuco apontou que os maiores problemas enfrentados pelas unidades públicas são estruturais (96,3%), de falta de professores (21,47%) e insegurança (17,1%). Os números foram apresentados na manhã desta terça-feira (26), no auditório da OAB-PE, durante uma audiência pública promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), com o objetivo de discutir as metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio de 2011-2020 no Estado. O evento faz parte da programação da XII Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que tem como tema "A educação quer mais".

O debate será nacional, mas em Pernambuco a proposta é focar em quatro objetivos: garantir o direito à educação, combater a evasão escolar, melhorar a aprendizagem e valorizar os profissionais que trabalham com educação - não só professores, como funcionários administrativos e os que realizam a manutenção das unidades. No dia 11 de maio, ocorrerá uma paralisação nacional das categorias, para chamar atenção para a discussão das metas educacionais do país.

Em Pernambuco, segundo dados do IBGE de 2009, há 209 mil crianças e jovens de 4 a 17 anos fora de escola. Além disso, de acordo com o TCE, 112.000 pessoas abandonaram o Ensino Fundamental e Médio em 2010. "Esses números são muito preocupantes", afirmou o presidente do Sintepe, Heleno Araújo. "A sociedade precisa atentar e exigir investimentos em educação", completou.

A luta pelo piso nacional para os professores continua no Supremo Tribunal Federal (STF), pois está sendo julgado o valor e a carga horária dos educadores. O Sintepe e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) reivindicam um vencimento-base de R$ 1,597,87 para professores com magistério e um acréscimo de 50% para os que têm graduação. O Ministério da Educação (MEC) propõe um valor de R$1.187,97 para os que têm magistério. A média atual é R$ 1.045 para os dois casos.

A CNTE e seus 41 sindicatos filiados em todo o país também propõe que a educação seja financiada nos próximos dez anos por 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa fatia seria alcançada gradualmente, acrescentando-se 1% ao que já se é aplicado ao ano. Além disso, pleiteam que 50% do lucro com a exploração do petróleo na camada pré-sal sejam destinados à área. Como argumento, destacam um estudo do IPEA e do Ministério do Planejamento, segundo o qual a educação é o investimento mais rentável de todos - a cada R$ 1 aplicado, o retorno é de R$ 1,85. Para o deputado federal Paulo Rubem Santiago, membro da Comissão Especial do PNE - criada em 22 de março, esse retorno ainda não é enxergado pela sociedade.

A rede estadual de Pernambuco tem, atualmente, 960 mil alunos matriculados em suas 1.107 unidades. Do total da amostra pesquisada, 157 apresentaram problemas em sua infraestrutura, em 35 há falta de professores, 28 denunciaram insegurança e outras nove haviam registrado casos graves de violência dentro das escolas.

As disciplinas em que há falta de mestres são: português, matemática, química, inglês, educação física, filosofia, sociologia, história e geografia. O levantamento foi feito pelo IBGE, Tribunal de Contas (TCE) e Ideb, em unidades de ensino da Região Metropolitana do Recife, Palmares (Zona da Mata), Gravatá (Agreste) e Cabrobó (Sertão) durante o mês de março de 2011.

SEDUC - A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Pernambuco e aguarda seu posicionamento sobre as denúncias.







segunda-feira, 25 de abril de 2011

Estrutura nota ZERO. Alunos e professores convivem com medo em escola de municipio pernambucano


Reprodução TV Globo

Ensino na Escola Marechal Costa e Silva está prejudicado por causa das condições precárias da estrutura do prédio; prefeitura prometeu que a reforma começará na próxima semana.

Da Redação do pe360graus.com

Construída há mais de 40 anos, a Escola Marechal Costa e Silva é uma das mais antigas do bairro dos Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. Mas o ensino está prejudicado por causa do descaso com a instituição. Em dias chuvosos, o pátio fica alagado e a água inunda as salas de aula pelos buracos do telhado.

A denúncia partiu de um grupo de mães. Elas estão revoltadas com as condições do prédio da escola onde os filhos estudam. “O colégio é no centro de Prazeres. Era pra ser bem reformado, mas está aí, jogado às baratas”, conta a dona de casa Kaline Oliveira.

