segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ministério reconhece erro em 7 milhões de livros enviados a escolas públicas

O MEC (Ministério da Educação) reconhece os erros nos 7 milhões de livros impressos para servir de material de apoio às aulas na zona rural do país. Ao todo, o governo pagou R$ 13,6 milhões pela impressão das obras.
No total, 200 mil coleções do modelo Escola Ativa, com 35 livros cada uma, foram impressas e distribuídas, o que totaliza 7 milhões de obras. Há páginas em branco, textos sem continuidade, contas matemáticas erradas (um trecho aponta que 10 menos 7 é igual a 4 e outro diz que 16 menos 8 é igual a 6), tabuadas equivocadas e outros problemas.
Em comunicado oficial, o MEC reconhece que “erros de diagramação, editoração e revisão” foram constatados em fevereiro, por especialistas contratados pelo órgão. Com isso, “os professores de educação no campo foram orientados, então, a utilizar somente livros didáticos em suas aulas”.
No entanto, a suspensão do uso do material didático só ocorreu na quinta-feira (2), pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após denuncia da imprensa.
O MEC e a CGU (Controladoria-Geral da União) preveem abrir investigação formal para identificar os responsáveis pelo envio do material didático. Os livros foram impressos e distribuídos a alunos de escolas multisseriadas, ou seja, de séries diferentes, de escolas públicas do campo.
Menos de 1%
A nota oficial minimiza o erro ao afirmar que “o programa Escola Ativa atinge a menos de 1% dos estudantes de escolas públicas de educação básica em todo o país”.
Para analisar o material, o ministério contratou uma comissão de professores universitários, que “chegou à conclusão de que uma nova versão do material de apoio do programa Escola Ativa só poderá ser reutilizada depois de uma discussão com os coordenadores do programa, no próprio MEC”.

R7 *Com informações da Agência Brasil

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