O Brasil é um país muito singular, quantas vezes já ouvimos e falamos. – Só poderia ser aqui no Brasil! Temos agora um palhaço deputado, eleito com uma campanha clara, mesmo sendo um palhaço, Tiririca estava de cara limpa declarando com muito humor que de fato é um peixe fora d’água na politica. Ganhou com mais de um milhão de votos, de protesto ou de sacanagem mesmo? Tanto faz, ele está eleito, a discussão sobre como e em quem, por que motivos votar tem que ser antes do pleito, no entanto, sempre teremos outras oportunidades de amadurecer tal discussão.
O que pode nos deixar tranquilos, é que Tiririca é um homem do povo, muito mais do povo do quê Lula era ou ainda é, ou foi tachado ficando o mito, pelo seu histórico e até então não vir de movimento, luta nenhuma. E sem demagogia ou sandices, ele pode fazer um bom papel na câmara, ele pode servir ao país muito mais do que outros, ele pode não ter formação, mas esperamos que ele tenha caráter e busque aprender.
Quem sabe, dele não podem sair bons projetos ou ainda contribuições? Pois muita gente que não teve, não tem oportunidade de estudar, pode dar muito mais valor à educação do que aqueles que sempre tiveram de maneira muito fácil e com muita qualidade, estes que são a maioria no nosso congresso, têm esse perfil de intelectuais, graduados e pós-graduados, e isso historicamente, da monarquia a república com as pessoas que foram o poder no nosso país. Assim, se fosse por conta disso, Lula nunca seria presidente e o Brasil seria muito melhor do que é hoje, já que políticos desse perfil sempre foram maioria.
Só nos resta desejar um bom trabalho e sucesso na comissão de educação ao nosso nobre palhaço Tiririca. Força, não deixe a educação no nosso país “morrêêêêêêêêêêêrrrrr”, mais do quê os que se dizem sérios, já mataram.
Por EDUARDO BRESCIANI, estadao.com.br
Tiririca vai integrar Comissão de Educação da Câmara
O deputado federal Tiririca (PR-SP) vai integrar a Comissão de Educação e Cultura da Câmara. A informação foi confirmada pelo líder do partido na Casa, Lincoln Portela (MG). A indicação será oficializada na terça-feira, segundo o PR. Foi o próprio Tiririca que pediu para entrar na comissão, por ela tratar da área em que ele atua, a cultura.
Tiririca foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2010, recebendo mais de 1,3 milhão de votos. Antes de assumir, ele teve de provar à Justiça eleitoral que não era analfabeto, sendo submetido a um teste de leitura e escrita.
O MOPROPE (Movimento Organizado dos Professores de Pernambuco) faz uma convocação a todos os aprovados no último concurso da educação, homologado em 2009 e recentemente prorrogado para mais 2 anos. O chamado é para o comparecimento de todos os concursados na assembléia legislativa no dia 1º de março (terça), alguns deputados vão fazer pronunciamentos com referência a atual situação da educação no estado e em relação aos aprovados não nomeados pelo governo em detrimento de 4500 contratos de forma temporária para o ensino regular, anunciados no início do ano, estes que segundo o Ministerio Público estão em condições de ilegalidade.
A hora anunciada pelo MOPROPE para presença dos concursados, os professores, técnicos e administrativos é 13:00
A Assembléia Legislativa de Pernambuco fica na Rua da União, 439, Boa Vista, Recife, Pernambuco.
No caso de Pernambuco, infelizmente o governo do estado é um dos que desrespeita o piso no país, diferentemente de alguns municípios pernambucanos que pagam acima do piso, como é o caso de Recife. Os governos se aproveitam das brechas, deixadas por falhas no texto da lei do piso salarial para professores. Infelizmente os educadores tem que lutar para fazer seu salário pelo menos ter um piso, ser pago nessa faixa, isso não deveria ser um problema para o professor, o docente deveria está concentrado na luta diária de educar, de formar os estudantes.
A população tem que acordar e entender que governos que tem essa postura perante os professores, a educação pública, são inimigos da sociedade, pois eles estão tirando o único poder que o povo pode ter, uma educação de qualidade, conhecimento. Não gostamos de repetir isso, mas em Pernambuco é preciso. Os professores da rede estadual pernambucana (magistério ou de nível superior) tem o salário mais baixo da República Federativa do Brasil.
Governo
Piso salarial de professores tem aumento de 16%
Valor passará a ser de R$ 1.187,97 para docentes de nível médio
O ministro da Educação, Fernando Haddad, anuncia nesta quinta-feira o novo piso salarial dos professores da rede pública do país. O valor será de 1.187,97 reais para docentes de nível médio que cumprem carga horária de 40 horas - uma alta de 15,84% sobre os 1.024,67 reais adotados em 2010. Para os professores que cumprem 20 horas, o piso será de 593,98 reais.
O governo anuncia também o abrandamento das regras para a liberação de recursos federais para as cidades que têm dificuldades para pagar o piso salarial. Atualmente, para receber o recurso adicional quando não é possível atingir ao piso mínimo, o estado ou o município tem de destinar 30% de seu orçamento para a educação - e não os 25% exigidos pela Constituição. Pela nova regra, valerá o porcentual definido na Constituição.