Onde deveria funcionar a biblioteca da escola, o que se vê é um depósito de entulhos. A chuva danificou as bancas escolares e molhou os livros: um prejuízo incalculável para o aprendizado dos alunos. “Eu fico com a impressão de que tudo vai cair quando está chovendo”, diz a aluna Weslayne de Lima Pereira.

A professora Sílvia Maria dos Santos sofre com esse problema há mais de 10 anos: “Cai água, molhas as cadeiras, fica as salas alagadas. Numa sala tem 25 alunos e só vieram seis”.

A diretora da escola, Rejane Maria de Azevedo Pessoa, conta que já encaminhou, só este ano, cinco ofícios à Secretaria de Educação do município pedindo melhorias no prédio. “Me desmotiva.  Porque inúmeras vezes eu já solicitei e eu não tenho resposta concreta”, diz.

Segundo Rejane Maria, os alunos ainda enfrentam outro problema dentro da escola: a insegurança. “Essa escola já foi alvo de arrombamento nos finais de semana, já foram feitas várias solicitações e nada foi feito. Já levaram todos os equipamentos eletrônicos, a gente não tem mais nenhum. Pularam pelo telhado e levaram”, conta.

De acordo com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, a escola não foi reformada antes, porque eles não sabiam se o prédio seria demolido durante as obras da Estrada da Batalha. Há dois meses, o Governo do Estado confirmou que o colégio ficaria no mesmo lugar. Então, a Prefeitura fez o projeto e a promessa é de que a reforma da Escola Marechal Costa e Silva vai começar na próxima semana.

Em relação à falta de segurança no local, os funcionários da Prefeitura de Jaboatão afirmam que a escola vai ter um sistema de vigilância eletrônica, que começa funcionar no segundo semestre, ou seja, a partir de agosto, vão ser instaladas câmeras de segurança.

sábado, 23 de abril de 2011

Bônus para professores. Solução para qualidade do ensino?

Sala de Aula da Rede Estadual de São Paulo. WEB

Do educAÇÃO BR

O governo de Pernambuco também adota o exemplo de São Paulo, criou uma politica de bônus para os professores das escolas estaduais que apresentarem bons rendimentos. Quem consegue receber a bonificação fica contente, claro, mas quem não consegue se frustra mais ainda, pois muitíssimas vezes as condições de trabalho não são favoráveis para que o educador consiga desenvolver um bom trabalho, e tais condições devem ser dadas pelo governo.

Dessa forma a Gestão Eduardo Campos cria uma cultura de exclusão da qualidade da educação, tanto para os professores que continuam ganhando o pior salário do Brasil, quanto para os estudantes que continuam com seus baixos rendimentos. Investimento no professor deve ser linear, universal, não adianta ter escolas melhores e a maioria não, quando elas são uma “rede de ensino”. E como ocorreu em São Paulo, talvez aqui em Pernambuco, essa politica de bônus possa não trazer resultados reais e satisfatórios na melhora do desempenho dos alunos, seria mais um instrumento politico e eleitoral do governo nos seus trabalhos de ilusionismo, onde parecer ser é melhor que realmente ser (maquiagem).

Bônus para professores não melhoram qualidade do ensino em São Paulo

Publicada em 22/04/2011 às 23h00m
Leila Suwain

SÃO PAULO - Lançada em 2008 como uma solução inovadora e meritocrática para melhorar a qualidade do ensino público, a política de pagamento de bônus salarial para os professores da rede estadual fracassou e levou o governo de São Paulo a repensar suas propostas educacionais. O incentivo, que pode chegar a quase três salários extras, é calculado a partir do desempenho dos alunos, baseado nos dados do fluxo escolar e das notas do Saresp, o "provão" paulista de português e matemática dos ensinos fundamental e médio.
" O bônus cria uma atitude de desresponsabilização do gestor público "

O resultado de 2010 causou constrangimento ao revelar um recuo na habilidade dos estudantes, que já estava em patamares baixos. E o pagamento de bônus baixou de R$ 655 milhões em 2010 para R$ 340 milhões em 2011.

