segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Governador administra por poder e quer que professor ensine por amor, não por salário.

Eduardo Campos Gov. de Pernambuco e Cid Gomes Gov. do Ceará em encontro do PSB.









Do educAÇÃO BR.


É temoroso, asqueroso e até nojento saber que políticos brasileiros são capazes de tecer tal comentário sobre os professores do sistema público, ainda mais vindo de um chefe de estado. Estamos vivendo uma fase na democracia do país que diante de grandes índices de votação, os eleitos pensam e se comportam como deuses da administração pública, falam e fazem aquilo que querem, mesmo que isto seja algo que ataque o regime democrático que o elegeu.

Cid Gomes é um dos políticos que obteve uma vitória muito expressiva nas ultimas eleições, assim como Eduardo Campos de Pernambuco, obteve mais de 80% dos votos, o governador cearense e o colega pernambucano de partido (PSB) adotam uma politica educacional austera ao servidor, os estados do CE e PE são bastante defasados na qualidade da educação e são campeões da desvalorização do servidor - professor a nível nacional. Pernambuco atualmente paga o 2º pior salário do Brasil, na frente apenas do Rio Grande do Norte (pior salário) e o Ceará acompanha entre os seis piores do país sendo o 5º pior salário.

Ambos os estados nordestinos assim como a maioria das 27 unidades da federação não pagavam o piso salarial que foi aprovado como lei duas vezes, uma pelo congresso e após cinco estados recorrerem na justiça, entre eles o Ceará, foi novamente aprovado pelo STF, e mesmo assim, ainda existem estados e municípios desrespeitando a lei do piso e o artigo que prevê 1/3 da carga horária de 40 horas semanais para planejamento.

Cid Gomes assim como Eduardo Campos e outros governadores deveriam proceder como no próprio comentário do Gomes, deveriam ganhar o mesmo salário que os professores e governar, administrar os estados por amor, ou caso não quisessem ganhar pouco, que procurassem o Beach Park ou um resort em Porto de Galinhas para serem administradores privados e não públicos, no privado eles com certeza ganhariam mais do que os pobres professores.

Mas se atendo a realidade, os governadores neste país só se propõem aos cargos públicos pelos valores lícitos e ilícitos que a posição lhes permite, nunca por amor ao estado, este esboço de amor pela terrinha, só se vê em época de campanha. E os excelentíssimos governadores, só tem essa postura por seus filhos não estudarem nas escolas públicas, ou seja, Cid Gomes com esse comentário acabou dizendo: - se danem os filhos dos pobres que não podem colocar seus filhos nas escolas particulares. Será que se ele fosse um administrador, um diretor de escola privada, a dos seus filhos, ele iria dar péssimos salários aos professores de seus herdeiros? 


Fonte: Sindicato APEOC
"Quem quer dar aula faz isso por gosto e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado. Eles pagam mais? Não. O corporativismo é uma praga"

Cid Gomes, governador do Ceará, ao participar de um seminário em Natal sobre  Educação e aproveitar para criticar os professores da rede pública de ensino que entram em greve.


Neste sentido perguntamos se o Governador governa por gosto? Se for o caso, que ele renuncie o seu salário de governador. 


Que ele peça demissão e vá trabalhar no Beach Park do seu amigo e escudeiro Arialdo Pinho, quem sabe ele pague mais.Pois, nós professores/as temos sim muito amor e gosto por nossa profissão, mesmo ela não sendo valorizada pelo governo. Infelizmente em nosso Estado o dinheiro que poderia ser utilizado para pagar o piso dos professores vai descarga a dentro nas privadas da corrupção desse governo, que aí sim, é uma verdadeira PRAGA


Atenciosamente,André Sabino. Secretário de Cultura do Sindicato APEOC.
www.apeoc.org.br

domingo, 14 de agosto de 2011

Paralização Nacional da Educação - 16 de Agosto. Terça


Do educAÇÃO BR

Pelo absurdo de uma lei aprovada duas vezes e que ainda não é cumprida por estados e municipios, que os professores do Brasil devem mais do que nunca se atentar a este total desrespeito, tão na cara de todos e mostrar união para conseguir vencer os governos que descaradamente não ligam para educação neste país.

