quarta-feira, 15 de junho de 2011

Haddad critica concursos para contratação de professores

Do educAÇÃO BR
Um recado do ministro da educação, mas que pelo jeito entrará por um ouvido e sairá pelo outro dos governadores e prefeitos que fazem dos seus sistemas de educação um portal de cabides de emprego. Um recado para o estado de Pernambuco que tem mais de 10.000 contratos temporários na rede pública de ensino e desafia um inquérito de ação civil pública do MP-PE contra a contratação e pela nomeação de aprovados em concurso.

A seleção este ano em Pernambuco tem no seu edital 4.500 vagas, no entanto, mais de 5.000 "selecionados" já foram chamados até então. Os candidatos não fizeram nenhuma prova objetiva ou dissertativa, apenas enviaram a comprovação de suas experiências profissionais e suas fichas de inscrição, o quadro de vagas não definiu vagas por disciplinas e sim por áreas de conhecimento, o que caracteriza a possibilidade (a realidade) de um professor de história ser contratado para dar aulas de português, ou um de geografia dar aulas de quimica por exemplo.

Enquanto isso, o ultimo concurso ainda está em validade e no diagnostico da rede enviado ao Ministério Público a SEDUC-PE afirma não precisar de mais professores efetivos.
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que os concursos para contratação de professores nos Estados e municípios são "muito mal feitos". Ele criticou também o fato de que várias unidades da Federação nem chegam a fazer uma seleção para professores.

"Hoje os concursos são muito mal feitos, isso quando são feitos", afirmou, durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

O Ministério da Educação quer ajudar a elaborar uma prova nacional de concurso para ingresso na carreira docente. De acordo com Haddad, os gestores poderão abrir editais para selecionar professores com base nas notas desse exame.

O ministro também defendeu que o novo PNE (Plano Nacional de Educação) seja mais enxuto pois, caso contrário, poderá se tornar apenas uma "carta de intenções". O plano está em tramitação na Câmara e já foram sugeridas quase 3.000 emendas.

Ele afirmou que não há "pouca ousadia" no novo projeto, que conta com 20 metas e aproximadamente 170 estratégias.

"Não podemos repetir esse erro, de aprovar um plano de intenções", disse Haddad.
Em março do ano passado, a Folha revelou que o ministério cumpriu cerca de um terço das 294 metas do último PNE. Esse dado fazia parte de um levantamento feito sob encomenda para o MEC.

4 comentários:

  1. Caro Dhiogo

    Cabe ao MEC acabar com essa patifaria. Aqui no Estado do Rio de Janeiro, as prefeituras da baixada fluminense,montaram uma verdadeira "indústria do concurso". Todo fim de ano fazem concursos para o magistério e não convocam os aprovados. Virou uma fonte de renda extra para os prefeitos pagarem o 13º dos funcionários. Até os colégios da rede privada estão seguindo o mesmo caminho.

    Não é possível concordar que a educação se torne cabide de emprego. Temos que denunciar estas práticas.

    Grande abraço

    Graça Aguiar

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  2. Mas uma voz conspirando contra a prática maldita de gestão do governo do estado de Pernambuco com relação a educação.O governador Eduardo Campos e o secretario estadual de educação Anderson Gomes que ao que me parece sofre de amnesia ou tem um grave e evidente processo alergico com os profissionais da educação (professores,tecnicos educacionais e assitentes administrativo) externado nas condições de exercício da função dada a estes profissionais (em Pernambuco paga-se o pior sálario do país,escolas sucateadas,não ha planos de cargos e carreiras,professores aprovados em concurso público não tem a garantia de assumir as vagas e são usurpados de suas conquistas pois a gestão tem mas interesse de promover balcão de empregos na educação loteando as vagas existentes sem críterio algum),governo criminoso (permite que professores assumam e/ou completam carga horaria de disciplinas que não são a sua de formação cometendo o crimes como exercício ilegal da profissão dentre outros;escolas com falta de professores não garantindo o direito a aulas a alunos da rede estadual de ensino) e governo mentiroso (na última campanha eleitoral prometeu que 2011 seria o ano da educação e até agora temos um quadro caotico na educação com escolas sem professores,com graves problemas estruturais,casos de mortes por menigite e dengue(em função da falta limpeza e manutenção nas escolas)e que afirma que concedeu um aumento de pouco mas de 18 por cento no sálario dos professores (na verdade ele concedeu o aumento relativo ao piso nacional dos professores que em 2010 era de 1050 e em 2011 passou pra 1187 e dai concedeu aumento de pouco mas de 5 por cento).
    Governo traidor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Governador Eduardo Campos e Secretario Anderson Gomes o cancer da educação de Pernambuco

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  3. Sou TÉCNICO EM GESTÃO EDUCACIONAL e fico mega preocupado com a “educação de qualidade” que tanto ouvimos falar no Brasil em varias revistas e periódicos na internet, mais infelizmente n sai do papel ou da tela de nossos computadores. Isto e preocupante, pois nos que fazemos parte do quadro efetivo da secretaria de educação do estado de Pernambuco ficamos sem respaldo quando encontramos em nossa escola contratos temporários que muita das vezes chega ser mais que os funcionários do quadro efetivo estes n tem poder de voz ou voto para ocupar cargos na gestão ou ate mesmo nos conselhos ficam sem poder de discussão em reunião pedagógica estes estão com constante medo de perder o emprego ai fica difícil quer uma educação de qualidade sem poder criticar o sistema de ensino ou ate mesmo as atitudes de gestores descompromissados com a educação de qualidade.
    Abaixo contratações na educação e sim o concurso publico no estado do Pernambuco.

    GILNEY MATOS- TÉC. EDUCACIONAL GRE. SALGUEIRO
    gilneymattos@hotmail.com

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  4. Sou amiga de uma professora de língua portuguesa /inglesa,especialista,pos graduada,muito boa por sinal.
    Ela trabalha ensinando no EJA-ENSINO MÉDIO,no horário de 18h e 40 min,até 22h(de segunda a sexta) e ganha aproximadamente r$ 800,00 reais,isso,contando que ela entra em sala de aula todos os dias.Enquanto isso,a maioria dos professores do TRAVESSIA ensino fundamental,NÃO SÃO ESPECIALISTA(Normalmente PEDAGOGOS),não sabem nem para onde vai o INGLES,e ganham mais de mil reais,entrando tres vezes por semana em sala de aula.Verifiquem o horário:das 18h e 40min até 21:20 (tres vezes por semana).
    Não tenho nada contra os pedagogos,mas, temos que admitir que eles são especialistas para ensinar o fundamental I,ANTIGO ENSINO PRIMÁRIO e não o FUNDAMENTAL II,como está acontecendo em Pernambuco.ISSO É UMA INJUSTIÇA.

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