Depois de pagar R$ 1,4 bilhão em "prêmios" em 2009 e 2010 para professores, o governo de São Paulo viu as notas dos alunos que terminam os ensinos fundamental e médio recuarem para o nível de dois anos atrás, já bastante defasado. Esperavam uma melhora gradual e sistêmica, baseada principalmente no incentivo, conforme dita o Plano de Qualidade na Educação (PQE), lançado em maio de 2008. Por meio de gráficos, o governo explicou que metas diferenciadas por colégio poderiam levar à convergência de qualidade em 2030, em níveis compatíveis com os dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

- O resultado do Saresp mostra que a política de bônus de São Paulo foi um fracasso - afirmou Romualdo Portela de Oliveira, da Faculdade de Educação da USP. - Existem pressupostos complicados na política de bônus, a começar pela motivação financeira. O que motiva uma pessoa a ser professor, hoje, no Brasil, muito poucas vezes é dinheiro. Há uma parcela grande que atua com um grau de altruísmo.

Há anos que os incentivos monetários na educação são alvo de estudo e controvérsia, principalmente pelo uso de notas dos alunos e por prazos, fatores estruturais e desigualdades locais - todos podem causar distorções. Porém a evidência acumulada - em São Paulo e em experimentos científicos - é de que o bônus, sozinho, não melhora o desempenho dos alunos. Nos Estados Unidos, a mais completa pesquisa sobre esse tipo de incentivo ao professor revelou resultados indiferentes na melhoria das notas de alunos do 5 ao 8 anos em teste padronizado de matemática.

Para Oliveira, os problemas educacionais em São Paulo têm forte componente estrutural. E, já na largada, há três anos, a política de bônus foi recebida com antipatia pelos professores, que se sentiram "acusados" pelo fraco desempenho dos alunos.
- O bônus cria uma atitude de desresponsabilização do gestor público e cria uma cultura de discussão da culpa, que também acontece do lado dos sindicatos dos professores, que culpam os pais dos alunos e o sistema - completou Oliveira.

Procurada, Secretaria de Educação não comenta

A Secretaria de Educação de São Paulo não atendeu aos pedidos do GLOBO por dados, entrevista e esclarecimentos. Na nota à imprensa divulgada no mês passado, o secretário de Educação reconheceu que é preciso fazer mais pela valorização do professor. "Não há como dissociar essa variação negativa do Saresp de 2009 e 2010 da necessidade de mais professores efetivos na rede estadual", disse o secretário Herman Voorwald, que conta com a simpatia do Ministério da Educação.

"Não há educação de qualidade sem professor motivado e preparado. Nossa prioridade é valorizar o professor e ganhar o seu compromisso com a qualidade da educação", completou Voorwald, sinalizando mudanças na nova gestão tucana, que sempre enfrentou oposição do sindicato dos professores da rede estadual, ligado ao PT. Os professores querem aumento linear e mais investimentos.

De acordo com Oliveira, porém, a falha de um modelo de bonificação não inviabiliza o conceito. Além de faltar o engajamento da categoria, o professor considera que as notas dos alunos em duas matérias é uma medida "simplista" que pode até gerar um efeito negativo, como o direcionamento do ensino.
- O movimento de integração dos professores passa também por medidas duras contra a negligência extrema e o absenteísmo sistemático. Quando se bonifica o professor que vai bem, precisamos perguntar que culpa tem a criança de estar na sala do professor que vai mal? Além do desempenho do aluno, podemos considerar outros itens, como o engajamento do professor na instituição e sua própria proficiência na matéria - completou Oliveira.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/04/22/bonus-para-professores-nao-melhoram-qualidade-do-ensino-em-sao-paulo-924303729.asp#ixzz1KKSCUzHS
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quinta-feira, 21 de abril de 2011

MESTRES DO BRASIL. Como um país trata seus professores!