E francamente, esperamos que os professores paralizem para discutir, para fortalecimento sobre as questões da classe e não para se aproveitar da situação, para folgar. É hora que a muito já passou de todos os educadores honrarem a alcunha profissional. 

A CNTE convoca todas as entidades filiadas a participarem da paralisação nacional que vai acontecer no dia 16 de agosto. O principal objetivo da mobilização será cobrar a implementação do Piso nos estados. Mesmo com a aprovação da Lei do Piso e com o reconhecimento da sua legalidade por parte dos ministros do STF, professores de alguns municípios e estados ainda não recebem o valor estipulado em lei. Assim, a Confederação orienta a todos os sindicatos que participem dessa luta pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). É preciso que o processo de negociação com os governos inicie com o valor de R$ 1.597,87, defendido pela entidade como vencimento inicial na carreira.
A CNTE também reivindicará o cumprimento integral da lei com 1/3 da jornada destinada para a hora atividade. O valor do Piso deve ser aplicado para as jornadas de trabalho que estão instituídas nos planos de carreira de estados e municípios. "A paralisação vai acentuar a luta pelo Piso. É dessa maneira que nós vamos conseguir fazer valer a Lei e os interesses de uma educação de qualidade no Plano Nacional de Educação (PNE). Isso porque, tudo que é possível para fazer postergar essa vitória, que não é só dos trabalhadores, mas da educação pública brasileira, vem sendo feito pelos gestores. Então isso causa um problema, um tensionamento desnecessário e só atrasa os passos iniciais para que a gente possa entrar no rumo de um país com educação pública de qualidade. Aliás, é deseducador do ponto de vista da cidadania, que os governos estejam promovendo e encontrando subterfúgios para descumprir a Lei que foi aprovada duas vezes", ressaltou o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Leão também destacou o desrespeito à carreira dos professores em todo o país. "No que diz respeito à carreira podemos observar que se eles pagam o Piso para o professor de nível médio, eles dão uma diferença de 10, 20, 30 reais para o professor com formação de nível superior e isso descaracteriza a carreira. São artifícios para fazer economia às custas da educação. Então nós temos muito dinheiro da educação que vai para o lixo com desvio na merenda escolar, no transporte escolar e na construção. Todas as mazelas existem com o dinheiro da educação e isso precisa acabar para melhorar a gestão", finalizou.
(CNTE, 14/07/2011)

sábado, 6 de agosto de 2011

Faltas por motivos de saúde custam R$ 2 bi à educação em SP

Estimativa se refere a gastos com faltas e licenças de professores e funcionários da rede estadual; cerca de 20% se ausentam por ano

Do educAÇÃO BR
Na vista de resultados de estudos como estes da reportagem abaixo é que confirmamos o quanto nossa educação é prejudicada pela insuficiência ou má aplicação de recursos e investimentos no sistema público escolar brasileiro. Esta constatação em São Paulo se reproduz em outras unidades da federação. 
Obviamente o absenteísmo é muito ruim para os estudantes, para o aprendizado, e também é verdade que existam professores que dão muitos “jeitinhos” para entrar de licença e assim fugir da sala de aula.
Primeiro, estes que são os “professores malandros”, não são maioria, e esta minoria existe em qualquer profissão. E segundo, no trabalho docente, da forma e condição que ele acontece na educação pública brasileira é de se esperar que estes profissionais despontem na lista de licenciados por motivos médicos, é muita insalubridade, desrespeito, desvalorização, professores são vitimas de um sistema que cobra resultados na educação, valoriza ridiculamente para tamanha responsabilidade de formar pessoas com uma carga horaria estafante, e na falta destes resultados, o professor é o culpado.
Desta forma, a licença é algo muito comum na carreira de 20, 25 anos nessa vida tão perigosa para a saúde física, mental e financeira destes profissionais.
Fonte. Estadão
As faltas e licenças por motivos de saúde dos professores e funcionários da rede estadual de São Paulo custam, anualmente, uma média de R$ 2 bilhões aos cofres do governo. Aproximadamente 20% da força de trabalho contratada da Secretaria Estadual de Educação esteve ausente, durante o período letivo, por razões relacionadas à saúde.