O Ministério da Educação (MEC) vai flexibilizar também a regra que determina que, para repassar a verba, o município precisa atender 30% dos alunos na área rural. A condição deverá ser derrubada. (Com Agência Estado)
Ser professor no Brasil está ficando cada vez mais "super difícil". Tem que ter ensino superior, pós-graduação, disponibilidade praticamente para todos os horários e uma carga horária gigante, trabalhar sem recursos, assistência médica, psicológica, receber uma péssima remuneração, enfrentar a violência nas escolas, passar em concurso público com níveis altíssimos e ainda ter uma saúde de ferro. É OU NÃO É, UM TRABALHO PARA O SUPER HOMEM? Acompanhem a matéria do Estadão abaixo. (Redação do educAÇÃO BR)
Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
Professores aprovados no último concurso para a rede estadual de São Paulo estão impedidos de assumir seus cargos por terem tirado, em algum momento de suas carreiras, licenças médicas por motivo de depressão. Por essa razão, devem continuar com contratos temporários. Especialistas afirmam que a decisão é preconceituosa.
Decisão contestada. O professor Jair Berce tirou licenças em 2003 e 2004 e, por causa disso, foi reprovado na perícia médica.
O Estado conversou com dois professores que passaram por todo o processo do concurso que selecionou docentes para atuar no ciclo 2 do ensino fundamental. O concurso tem diversas etapas: prova inicial, curso de preparação (que dura cerca de quatro meses), prova pós-curso e diversos exames de perícia médica - fase na qual foram "reprovados". Docentes míopes e obesos também foram impedidos de assumir seus cargos nessa mesma seleção.
Jair Berce, de 36 anos, que leciona na rede pública desde 1994 com contrato temporário, é um dos barrados. Ele conta que, na primeira perícia, foi considerado apto. Seu nome foi publicado no Diário Oficial em 8 de janeiro, na lista dos professores nomeados. No entanto, no dia 26, Berce foi convocado para uma nova perícia. O psiquiatra questionou as licenças médicas que ele havia tirado em 2003 (cinco dias afastado) e em 2004 (duas vezes: dez dias e depois duas semanas).
"Eu nem lembrava mais disso, foi há tanto tempo. Tomei fluoxetina (um tipo de antidepressivo) por seis meses. Hoje não tomo mais, estou muito bem. Foi um período difícil na minha vida: minha mãe tinha morrido, minha irmã tinha sofrido um acidente e eu estava terminando minha tese", lembra. Berce é formado em Ciências Sociais pela USP e tem mestrado em Antropologia pela PUC-SP. Ele também leciona na rede municipal de Barueri.
Nessa mesma perícia, Berce passou pelo teste de Rorschach - que consiste em interpretar dez pranchas com imagens formadas por manchas simétricas de tinta. "Depois que soube da reprovação, pedi para ver o prontuário. Nele, havia a seguinte anotação: "visto avaliação psicológica F-32 - sugiro temerário o ingresso" e "não apto"", conta. F-32 é o código da Classificação Internacional das Doenças (CID) para depressão.
O professor C.Z., de 34 anos, que, assim como Berce, leciona Sociologia, atua na rede estadual há dez anos e foi vetado no concurso pelo mesmo motivo. No ano passado, ele terminou um casamento de cinco anos e precisou se afastar do trabalho. "Foi um período difícil, que me consumiu muito e fui orientado a procurar um psiquiatra para tirar uma licença", lembra ele.
Z. ficou um mês fora da sala de aula. "Eu nunca havia tirado licença do trabalho. E nunca tomei remédio", afirma. Segundo ele, na perícia do concurso, o médico marcou "não apto". "Eu vi quando ele escreveu e perguntei o porquê. Ele disse que era por causa da licença. Tentei argumentar e explicar os motivos, mas ele não quis me ouvir."
Os dois professores continuam dando aulas como temporários. "É contraditório: como posso continuar trabalhando se eles me vetaram?", questiona o professor Berce.
Ambos recorreram da decisão e foram convocados para novas perícias, que devem ocorrer nesta semana.
Discriminação. A psiquiatra da Unifesp Mara Fernandes Maranhão afirma que vetar um docente pelo fato de ele ter tido depressão é preconceito. "Toda pessoa está sujeita a passar por situações difíceis", explica. "Aquelas que têm propensão ou componente genético desenvolvem processos depressivos."
Segundo Mara, são poucos os quadros realmente curáveis, já que há grande chance de recorrência. "Mas a doença é tratável e, com acompanhamento, o paciente pode voltar a trabalhar normalmente. Não existe razão para rejeitá-lo."
Eli Alves da Silva, presidente da Comissão de Direito Trabalhista da OAB-SP, concorda. "Essa pessoas estão sendo discriminadas pelo próprio Estado, que é quem deveria combater esse tipo de coisa."
Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o governo deve "propor acompanhamento a todos os casos de professores com problemas de saúde e não alijá-los do trabalho". A entidade ressalta que seu departamento jurídico tem ingressado com ações na Justiça para garantir aos professores nessa situação o direito de lecionar.
Vídeo editado pelo professor André Luiz circula na internet. Há professores que criticam ações como essa dos microfones no sentido que são boas, mas são paliativas. A crítica é que o governo usaria uma politica de “brindes” e não de real reconhecimento do professor e para a melhoria de fato, da rede como um todo, sem gerar exclusão.