Do educAÇÃO BR
Esta excelente serie de reportagens feitas pela Rede Record, aborda com muito realismo as vidas dos professores e a situação da educação brasileira. Os mestres são mais de Dois milhões hoje no país, somente na educação básica, exemplos de vencedores são mostrados nas reportagens, verdadeiros guerreiros, brasileiros que apesar de tudo, encontram razões para serem os responsáveis diretos pelo ensino, pela formação das nossas crianças, os jovens que serão o futuro desta terra que ainda não aprendeu a valorizar os seus mestres e edificar-se pelo único e melhor caminho, a educação.
Mestres do Brasil - TV Record

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Merenda Estragada. Rotina nas escolas estaduais de Pernambuco

TV Jornal - SBT
do educAÇÃO BR

01/04
Cerca de 70 alunos da escola estadual de referência em Ensino Médio Jornalista Trajano Chacon, situada na Avenida do Forte, no Cordeiro, denunciaram ter amanhecido, on­tem, com desinteria. Segundo eles, a infecção intestinal foi causada pela alimentação oferecida aos alunos do ensino semi-integral.
02/04
Mais de 100 pessoas entre estudantes e funcionários passaram mal em escola estadual de referência em ensino médio em Belo Jardim
Estão virando rotina estes problemas com a merenda nas escolas estaduais de Pernambuco, a reportagem mostra a 3ª escola estadual, essa no bairro de Nova Descoberta no Recife. É óbvio que as causas estão na falta de compromisso e de cuidados com a alimentação escolar, sua qualidade, a manipulação, o preparo. A SEDUC tem responsabilidades sobre essas questões? A empresa que serve a comida para as escolas não é contratada pelo governo? Muito dinheiro público é retirado dos cofres para em troca termos essa qualidade! Agora não custa perguntar também. Se filhos de deputados, secretários, governador, estudassem nas escolas estaduais, isso aconteceria com tanta frequência, ou se quer aconteceria?

Esperamos que algo seja feito para acabar de vez com isso, antes que aconteça algo mais grave.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Secretário de Educação de Pernambuco se reune mais uma vez com professores no sindicato

Foto: Dhiogo Rezende. educAÇÃO BR
Sec. de Educação Anderson Gomes e a Vice-Presidente do SINTEPE Antonieta Trindade
do educAÇÃO BR

