Do educAÇÃO BR
Por Dhiogo Rezende.
O futebol é o frenesi, é o ópio do nosso povo, não deveria ser, pois o esporte, a sua prática, sua cultura é e pode ser muito pedagógico, contribui para o crescimento de qualquer sociedade, vide os antigos gregos. Mas um país que não leva a educação a sério, o futebol estranhamente alcança níveis de importância equivocadas e incoerentes, fica perigoso, torna-se elemento alienante e deformador, ludibriador, desviante das questões de suma importância. A proposito, deixando a bola um pouco de lado, como anda a nossa educação?
“O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.”
Os governos no Brasil não encaram a melhoria da educação como investimento e sim como gasto. Esse aspecto da nossa realidade somado e inter-relacionado a corrupção política, a manutenção da pobreza física e intelectual da massa, formam uma cultura do clientelismo, da alienação ou da banalidade em detrimento do conhecimento, da pesquisa, do saber, afundando qualquer sistema educacional.
O fato de ser emergente economicamente não garante a permanência desse status que sem qualidade de vida, esta que passa pela qualidade da educação não torna o Brasil de fato um “grande país”, apenas um país grande, com potencial para crescer, mas sem condições de sustentar-se como digno de grandeza.
Os finlandeses e os coreanos do sul despontam simplesmente por suas populações terem o nítido entendimento de que o crescimento só existe de fato se houver uma cultura do bem estar, uma sociedade harmônica e comprometida com as futuras gerações, paradigma construído dentro de um projeto de nação, de país que respeita e potencializa plenamente seu sistema de educação como sustentáculo vital do progresso.
Brasil: penúltimo na educação. Noticias como essas são menos circuladas do que muitas futilidades nas redes sociais da internet ou bobagens de programas enlatados da nossa mídia, mostra de que o Brasil continua caindo a cada dia, bem na nossa frente, o investimento na educação requer tempo para a colheita dos frutos, é um processo sobretudo, revolucionário que demanda maturação das mentalidades, principalmente do grupo de indivíduos mais atingidos por essa realidade, nossa juventude.
Enquanto este resultado “não incomoda”, eis as perguntas que a maioria dos brasileiros andam fazendo: Será que os estádios da copa estarão prontos em tempo? E as obras das olímpiadas? Quem será o novo técnico da seleção? Quem serão os convocados? Neymar será o grande nome do mundial?
São perguntas que preocupam o povo brasileiro, são "preocupações muito preocupantes"! Neste país do futebol, mas com certeza, não da educação, deve ter “cidadão” que olhe esta noticia e diga algo que soe mais ou menos assim, mesmo que inconsciente: - Somos penta, ser penúltimo na educação não importa, para ser bom de bola não precisa estudar, rumo ao hexa! Aos conscientes, preocupa ou não?
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