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Tiros em Realengo poderia ser o nome desse filme da vida real, uma versão brasileira do que aconteceu em Columbine e virou um premiado documentário de Michael Moore (Tiros em Columbine), fato trágico que ocorreu nos estados unidos em 1999, onde 2 jovens estudantes invadiram a escola que estudavam e fortemente armados abriram fogo contra outros alunos e depois se mataram.
Um caso notadamente policial, uma tragédia sem precedentes no Brasil e até na América Latina, violência esta que não é a que já estamos acostumadas a definir como caso de bullying, mas sua causa pode ter suas semelhanças e fundamento no tal problema e acaba sendo válida sua exposição aqui no educAÇÃO BR, para nossa reflexão, pois casos dessa natureza revelam falhas do nosso sistema educacional e o modo como nossa sociedade pensa e trata nossos jovens.
A cultura de paz, o exercício da cidadania, as consciências politica e social, o respeito ao próximo, as leis, devem ser pilares erguidos na sociedade pela escola, pela educação na formação de um ser social, e se colocam como deveres do estado e da família.
O caso do Rio tem semelhanças com o fato estadunidense em Columbine, que os atiradores eram jovens que tinham perturbações mentais (desenvolvidas) e cresceram em uma sociedade que de certa forma provoca a separação étnica, social entre pessoas de diferentes culturas, credos, religião, classe econômica, fatores que levam ao ódio e conflitos sociais. Os jovens de lá são frutos de sua cultura, de sua sociedade, como em qualquer lugar do mundo. O Rio de Janeiro há muito tempo é um lugar onde a violência é cotidiana, armas, drogas, segregação social, miséria, desigualdades, o contato de crianças e de adolescentes com esse mundo, as relações que eles enfrentam, passam muitas vezes despercebida ou são trabalhadas de forma errada por pais, pelos educadores, pelas autoridades e por toda sociedade.
Precisamos cuidar melhor de nossos jovens, fisicamente e psicologicamente, devemos ter atenção com os exemplos que damos para que tragédias como essas não venham a se repetir, nem aqui, nem em lugar nenhum. A educação é a área responsável por essa e qualquer mudança para melhor na sociedade e todos nós somos os atores funcionais dessa realidade, por tanto, temos que ter mais fé, carinho, compreensão com nossas crianças e seus problemas, suas dificuldades, para no futuro termos uma verdadeira harmonia social, pois “se educarmos as crianças, não precisaremos punir os adultos” e não teremos adultos problematicos, capazes de tamanha barbarie.
FOTO: Escola Municipal do Rio onde ocorreu a tragédia. Jornal do Brasil on line |
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