O secretário de educação do estado de Pernambuco esteve na tarde desta terça na sede do SINTEPE pela segunda vez este ano. Professores da rede, sindicalistas, aprovados no último concurso da educação e populares lotaram o auditório do sindicato para ouvir de Anderson Gomes como estão às definições e resoluções no atendimento das reinvindicações da categoria que foram lançadas no primeiro encontro em fevereiro. O evento foi aberto às 14 horas pela vice-presidente do SINTEPE, Antonieta Trindade gerenciou o encontro/debate explicando previamente a ausência do Presidente Heleno Araújo que cumpria agenda.  
O secretário iniciou se referindo a pontos que ficaram pendentes de resolução desde o primeiro encontro, sobre o inicio de horário no turno da tarde que passou de 13h30min para 13h00min e provocou protesto por parte da categoria, ficou definido que a normativa continua fixando o horário em 13h, mas que este é flexível e fica a critério das escolas e suas direções à definição da entrada no turno vespertino. Uma hora ou uma e meia da tarde.
Sobre a colocação da disciplina de educação física no horário regular de aula e não mais no contra turno, ele também usou o critério da flexibilidade, “pois em algumas escolas funciona e em outras não” disse Anderson.
Esclarecendo a aplicação da instrução normativa que provocou o fechamento de turmas da noite, do 1º ano do Ensino Médio e do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA), de 47 unidades do Recife e interior do Estado, o secretário disse que há equívocos sobre o termo fechamento, quando na verdade turmas estão passando por um reordenamento para atender as novas normas do MEC quanto a números de estudantes por turma e a viabilidade na dinâmica do ensino. Explicou que algumas denuncias de salas superlotadas existem e são reais, mas são situações pontuais e que estão sendo revistas.
Sobre o EJA – Ensino de Jovens e Adultos, Anderson colocou que a intenção da secretaria é tornar a modalidade de ensino mais proveitosa quanto à qualidade, como a exemplo do Travessia e outros projetos de correção de fluxo. Segundo ele, tais projetos estão diminuindo gradativamente pelo seu caráter temporário e que em seu lugar serão implantadas turmas de EJA, entretanto afirmou o secretário, “o Ensino de Jovens e Adultos terá que vir com outra cara”.
A novela dos concursados.
Sobre a nomeação dos aprovados (professores, técnicos e administrativos) do último concurso da SEDUC em 2008, Anderson Gomes declarou que agora, mais do que antes está mais perto da definição da nomeação devido ao diagnostico da rede que está sendo finalizado. Disse ainda que o prazo dado ao Ministério público, que entendendo a situação da rede, deu mais de um prazo e o último termina dia 29 de abril, este que não será mais prorrogado, disse o secretário.
Gomes falou que se têm números mais certos agora, segundo ele a rede precisa de 25 mil professores em sala de aula e que não dispõe deste, mas está perto deste total e que houve uma diminuição de alunos de quase um milhão para 850 mil por conta das series que foram municipalizadas, entretanto, destacou que o número de estudantes está subindo devido à incorporação de mais turmas de EJA. Sobre os contratos temporários, que no edital da seleção simplificada no início do ano, constam 4500 vagas (pouco mais de 4.400 para o regular e demais para educação especial), o número de portarias de contratação somente para o ensino regular no DOE, já passa dos 4.600 até então. O secretário afirma que os contratos são para substituir professores de licença e que o número é por volta de 2.000.
O MP-PE afirma que todos os contratados são irregulares por ferirem pontos da constituição quanto ao ingresso no serviço público que deve ser via concurso e o número de contratos subiu desde 2008 para 106% enquanto o de efetivos caiu e que as licenças não caracterizam situação de substituição por contrato de emergência. Essa balança entre esses números, a vigilância e a devida atenção do Ministério Público no respeito à lei e a vontade politica do governo é que decidirá a nomeação e o quantitativo de nomeados.
A novela do piso salarial
A direção do Sindicato aproveitou a oportunidade para questionar o secretário sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de que o Piso Salarial do Magistério deve ser considerado como salário base da carreira, sem gratificações incorporadas. O secretário disse que esse ponto está para ser discutido internamente em reuniões que acontecerão muito em breve com o Governador Eduardo Campos e que o mesmo está atento a situação e que pretende dar o melhor reajuste salarial possível a categoria. Questionamentos sobre o pagamento retroativo do pagamento do piso que atualmente é de R$ 1.187, e o governo vem pagando abaixo desde que a lei foi vigorada em 2008 foram levantados, mas não houve resposta concreta, essa que será dada após definição nas reuniões de equipe e governador, adiantou Anderson.
A voz dos professores.

Professor Geraldo e suas criticas
Houve espaço para os professores expressarem suas opiniões diante das definições e resoluções da secretaria até então. Muitos docentes usaram a palavra e trouxeram mais denuncias de suas escolas, argumentos e criticas ao plano de carreira, sobre os salários (mais baixo do Brasil), as aposentadorias, sobre a forma de eleição de diretores nas escolas, a diminuição de carga horária de professores de história e geografia, a diminuição do número de aulas de filosofia e sociologia, de 2 para 1 aula, o numero absurdo de contratos e a não convocação dos concursados. Todas carregadas de indignação e muitas de frustração com a atual situação da educação no estado.
O secretário finalizou mostrando que anotou mais uma vez as reclamações e que tomará providencias. Mostrou características diferentes de seu antecessor, Danilo Cabral, mais paciente e mais aberto aos professores, declarou, “na educação algo está sendo feito, mas ainda é pouco, é preciso mais”.

  


    


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia do Livro Infantil

Do educAÇÃO BR

As crianças de hoje não se interessam muito por livros, a concorrência das páginas e suas histórias com a infinidade de meios digitais, jogos, internet é quase que desleal. A lealdade ao mundo dos livros começa desde cedo e com uma força dos pais, um incentivo, um livrinho como presente, um exemplo, a leitura é um habito que abre as portas de um mundo que nas mentes das crianças já é natural, os bons livros só vão ensinar como as viagens podem ser melhores e nas voltas, sempre haverá algo na mochilinha que vão ajuda-las para o resto da vida.
Estimular o habito da boa leitura é um dever dos pais, ou pelo menos, deveria ser.