Da Redação do pe360graus.com
Os professores da rede pública do ensino começaram a receber microfones para ajudar no trabalho desses profissionais em sala de aula. A novidade, anunciada pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco no primeiro dia do ano letivo, tem o objetivo de poupar os professores da necessidade de aumentar a voz para ser ouvido por todos os alunos.
Na Escola Estadual Alberto Torres, em Tejipió, os 33 professores dão aulas com microfone desde o início de fevereiro. Muitos deles comemoram o uso do instrumento, como é o caso de Patrícia Lemos (foto 1), que descobriu recentemente que tem um problema na corda vocal. “Quando houve a possibilidade de usar o microfone, eu aderi logo, porque eu estou fazendo o tratamento e uso o equipamento para não forçar muito a voz”, diz a professora.
Os alunos gostaram da novidade, pois, às vezes, era impossível entender o que os professores diziam. “A professora ficava gritando, forçando a voz e, com esse equipamento, agora é bem melhor”, conta o estudante Lucas Matheus.
O professor Cláudio Nascimento (foto 2) chega a dar quinze aulas por dia. Sempre ficava rouco, pois forçava a voz o tempo inteiro. “Sem o microfone, quando você chamava a atenção do educando, muitas vezes ele simplesmente não ouvia e, com o microfone, ele escuta muito bem devido ao som”, afirma o professor.
No trabalho com as crianças, a utilização do microfone também ajuda a melhorar a disciplina. Os próprios alunos falam que o barulho é muito grande na sala de aula. “Quando ele explicava, eu não entendia direito. Agora, ele está falando um pouco mais alto e a gente escuta melhor”, diz o estudante Jadson André.
Já na Escola Estadual Clóvis Beviláqua, que fica no Hipódromo, todos os 50 professores estão com microfone. De acordo com Paulo Tavares, que ensina no local, isso significa que eles podem concorrer com a zoada da rua, dos corredores e da sala, pois, dependendo da necessidade, é possível aumentar o volume.
“O recurso de poder aumentar o volume de acordo com o ruído que tem fora ou dentro da sala de aula facilita bastante o trabalho. Antes, a gente aumentava a voz mesmo sem perceber”, conta o professor.
Os alunos da turma do 3º ano do Ensino Médio da escola dizem que a novidade os deixou até mais concentrados no conteúdo das aulas de preparação para o vestibular. “Muitas vezes, quando eu estava lá trás não conseguia ouvir bem”, afirma a estudante Priscila Lima.
Os professores que precisam trabalhar em espaços abertos também comemoram a chegada do microfone à sua rotina de trabalho. É o caso de Élvia Pádua, que dá aula na quadra da escola. “Nem forço muito mais a voz nem termino tão rouca como eu terminava antes”, conta a professora.
Os estudantes também perceberam os benefícios do uso do microfone durante as aulas. “Todo mundo faz silêncio e presta mais atenção porque, na medida em que ela fala, a gente escuta e faz o que ela pede”, diz a aluna Mychellé Castelo Branco.
CUIDADOS COM A VOZ
Apenas o microfone não faz milagre. Por isso os professores precisam também adotar outros cuidados para manter a voz em bom estado. Quem dá algumas dicas sobre o assunto para esses profissionais é a fonoaudióloga Conceição Silveira (foto 3).
“É preciso ter a hidratação corporal para que a laringe, a prega vocal, funcione de maneira satisfatória, além de saber lidar melhor com alguns exercícios que podem facilitar o uso da voz diária, como o aquecimento e, após o uso da voz profissional, o desaquecimento. O repouso e o silêncio funcionam bem como desaquecimento”, afirma a fonoaudióloga.
A especialista em voz explica por que é importante beber água. “Com o aparelho fonador bem hidratado, você consegue fazer melhor projeção vocal e, dessa maneira, menos esforço ao falar”, diz Conceição Silveira.
DISTRIBUIÇÃO DOS MICROFONES
Nem todos os professores das escolas públicas estaduais de Pernambuco estão aproveitando o recurso do microfone. De acordo com a Secretaria de Educação, foram comprados 8 mil kits, que serão distruibuídos até 15 de março. A compra de outros 3 mil microfones está em processo de licitação. Até o fim de abril, eles devem ser distribuídos. Ao todo, existem no Estado mais de 23 mil professores efetivos e 11 mil temporários.
Os professores que quiserem o equipamento precisam pedir à Gerência Regional de Educação onde são vinculados. A prioridade é para os profissionais que têm problemas na voz. O uso do microfone é individual e cada professor é responsável por ele. Fonoaudiólogos vão fazer um estudo para ver a aceitação entre alunos e professores e avaliar a possibilidade de distribuir microfones para todos os educadores da rede.