As constatações estão na pesquisa "Faltas e licenças médicas: o absenteísmo na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo", dissertação de mestrado de Mário Augusto Porto publicada no fim de julho. Ele utilizou todo o banco de dados da pasta, que reúne informações de todas as 91 diretorias de ensino, entre maio de 2008 e julho de 2009.

"O valor de R$ 2 bilhões é uma estimativa em cima da folha de pagamento da secretaria, que custa em torno de R$ 10 bilhões", afirma Porto.

Em 2008, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto de lei que limita em até seis por ano o número de faltas dos servidores estaduais para consultas médicas.

O estudo também constatou que os afastamentos por motivos de saúde se concentram nos meses letivos - em janeiro, por exemplo, quase não há faltas e licenças registradas. Para Porto, o maior prejuízo é pedagógico.

"O aprendizado do aluno também se dá pelo vínculo que ele constrói com o professor, que deve estar ali, presente", explica. "Além disso, os investimentos feitos com a formação continuada dos docentes podem ser perdidos, porque são chamados substitutos de fora da rede para cobrir as aulas dos afastados."

Para Rosemeire Reis da Silva, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e especialista no ofício docente, a questão das faltas é complexa. "Por um lado, há o prejuízo pedagógico, porque o aluno precisa do vínculo com o professor e a continuidade do trabalho fica comprometida", explica. "Mas não se pode culpar o profissional. Há muitos estudos sobre o mal-estar docente, que mostram que eles não se sentem valorizados nem reconhecidos."

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirma que tem implementado ações para melhorar as condições de trabalho e reduzir o absenteísmo. A pasta destaca ações preventivas, como o programa São Paulo Educação com Saúde, cujo objetivo é "promover a saúde dos professores e realizar o diagnóstico precoce dos servidores". O programa tem um investimento de R$ 27 milhões e deve beneficiar, em sua primeira etapa, 65 mil funcionários. A secretaria afirma também que oferece suporte para profissionais que apresentam algum problema de saúde.

Doenças. Segundo Porto, a maior parte das faltas e licenças por motivos de saúde são motivadas por problemas psiquiátricos. "Estudos mostram que as principais causas de afastamentos por motivos de saúde são por transtornos mentais, seguidos por doenças relacionadas a dores musculares", explica.

A advogada Andreia dos Santos Luiz, que atua no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), concorda. "Isso ocorre especialmente por conta das pressões, ritmo de trabalho e falta de valorização que os docentes enfrentam", afirma.

Professores que já se afastaram do trabalho por motivos de saúde concordam. "A qualidade de vida do professor mudou muito nos últimos anos. São muitas frustrações", afirma o professor de ciências José Andrade, de 43 anos, há 22 na rede. Atualmente, ele leciona, mas já ficou afastado por causa de depressão.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Teto de escola desaba e deixa 17 estudantes feridos

O teto dos estudantes e o piso dos professores.

Do educAÇÃO BR

Enquanto os tetos das escolas caem nas cabeças dos estudantes, professores sem piso salarial, ou ainda quando tem, estes que são cheios de buracos, colocam os educadores e os educandos em um abismo educacional. Dor também nas cabeças das autoridades, que se vêem acuadas pela exposição na mídia destes tristes fatos, a preocupação não fica na integridade das crianças, mas dentro das urnas das próximas eleições. 


Já passou da hora de todas as unidades da federação fazerem um pacto pela educação, estudantes e professores de todo o país se unirem e realizarem uma grande revolução, demolir, implodir os governos que resistem na ignorância político-eleitoral de usar a educação como cabide de emprego, de jogar financeiramente com os recursos destinados ao setor, economizar com reformas.

O teto de uma escola no interior de Alagoas é um retrato torto na parede da educação pública brasileira, as cabecinhas dos nossos jovens estão literalmente correndo perigo físico e intelectual.
Em um país que o professor tem piso, este abaixo do nível do justo, enquanto deputados tem o céu salarial, a corrupção não precisa nem soprar muito, escolas continuarão caindo.  

 

Uma multidão se formou na frente da escola em busca de informações.


