É ARRISCADO SER PROFESSOR NO BRASIL, CARRO DE PROFESSOR TAMBÉM CORRE RISCOS! |
O risco ultrapassou a 1ª camada da tinta, não podendo ser tirado com polimento. O reparo custará em média 300 R$. |
No Brasil já não é nenhuma novidade as péssimas condições
que norteiam o trabalho diário dos professores em nossas escolas públicas e
privadas, nos mais variados níveis os docentes enfrentam cotidianamente
situações e obstáculos que traduzem os nossos péssimos resultados de qualidade
da educação básica. São muitas as histórias de desrespeito ao trabalho e a vida
dos professores, algumas de uns tempos para cá são pautas de matérias para
programas de TV, destaques em jornais.
Esta matéria traz mais relatos de um filme da vida real onde muitos trabalhadores da educação, infelizmente são obrigados a atuar como
personagens principais, vítimas de algozes que no final da história também não
passam de vitimados, escarros e respingos desse desastre que é o nosso precário
sistema de educação.
Era mais um dia ensolarado, a aula iniciando as 7:30, quatro
horas de trabalho, quase meio dia, um professor sai em meio aos berros e
tumultuada revoada dos nossos passarinhos que deveriam na maioria estar na
escola para aprender a arte do voo. Chegando próximo do seu carro, o professor
se depara com um grande risco, feito com algum instrumento pontiagudo, em meio ao sentimento de tristeza e revolta a resposta automática a primeira pergunta. –
só pode ser coisa de aluno, do latim "sem luz".
É claro que poderia ser bem pior, vemos histórias muito mais pesadas, o que é uma lataria arranhada diante de professores que levam
socos, empurrões, até tiros e facadas segundo a vasta literatura jornalística policial
que temos? Além é claro de humilhações, ameaças e pressões psicológicas dos
alunos que fazem professores definharem com seus nervos cada vez mais
precisados de prescrições médicas.
Este exemplo menor, mas não menos grave e exemplar da
problemática do oficio de professor e da educação deste país serve e muito para
mais e mais reflexões que urgem de ações, propostas eficientes na melhoria do
trabalho e na valorização deste profissional cada vez mais raro no mercado.
Peças arrancadas (Um espelhinho retrovisor e uma campainha). a bicicleta do professor que fica todos os dias dentro do espaço escolar. |
Reflexões que levaram o próprio professor a repensar sobre
sua locomoção até a escola, sabendo que não ganha um salário de deputado e que
não pode trocar de carro ou ter seguranças como os tem nossos parlamentares,
decidiu adotar um meio de transporte alternativo, uma bike comprada a prestação
pela internet, esta que também não escapou da “contra-argumentação mais lógica” de indivíduos meramente matriculados, lhes faltando a alcunha de estudantes, pois a bicicleta que teve algumas peças
arrancadas mostra o grau de involução da nossa juventude em suas noções de
cidadania em uma educação que falha tanto em casa como na escola, eles saem de
casa para escola e da escola para casa de segunda a sexta para aplicarem todo “seus
conhecimentos” nos patrimônios alheios.
São elementos de uma geração perdida, alunos (sem luz) que não se encontram nem
dentro, nem fora da escola, que veem o professor que cobra ou que rigidamente
cumpre com seu trabalho de ensinar como algo ofensivo, notas baixas, repostas ou métodos que não são exatamente como alguns destes matriculados desejam tornam o professor um soldado do outro lado, o enxergando então como
um alvo a ser eliminado, quando talvez seja este professor a única pessoa que pode
realmente fazer algo que poderia tirá-los dessa caverna, o sol do
conhecimento e os raios da razão estão perdendo para o confortável escurinho
dessas muitas mentes, infelizmente.
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