(Reportagem do Programa Altas Horas da Rede Globo)
O Japão tem uma cultura milenar, nosso Brasil de 511 anos é um pré-adolescente diante da ilha asiática. O Brasil sofreu muito com o sistema colonial, com a escravidão, com conflitos internos promovendo todo tipo de desigualdades, de uma Monarquia austera a uma República vezes antidemocrática ou mesmo ditatorial militar e eternamente corrupta, movimentos que tanto mazelaram as possibilidades de crescimento sócio cultural e econômico, construíram a sociedade que temos hoje. Os japoneses também passaram por muitos perrengues na sua velha história, foram invadidos e também invadiram, tiveram um feudalismo ditatorial, bastante excludente, gerando desigualdades históricas na sua sociedade, assim como seu imperialismo sectário internamente e opressor de outros países da Ásia. Sofreram bastante com a participação na 2ª Guerra Mundial e as bombas atômicas lançadas em seu território.
O Japão é uma potência econômica com enorme poder de crescimento, figurava como a 2ª maior do mundo, atrás dos Estados Unidos e perdeu a posição para a gigante China. O Brasil, 56º economia do mundo, vem crescendo a largos passos passando muito bem por cima da crise econômica mundial, despontando dentro do BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), como um dos países que tiveram e continuam tendo um crescimento muito acelerado nos últimos anos, com ótimas perspectivas para um futuro não distante.
Em fim, é claro que essas comparações históricas, sociais e econômicas são válidas para fazer uma análise dos sistemas públicos de ensino de um de outro, porém, só elas não necessariamente definem a qualidade da educação dos dois países. Trata-se muito da postura, da questão filosófica, ideológica de um e de outro ao ver e tratar da educação e a percepção dos cidadãos e de seus representantes nas suas ações e respostas dentro do sistema. O Japão aprendeu que para ser grande tem que se fazer grande, e o instrumento para tal é a educação, eles formam, educam sua sociedade para atingir os seus anseios, como a Coréia do Sul vem fazendo também, e a mesma não tem uma economia equivalente a do irmão asiático. O Brasil tem que aprender rápido, que se não investir realmente em educação, sempre, como política pública, não como política de mandatos, os bons ventos da economia soprarão, empurrarão o barco até certa légua e depois ficaremos a deriva. Só com educação pública e de qualidade, o Brasil poderá garantir permanentemente uma “terra do sol nascente” para todos.
Da Redação do educAÇÃO BR - Editor Dhiogo Rezende.
PORTARIA CONJUNTA SAD/SEE Nº 16, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2011.
O SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO e O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO resolvem prorrogar, por mais 02 (dois) anos, a vigência do Concurso Público regido pela Portaria Conjunta SAD/SEE Nº 104, de 11 de agosto de 2008, cujo resultado final foi homologado através da Portaria Conjunta SAD/SEE nº 21, de 17 de fevereiro de 2009.
JOSÉ RICARDO WANDERLEY DANTAS DE OLIVEIRA
Secretário de Administração
ANDERSON STEVENS LEÔNIDAS GOMES
Secretário de Educação
Saiu hoje no site da CEPE (Companhia Editora de Pernambuco) o Diário Oficial do Estado de Pernambuco referente a sábado (dia 19) com a prorrogação do último concurso da educação para cargos de professores, técnicos educacionais e assistentes administrativos por um prazo de mais 2 anos. A tortuosa novela segue para os profissionais aprovados e também para a população pernambucana que desde o dia 2 de fevereiro de 2011 (início do ano letivo) está com o serviço em muitas unidades de ensino prejudicado com a falta de professores e de aulas devido a contratação dos 4500 professores temporários anunciada em janeiro deste ano ter emperrado, até agora só foram divulgadas no D.O.E 800 contratações.
Essa dificuldade do governo contratar se deve aos concursados representados pelo MOPROPE (Movimento Organizado dos Professores de Pernambuco) que indignados com o anuncio da contratação, além de protestarem com passeatas e outras ações, recorreram ao Ministério Público de Pernambuco e o mesmo acatando a denuncia, fez uma recomendação ao estado para nomear os aprovados no concurso e reorganizar a rede de modo que os contratos temporários em questão são ilegais de acordo com a constituição em vários artigos. O MP-PE também pediu que o governo apresentasse um relatório das vagas existentes em toda a rede para explicar a não convocação dos concursados e essa contratação de 4500 temporários, o prazo de 20 dias dado pelo ministério encerrou dia 14 de fevereiro.
A Secretaria de Educação pediu prorrogação do prazo para mais 15 dias, justificando que não tinha conseguido todas as informações, demonstrando deficiência administrativa. Enquanto os erros e as ingerências da administração pública continuam, os concursados esperam essa nomeação, eles mais do que ninguém conhecem a realidade e sabem das lacunas existentes e a população aguarda os profissionais para de fato o ano letivo ficar regularizado.
(Da Redação do educAÇÃO BR. Dhiogo Rezende) Em São Paulo, o sistema de progressão continuada com aprovação automática nas series do ensino fundamental existe desde 1998 e divide opiniões entre pais, especialistas e estudantes. No final dessa polêmica, a resposta sobre a eficiência desse sistema está na realidade da educação brasileira, o cotidiano. Então reflitam e discutam a questão, pois o MEC está querendo implantar a nível nacional o programa. Seria o governo interessado na melhoria do ensino ou na quantidade de crianças em sala de aula “aprendendo”, números de uma matemática eleitoral?
MEC sugere não reprovar aluno nos três primeiros anos do Fundamental
Especialistas acham que a aprovação automática funciona; críticos defendem uma avaliação para que o aluno tenha melhor rendimento.