Divulgação

da Livraria da Folha http://livraria.folha.com.br/

Monteiro Lobato lidera lista dos livros de ficção mais vendidos na semana

Na semana do aniversário de Monteiro Lobato (1882-1948) --que empresta a data de nascimento, 18 de abril, para a comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil-- a "Caixa Monteiro Lobato Infantil" liderou as vendas na categoria.

O box apresenta oito títulos: "Reinações de Narizinho", "Viagem ao Céu", "O Saci", "Memórias de Emília", "Caçadas de Pedrinho", "O Picapau Amarelo", "A Reforma da Natureza" e "A Chave do Tamanho".

domingo, 17 de abril de 2011

Secretário volta a debater com trabalhadores em educação

Anderson Gomes. Sec de Educação. Foto da web

Secretário volta a debater com trabalhadores em educação na terça-feira (19 de abril) 
Escrito por Mellyna Reis
Sex, 15 de Abril de 2011 15:16
Depois de pouco mais de dois meses, o secretário de Educação, Anderson Gomes, volta ao Sintepe para responder aos questionamentos feitos pela categoria no dia 10 de fevereiro. O novo debate será realizado na terça-feira (19), das 14h às 16h, no auditório do sindicato.
O secretário se comprometeu em esclarecer a aplicação da instrução normativa que provocou o fechamento de turmas da noite, do 1º ano do Ensino Médio e do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA), de 47 unidades do Recife e interior do Estado.
Um dos pontos reivindicados pelos trabalhadores diz respeito à inclusão das aulas de educação-física no horário regular. A categoria reclamou que a falta de estrutura e condições adequadas em grande parte das escolas inviabiliza o retorno do aluno à sala de aula após a realização de exercícios práticos.
O sindicato também cobrou um posicionamento sobre a mudança do início do horário das aulas do turno da tarde, que era às 13h30 e passou para 13 horas. Para o Sintepe, a medida prejudicou o deslocamento de docentes entre as unidades de ensino.
“Levando em conta que a maioria dos docentes está vinculada a mais de uma rede, alguém que largar ao meio-dia de uma escola em Paulista, por exemplo, não terá como almoçar e chegar a tempo em uma unidade no Jordão”, analisou a vice-presidente do sindicato, Antonieta Trindade.
A direção vai aproveitar a oportunidade para questionar o secretário sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de que o Piso Salarial do Magistério deve ser considerado como salário base da carreira, sem gratificações incorporadas. “Vamos cobrar dele um posicionamento do governo sobre o pagamento do Piso de acordo com o que foi estabelecido pelo STF”, adiantou Trindade.
O debate com o secretário de Educação será aberto ao público.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Miséria da educação no Brasil, não é um acidente.

Do educAÇÃO BR.
O texto de Arnaldo Jabor discorre muito bem sobre as "causas" da situação da educação e consequentemente do país como um todo, fazendo analises histórica, politica e cultural do Brasil em relação a outros países ele define bem que a miséria da nossa educação não é um acidente, é proposital desde os tempos de domínio da coroa portuguesa. Acompanhem.
Jornal da Globo

Sugestão de Graziela do MOPROPE

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Prefeitura do Recife convoca professores aprovados em concurso do ano de 2007

 


Sala de aula. WEB


Do educAÇÃO BR

A Prefeitura do Recife está fazendo o que o governo do estado de Pernambuco não tem o costume de fazer, é o que vemos na gestão Eduardo Campos na educação. Desde 2008 (ano do último concurso do estado) que na rede estadual também se aposentam e se exoneram professores e ao invés de chamar aprovados no último concurso, a politica de contratação temporária impera. O governo continua passando por cima da recomendação do Ministério Público estadual sobre a convocação dos concursados e como também da afirmação da promotoria que os contratos temporários são ilegais por ferirem pontos da constituição. O edital da seleção simplificada de temporários para o ensino regular publicado em janeiro deste ano tem um numero de vagas de 4500 professores temporários, somadas todas as portarias de contratações no Diário Oficial, o numero chega a 4665 contratados até a presente data.
Serão chamados 218 profissionais; eles devem comparecer a Secretaria de Educação nesta quinta-feira (14)
Da Redação do pe360graus.com