Neilton Ferreira/Alagoas Última Hoora
07h53, 05 de Agosto de 2011  
Amanda Dantas - Alagoas - Última Hora

O teto de uma das salas de aula da Escola Estadual Dom Constantino Luers, situada na cidade de Campo Alegre, distante 94 km de Maceió, desabou na noite de ontem (04) e feriu 17 alunos. No momento do acidente cerca de 50 estudantes ocupavam a sala do 2° ano que estudam no período da manhã e que estavam na escola no horário do desabamento repondo uma aula.

As primeiras informações são de que os estudantes sofreram ferimentos leves, foram atendidos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e em seguida levados para a unidade de emergência de Arapiraca. Uma das alunas, que não teve o nome identificado, foi levada para o hospital da cidade ainda desacordada.

Logo após o acidente uma multidão se formou na frente da escola em busca de informações. Dados não oficiais dão conta de que outras duas salas também estão com a estrutura comprometida.
As aulas deverão ser suspensas por tempo indeterminado. A última reforma foi realizada em 2005, ainda na gestão do ex-governador Ronaldo Lessa.

A Secretaria de Estado de Educação e Esporte divulgou nota informando que ainda não sabe as causas do acidente e que após apuração serão apontados os responsáveis pelo desabamento.
O secretário da pasta, Adriano Soares, determinará vistoria em caráter de urgência para identificação da situação de outras unidades de ensino da rede pública.

Confira a lista dos alunos feridos, encaminhados à Unidade de Emergência (EU) do Agreste: Cristina Mota de Mendonça, 20 anos; Jaciana Gregório da silva, 23 anos; Edjane da Silva Lins, 17 anos; Erverton Douglas dos Santos, 18 anos; Karllegy Deyves dos Santos Ribeiro, 16 anos; Rosângela Maria da Silva, 31 anos; Ana Cavalcante da Silva, 22 anos; Marciano Vieira, 18 anos; Rosana Araújo da Silva, 17 anos; Maria Taciana dos Santos, 16 anos; Josefa da Silva Santos, 22 anos; José Jeferson Quirino da Silva, 18 anos; Natália Gonçalves Nascimento, 16 anos; Marcos Fernando Cavalcante, 37 anos; Paula Vieira da Silva, 15 anos; Cislane, idade não divulgada; Maria Rafaela dos Santos, 38 anos.

A secretária de Educação de Campo Alegre, Nadja Maria Azevedo, se prontificou em dar apoio aos familiares e aos alunos afetados pelo acidente.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

54,5 milhões para implementar educação integral.


Do educAÇÃO BR
Essa liberação de dinheiro chega a preocupar, pois sabemos da natureza corrupta dos nossos administradores públicos, principalmente nas cidades mais remotas, os municípios de pequeno e médio porte no Brasil. Sabemos que quando há vontade política para liberação de recursos, esta não surge acompanhada da vontade de fiscalizar o uso dos valores.
Outra critica surge das dificuldades que existem na implementação da escola integral, pois se há verba para tal realização, falta material humano, ou a competência e formação correta do contingente de educadores no Brasil, ainda a sabida falta de valorização destes profissionais. Deste jeito fica difícil enxergar o bom uso, uma eficácia no gasto de metade destes milhões nos municípios brasileiros, já sabemos dos entraves e dos fracassos com a educação "não integral", e agora escolas devem se preparar para tentar programar a integral.

Há ainda o risco de escolas de tempo integral virarem depósitos "com carga horária mais avançada" de crianças, e tais atividades que envolvem trabalhos culturais nas diversas áreas, nos horários extras currículos serem tão defasadas ou mais do que as existentes no horário básico.
Fonte. Terra Brasil

O governo repassou R$ 54,5 milhões para implementar a educação integral em escolas públicas municipais de 19 estados. Os recursos já estão disponíveis nesta terça-feira nas contas correntes dos beneficiários, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). O valor foi transferido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Para implantar a educação integral, as unidades de ensino contempladas devem oferecer uma jornada escolar de, no mínimo, sete horas diárias. Nesse período, além das disciplinas curriculares, os alunos participam de atividades em diversas áreas, como cultura, artes, esporte, lazer, educação ambiental, investigação científica e recebem acompanhamento pedagógico.
Os recursos repassados pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) servem para contratar serviços e adquirir materiais permanentes e de consumo necessários à realização das atividades e para ressarcir despesas com transporte e alimentação dos monitores.