Da Redação do G1
Não é lei. Apenas uma recomendação, mas tem provocado muita discussão nas escolas de todo o Brasil. Governos, professores, pais e mães avaliam se reprovar os alunos nos primeiros anos do Ensino Fundamental é eficaz.
As últimas pesquisas mostram que a evasão escolar – quando a criança sai e não volta mais para a escola – tem aumentado nos primeiros anos de estudo. A aprovação automática ainda divide opiniões. Nessa discussão toda, só existe um consenso: as crianças precisam aprender. O desafio é o que fazer para que elas aprendam. Não reprová-las nos primeiros anos? Alguns educadores e o Ministério da Educação acham que esse pode ser o caminho.
O governo lembra que pesquisas mostram que os alunos que mais abandonam as escolas, desistem de estudar e de aprender são os reprovados nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Agora, a decisão sobre o novo sistema vai ser mesmo das escolas, que podem ou não continuar reprovando os alunos.
Irmãos gêmeos, Felipe e Isabela estudam na mesma sala. Aos 6 anos, eles aprenderam a ler e já perceberam que, apesar das semelhanças, cada um tem um ritmo próprio. “Eu leio mais rápido e ele tem dificuldade”, comenta a menina.
Eles estão alfabetizados. Outros colegas vão precisar de mais algum tempo. O aluno que termina o 1º ou o 2º ano do Ensino Fundamental, com 6 ou 7 anos, e ainda tem alguma dificuldade para ler ou escrever precisa repetir a série para aprender? O Ministério da Educação acha que não e recomenda o fim da reprovação nessa fase.
Na década de 1980, de cada 100 crianças 40 repetiam já no primeiro ano. O último levantamento mostra que em 2009 a taxa ficou em 5%, mas o MEC considera muito e quer aprovar todos. A proposta é criar o ciclo de alfabetização em três anos. No segundo ano, o estudante faz uma prova do MEC. Com ela, o professor identifica dificuldades e, se for o caso, define atividades de reforço. No meio do caminho, ninguém perde o ano.
“Nenhuma criança pode terminar o 3º ano sem estar plenamente alfabetizada. As pesquisas mostram que a grande responsável pelo fracasso escolar é a reprovação. Quanto mais precoce a reprovação, maior será o fracasso”, avalia Maria do Pilar Lacerda, secretária de educação básica do Ministério da Educação.
O atraso escolar também seria combatido. Dados do IBGE revelam que, em 2009, só 63% dos alunos concluíram o Ensino Fundamental em dia ou com, no máximo, um ano de atraso. Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal já adotaram a medida. Acham que a reprovação no começo da vida escolar só traz prejuízo aos alunos.
“Não faz sentido que uma criança, ao final de um ano, por não ter completado o processo de alfabetização seja obrigada a voltar da estaca zero, como se nada tivesse aprendido no ano anterior”, defende Erasto Fortes, secretário-adjunto de Educação do Distrito Federal.
Professores dizem que a proposta do MEC, em tese, é boa, mas argumentam que falta estrutura para colocá-la em prática.
“Os professores que têm as classes super lotadas, por exemplo, não têm os espaços necessários para que essas crianças possam participar de atividades que visem superar as dificuldades que elas têm”, afirma Roberto Franklin de Leão, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
“Reprovar é um último recurso extremo. Agora, não é aprovar automaticamente. É garantir que o aluno aprenda. O sistema tem de funcionar acompanhando, avaliando e corrigindo”, observa Ruben Klein, consultor da Fundação Cesgranrio.
A pedagoga Leda Gonçalves de Freitas, da Universidade Católica de Brasília, argumenta que o aluno ó será mesmo alfabetizado no final do ciclo de três anos, como quer o MEC, se houver mudanças em todo o sistema de ensino.
“Nós temos de pensar o conteúdo desse ciclo e o que fazer nesses três anos para que o aluno efetivamente seja aprovado. Se não construirmos essas condições, você só estará adiando um processo de reprovação”, disse a pedagoga.
O Ministério da Educação informou que está investindo também na qualificação de professores, mas escolas superlotadas e professores sem tempo para planejar as aulas, não ajudam nem um pouco na formação dos alunos.
No Brasil, 16,8% dos professores da rede pública não têm formação suficiente para exercer a profissão e estão em situação irregular. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) exige que os docentes do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio tenham formação superior, mas 208 mil professores dessas séries concluíram apenas o fundamental ou o médio.
Por Estado, a pior situação é na Bahia, onde 50,8% dos 96,5 mil docentes dessas séries não completaram o ensino superior. Já São Paulo tem a melhor taxa nacional: 2,25% dos 238.667 professores dessa fase do ensino não terminaram a faculdade. O levantamento, feito com base em dados do Inep (instituto ligado ao MEC) reunidos em 2009 e atualizados em janeiro deste ano, abarca o total de 1,2 milhão de professores que dão aulas nas séries em que há essa exigência.
A Profissão de professor no Brasil está enfrentando um processo muito sério de “extinção”, é quase que geral escutar depoimentos de docentes que falam da ausência ou perda de status na função, comentários dos próprios estudantes que versam. – Deus me livre de ser professor. Ou ainda. – Professora, a senhora nem tem um carro novo, meu tio só tem o ensino médio e acabou de comprar um 0 km.