Os aprovados no concurso público para professor do Recife, realizado em 2007, devem ficar atentos. A Prefeitura convocou 218 candidatos aprovados na seleção para ingressar na Rede Municipal de Ensino. Eles devem comparecer à Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria de Educação, localizada na rua Frei Matias Tevis, nesta quinta-feira (14).

Os profissionais irão lecionar prioritariamente em turmas do 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental (antiga 1ª a 4ª série). Após o preenchimento dessas vagas, os demais serão lotados na educação infantil. Os novos servidores vão substituir profissionais que pediram exoneração ou foram aposentados. 

Os 218 educadores chamados agora são os últimos da lista oficial que teve 1.043 aprovados. Pela manhã, a partir das 8h30, serão atendidos os professores classificados entre 959 a 1008. Já pela tarde, a partir das 14h30, será a vez dos classificados entre 1009 e 1043. No local, eles receberão as orientações para ingresso no cargo.

Depois de formalizado ingresso do professor na rede municipal de ensino, os profissionais passarão por uma capacitação no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire e começar a trabalhar ainda neste semestre.

Mais informações pelo telefone 3355-5945.

terça-feira, 12 de abril de 2011

SEDUC-PE QUER EVITAR TRAGÉDIA COMO A DE REALENGO NO RIO

Quando algo pode manchar politicamente uma gestão, governos voam para executar ações de interesse da população.
Mais uma prova que alguns (muitos se não todos) governos fazem politica de manutenção dos mesmos no poder, não fazem de forma desprendida de interesses partidários e de grupos, politicas públicas, algumas medidas, ações que são necessárias ou até obrigatórias e que geralmente são bem notáveis diante dos olhos de todos. É o que vemos com essa medida da SEDUC em colocar segurança em todas as escolas estaduais de Pernambuco somente agora depois do caso do massacre na escola de Realengo no Rio de Janeiro. Durante anos acompanhamos a violência crescente nas unidades de ensino do estado, assaltos, invasões, tráfico, terrorismos de gangues (com a participação ou não de estudantes) e a medida de assegurar os estudantes e profissionais de educação vêm com força agora, pois o nosso governo quer evitar na verdade situações que possam manchar a gestão, tirar votos nas próximas eleições.
Se não fosse essa a preocupação (politico-eleitoral), já se teria segurança em todas as escolas há muitos anos e não só agora.

NETV - Globo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Educação Social: Esmola é ajuda?


Reportagem do NETV - Globo
Do educAÇÃO BR
Esmola e a falsa solidariedade.
Recife assim como outras cidades brasileiras é uma “polis dos invisíveis”, pessoas que passam as vidas despercebidas por todos e principalmente pelo poder público. Fenômeno provocado pela imensa desigualdade social e econômica que impera no nosso sistema capitalista desde outrora há séculos, potencializada com a revolução industrial, vem crescendo na velocidade e na medida em que decresce o sentido humanitário de um povo com uma educação social e até espiritual falidas.
É possível dizer que um país cresce somente pelos fatores econômicos e sem acompanhamento das melhoras dos indicadores sociais? Obviamente que não, pois temos o IDH para nos apontar a resposta. O Brasil tem uma das piores distribuições de renda do mundo, contraditoriamente figura bem e com velocidade de crescimento no cenário econômico mundial.
Paulo Freire no seu livro, Pedagogia do Oprimido fala sobre a “falsa caridade ou solidariedade” que é peculiar nos gestos dos que são opressores, da qual muito de nós praticamos. Esta que só serve para nos tirar a culpa ou criar uma imaginaria certeza de que fazemos a nossa parte.
Temos que abrir nossas mentes e entender a questão de forma politica, social e econômica e menos com a emoção do coração, assim vamos ter a certeza que a esmola é um engodo, algo que simplesmente alimentará e definirá de forma estável a situação opressor – oprimido. Quem dá não faz falta, quem recebe não resolve. Algo que pode até ajudar de forma instantânea a quem pede, ou ainda piorar a condição do oprimido, pois sem ingenuidades, sabemos que a maioria só pede dinheiro e este fica destinado à compra de drogas.
Mas o que fazer o cidadão que é consciente do “não dar esmola”, mas quer de fato ajudar aquele que para ele não é um invisível, nem o vê como uma oportunidade para livrar pesos e remorsos do seu ser opressor das costas com esmolas? Começa por cobrar a responsabilidade das autoridades competentes, dos eleitos para resolver tal problema social e de mais, pode-se fazer algum trabalho educativo por conta própria ou em alguma entidade séria, voluntario, com uma proposta pedagógica clara na intenção de tornar essas pessoas visíveis e tirá-las da condição de oprimidas, processo que precisa da participação destes oprimidos em ter também essa consciência, a que os libertará.
Ser solidário é solidarizar-se não somente pelo outro, mas com o outro buscar a sua liberdade que é a de todos. Algo que moedinhas dadas não fazem.