O profissional da educação é desvalorizado ao extremo no nosso país, tem ensino superior, pós-graduação, horas e mais horas dedicadas ao estudo. Em outras áreas é bem visível que quanto mais tempo de estudo, investimento pessoal, maior é a remuneração, com os professores isso não acontece. Para completar, o local de trabalho (a escola) está se tornando, além de sem estrutura, recursos para fazer bem o trabalho, um lugar perigoso, violento, onde o docente vai ministrar suas aulas com medo, inseguro, doente fisicamente e psicologicamente.
Com todas essas barreiras para a profissão, está diretamente ligada a carência de ingresso na carreira do magistério e o fracasso do Brasil em áreas ligadas a setores econômicos que precisam cada vez mais de mão de obra qualificada, principalmente nesses novos tempos de prosperidade na nossa economia. Os professores estão perdendo, ou deixando perder a belíssima função que é a de ensinar, educar para o trabalho, para a vida, como numa música de Silvério Pessoa diz “ninguém educa ninguém”.
Há um empenho do governo em reverter essa situação, pelo menos nos meios de comunicação, soa como hipocrisia, pois muitas práticas ainda continuam desmantelando essa área tão estruturante e estratégica para a melhoria da vida em sociedade. A educação não é algo que deve ser tratada com respeito, atenção, qualidade e seriedade, somente quando o momento é positivo na economia, deve ser o inverso, a educação tem que ter seu bom momento sempre, ela é o eixo, o início e o meio para todas as outras áreas.
Nos países que os governos fazem seu dever de casa direitinho, as pessoas apontam o professor como o principal responsável pelo desenvolvimento, nota 10. Nos países como o Brasil, a nota é diferente assim como o desenvolvimento, a resposta está errada obviamente.
O educAÇÃO BR recebeu por e-mail mais uma denúncia a cerca dos contratos temporários da seleção anunciada pelo governo no início de 2011. O professor Fernando Augusto que foi aprovado no último concurso da SEDUC-PE, homologado em 2009, para gerencia de Recife Sul, com o certame ainda na validade, também foi selecionado entre os 4.500 professores para atuar como contratado em regime temporário neste ano.
O docente foi chamado pela secretaria para assumir vaga no lugar de uma professora de história (lacuna) que dava também aulas de filosofia e sociologia. Fernando decidiu não aceitar o contrato. Justifica: “Acho, particularmente, um disparate pagar o que pagam a um professor para assumir tal carga horária. Esta era de 200h, mas a GRE havia me dito que seriam 150h. Não teria condições de assumir, teria que abrir mão de outros compromissos que tenho firmado em outras atividades”.
O professor ainda relata que conversou bastante com a diretora e a mesma informou que está tentando preencher essa vaga a um bom tempo e que faltam professores em outras disciplinas, e estas excedem o número de contratos selecionados para sua escola. Fernando critica sobre o regime de contração adotado pelo governo: “Sendo assim, há realmente muitas vagas em aberto, vagas que deveriam ser preenchidas pelos concursados. Ainda, os temporários não possuem direito a adicional de titulação na remuneração, trazendo economia ao Estado - uma economia nociva”.
No vídeo: Cleunio, explicando alguns verbetes do vocabulário pernambucano.
Para quem é turista, quem é de fora e está aqui na terrinha, não se preocupem, agora vocês podem se comunicar e entender o que os pernambucanos falam. Tem palavras que só existem aqui mesmo!
O povo pernambucano é muito divertido, criativo e inteligente. Felizes os brasileiros e estrangeiros que ao menos uma vez passam e se maravilham com a cultura pernambucana.
Está aberta oficialmente a temporada educativa 2011 do Espaço Ciência, no Complexo de Salgadinho, em Olinda. A exposição de estreia, “A Revolução dos Bichos”, apresenta vídeos, paineis, esculturas e fósseis como defesa da teoria da evolução. Imagens: Ed Wanderley/DP/D.A Press
Espaço Ciência, Secretaria de Ciência e Tecnologia Complexo de Salgadinho, Parque 2, CEP: 53020-560 - Olinda, PE Telefones: 81 3183.5531 (Visitação)
Concurso da Prefeitura de Olinda (vagas para professores)
A Prefeitura de Olinda vai realizar um concurso público para preencher 344 vagas no seu quadro de funcionários efetivos. As inscrições começaram na quarta-feira (16) e seguem até 13 de março no site da Universidade de Pernambuco (UPE) onde será disponibilizado o edital com todas as informações e calendário do concurso. As inscrições custam R$ 60 para os cargos de nível superior e R$ 50 as vagas de nível médio.
Para o nível superior, os cargos disponíveis são: auditor fiscal da Fazenda, médico de diversas especialidades, procurador municipal, professor e técnico nível superior. Já para os cargos de nível Médio, são oferecidas vagas para agente de trânsito e transporte, guarda municipal, professor, técnico administrativo, técnico da Fazenda Municipal, técnico em segurança do trabalho. Os salários variam de R$ 529,61 a R$ 6.767. * São oferecidas vagas para várias licenciaturas, o salário de professor está em R$ 959,95 para 150 horas no ensino de 6º ao 9º ano.Edital e inscrições: http://www.upenet.com.br/
UFPE abre inscrição para concurso com 14 vagas de professor titular
O prazo segue até o dia 29 de março de 2011; a remuneração é de R$ 11.755,05
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas para concurso público de professor titular, com 14 vagas no Campus Recife. Podem se candidatar professores associados e adjuntos, doutores, livre-docentes e pessoas de notório saber.
O prazo para a inscrição segue até o dia 29 de março de 2011. A remuneração é de R$ 11.755,05, incluindo vencimento básico, Retribuição por Titulação (RT) e Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas), em regime de dedicação exclusiva.
Os trabalhadores em educação da rede estadual aprovaram no final da manhã desta segunda-feira (14), o calendário de mobilização da Campanha Salarial Educacional 2011.
Durante a primeira assembleia geral do ano, no Teatro Boa Vista, a mesa composta pelo presidente do Sintepe, Heleno Araújo, e pelas diretoras da Secretaria Geral, Valéria Silva e Marinalva Lourenço, apresentou as propostas que foram discutidas, na semana passada, pelos demais integrantes da direção.
Foi aprovada a realização do 8º Congresso do Sintepe, de 30 de março a 2 de abril, cujas eleições para delegados começam nesta terça-feira (15).
O sindicato vai encaminhar aos parlamentares e à imprensa o resultado de uma pesquisa sobre a situação da educação estadual, já iniciada com os representantes setoriais da entidade. O Sintepe também convocará a comunidade escolar para participar da 3ª Marcha em Defesa do Piso e Carreira da Educação Pública.
Devido às denúncias sobre as ameaças diversas cometidas por gestores, a vice-presidente da entidade, Antonieta Trindade, sugeriu que a categoria esteja sempre munida dos Estatutos do Magistério e do Servidor Público para confrontar os abusos e ter seus direitos assegurados. "Estamos numa situação onde nosso maior inimigo é o medo no ambiente de trabalho. Mas, o medo em excesso é uma patologia e precisa de tratamento", alertou.
A direção ainda explicou que o trabalho da Comissão para revisar o Plano de Cargos e Carreiras ainda não foi concluído e, por isso, as reuniões do grupo estão mantidas. Entretanto, duas rodadas de negociação, geral e específica, já foram agendadas para este mês e março. No próximo dia 28, haverá plenárias nas escolas para levantar as reivindicações que irão compor a pauta que será apresentada ao governo.
O presidente do sindicato, Heleno Araújo, avaliou como positivo o primeiro encontro dos trabalhadores e espera o envolvimento de toda a classe nas mobilizações programadas para o semestre. "O consenso que conseguimos nos encaminhamentos fortalece a luta da categoria", observa.
CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO Fevereiro (durante todo o mês) – Pesquisa sobre a situação das escolas da rede estadual 16/02 – Reunião da Mesa Específica de Negociação dos Trabalhadores em Educação do Estado De 15 a 28/02 – Eleição dos Delegados para o Congresso do Sintepe (nos locais de trabalhos) 28/02 – Plenária em todas as escolas para definir a pauta de reivindicações da Campanha Salarial Educacional 2011 04/03 – Mesa Geral de Negociação dos Servidores do Estado 04/03 – Carnaval Sintepe com o tema “Balança que o Piso sobe” De 30/03 a 02/04 – 8º Congresso do Sintepe 10/04 – Entrega da pauta de reivindicações ao governo Sem data definida– Entrega do documento sobre a situação da educação estadual aos deputados estaduais federais de Pernambuco 1/03– Término do prazo de entrega da ata da eleição dos delegados 18/03 – Plenária dos Funcionários da Educação, às 9h, no auditório do Sintepe Abril(sem data definida)– 3ª Marcha Estadual e Nacional em Defesa do Piso e Carreira da Educação Pública Sem data definida– Plenária dos Professores de Educação Física com a presença de entidades governamentais e não-governamentais Sem data definida– Entrega de Moção à Executiva Nacional da CUT
Na esfera estadual, vimos na Globo e aqui no educAÇÃO BR uma escola em Pontezinha no Cabo, uma reportagem exibida semana passada, a falta de professores e de estrutura. Agora é a vez do poder municipal do Cabo de Stº Agostinho ser denunciado nessas imagens que mais uma vez, deixam os cidadãos comovidos. Educação pública de qualidade para nossa população, parece algo impossível. Quando será que vamos ao menos ver alguma mudança no horizonte? Quando as tormentas vão se transformar em Boa Esperança?
Em breve o salário mínimo vai empatar com o mínimo salário dos professores no Brasil, principalmente aqui em Pernambuco, onde o docente tem o pior salário do país. O mínimo tem que ser muito maior que R$ 545,00, são trabalhadores que fazem esse país crescer (menos para eles, mais para os empresários). Mas no entanto, essa discussão sobre o mínimo serve como reflexão: Um país que tem o mínimo definido em um valor não tão distante do mínimo bem real de um professor com ensino superior aqui em Pernambuco por exemplo. Deixa bem claro a preocupação que os nossos governantes tem com a educação, é também MÍNIMA!!