domingo, 10 de abril de 2011

Investimento na educação. Uso do pré-sal


Por Rafael Moraes Moura / BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 10/4/2011 0:07

Câmara reestuda usar fundo para educação

Câmara Federal. Da WEB
Vetada pela administração Lula, a destinação de 50% dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a área de ensino pode ressuscitar na Câmara dos Deputados, sob a forma de emenda ao novo Plano Nacional de Educação (PNE).
Entidades aguardam o retorno do PNE à pauta legislativa para pressionar as autoridades a aceitar as mais de 130 sugestões ao projeto de lei, como a elevação do investimento público em educação dos atuais 5% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020 - o Executivo prevê 7%. O objetivo é tornar o plano mais ambicioso e encurtar os prazos de algumas das metas estabelecidas pelo governo para o decênio 2011-2020.
Uma comissão especial presidida pelo deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) deverá ser instalada na próxima quarta-feira para cuidar do PNE. A versão encaminhada por Lula ao Congresso no final do ano passado contém dez diretrizes e 20 metas - entre elas, a erradicação do analfabetismo. Prevê 'destinar recursos do Fundo Social ao desenvolvimento do ensino', sem determinar uma porcentagem, e 'ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7%' do PIB.
'Os movimentos sociais e as entidades representativas de ensino superior já nos têm procurado para marcar audiência e propor alterações. Devemos chegar ao final com quase 300 emendas', diz o deputado. Segundo Vieira, a criação de uma comissão especial deve acelerar o andamento do projeto de lei na Casa. Depois de aprovado pelos deputados, o texto segue para o Senado. O MEC disse ao Estado que 'está confiante na sua tramitação'.
Para a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), o PNE deveria apresentar objetivos mais ambiciosos. 'A meta de 7% do PIB caberia dez anos atrás, hoje é preciso mais', diz o presidente da UBES, Yann Evanovick.
Em março, representantes da UBES e da União Nacional dos Estudantes (UNE) se reuniram com a presidente Dilma Rousseff para apresentar as emendas. 'Ficamos muito insatisfeitos com o veto do Lula, existia na época uma forte pressão da equipe econômica, mas agora saímos convencidos de que, caso o Congresso volte a aprovar esse tema, a presidente não o vetará', diz o presidente da UNE, Augusto Chagas. Segundo ele, Dilma enfatizou que se mobilizaria para alcançar a meta de 7% do PIB até o final do mandato, em 2014. 'O plano é mais cauteloso que a própria presidente', diz Chagas.
É preciso ser mais coerente com as necessidades educacionais brasileiras, avalia Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que reúne 200 grupos. A entidade critica a 'timidez da meta de investimentos em educação pública' e sustenta que essa 'é a maior deficiência da atual proposta do Executivo'.
Dinheiro
ROBERTO LEÃO
PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
'Não podemos fazer política educacional com centavos.'