Líder do governo na Casa quer urgência
Da Agência Brasil
Brasília - O projeto de lei que fixa o salário mínimo em R$ 545 e prorroga até 2015 as regras acordadas com as centrais sindicais no governo Luiz Inácio Lula da Silva deve ser votada, no Senado, na quarta-feira (23). O líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), disse à Agência Brasil que vai requerer a urgência na tramitação da matéria para que seja apreciada diretamente em plenário.
Sem a urgência, o projeto seria encaminhado à votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) assim que chegasse no Senado. A previsão é que o texto aprovado com folgada maioria, na Câmara, chegue hoje (17) para a apreciação dos senadores. Assim que for protocolado, será lido em sessão plenária e iniciará oficialmente a tramitação.
A expectativa de Jucá é que o salário mínimo de R$ 545 seja aprovado pela mesma maioria folgada de votos, assim como ocorreu na Câmara. “Estamos confiantes. Espero que a base aliada, no Senado, garanta a aprovação expressiva que o projeto teve na Câmara. Vamos trabalhar para isso”, afirmou.
Afogados da Ingazeira tem curso sobre o semiárido brasileiro
O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), em Afogados da Ingazeira, está oferecendpo 50 vagas para um curso de especialização em Educação, Conservação e Manejo dos Recursos Naturais no Semiárido Brasileiro. As inscrições seguem abertas até o dia 25 de fevereiro, das 9h às 21h, no campus do instituto na cidade, onde ocorrerão as aulas. O curso é gratuito e não é cobrada taxa de inscrição.
Para se inscrever, o candidato deverá preencher um formulário, que consta no edital, disponível no site http://afogados.ifpe.edu.br/ . Também é necessário apresentar documento de identidade com foto, CPF, diploma e histórico escolar de curso superior, duas fotos 3x4, comprovante de residência, título de eleitor com comprovante da última votação, documentos comprobatórios do currículo, além de carteira de reservista para os homens com mais de 18 anos de idade. O candidato terá que levar a cópia de todos os documentos originais.
Ainda é exigida uma carta de intenção contendo as razões pelas quais o candidato tem interesse pela especialização e descrição da área e do objeto de pesquisa pretendidos. A inscrição só poderá ser feita de forma presencial, mas será aceita através de procuração com firma reconhecida. A seleção será composta de prova escrita, análise de currículo e entrevista.
O curso, com 18 meses de duração, terá início no dia 15 de abril. As aulas serão realizadas nas tardes de noites das sextas e nos sábados, pela manhã e tarde.
Critérios - Podem se inscrever profissionais da educação, com curso superior, que atuem na Rede Pública de Ensino (federal, estadual ou municipal), em ONGs ou movimentos sociais ou, ainda, que exerçam atividades na Educação Básica ou em trabalhos de extensão no semiárido brasileiro. A área de atuação do candidato terá que ser comprovada no momento da inscrição.
Deputados pedem explicações do MEC sobre kit contra homofobia
POSTADO ÀS 12:30 EM 16 DE Fevereiro DE 2011
Johanna Nublat, da Folha de São Paulo
O Ministério da Educação vai receber dois pedidos de informação encaminhados pela Câmara dos Deputados sobre o polêmico material didático, ainda em elaboração pela pasta, que aborda a discriminação contra homossexuais, conhecido por "kit contra homofobia".
O referido material é um conjunto de vídeos que seriam distribuídos a 6.000 escolas do ensino médio e abordam questões como o preconceito contra travestis e o relacionamento afetivo entre garotas.
Os pedidos de informação partiram de dois deputados evangélicos e foram ratificados na manhã desta quarta-feira, pela Mesa da Câmara. Um deles questiona o governo sobre os critérios de elaboração e distribuição do material; o outro quer detalhes do convênio firmado entre o ministério e a ONG responsável pela produção do kit e ainda quer cópia do material.
Na justificativa de um dos requerimentos, o deputado João Campos (PSDB-GO) diz ter recebido informações de que o vídeo "Encontrando Bianca" estimula que as crianças assumam sua "identidade homossexual", o que seria apontado aos professores como uma 'atitude correta a ser tomada dentro da sala de aula'.
O Ministério da Educação afirma não ter recebido os requerimentos e diz que o material didático ainda está em fase de análise.
Eu sou professor efetivo de química (concursado) do Estado desde 2006, e estava na Escola Lagoa Encantada até a semana passada, quando me transferi para uma Escola Semi-Integral. No ano passado, nesta mesma escola, além do meu vínculo como efetivo, assumi um contrato temporário para cobrir uma “lacuna” deixada por uma professora que mudou de escola de forma definitiva.
No ano passado, na referida escola (Lagoa Encantada) havia além de mim, pelo menos, 15 professores temporários (nas disciplinas de matemática, português, física, ciências, sociologia, filosofia, educação física, etc.) todos no ensino regular e em nenhum desses casos ocorreu em substituição de professores com licença, como propagandeado em todos os meios de comunicação pelo secretário de educação, Anderson Gomes. Tanto é verdade, que com a demora na convocação dos temporários “aprovados” na última seleção (aquela com 4.500), devido às queixas do MP, deixou a escola com um déficit de 16 professores no início do ano.
Para comprovar o desrespeito da Secretária de Educação ao MP e a nós professores, que fizemos o concurso de 2008 (eu também fiz e fui aprovado em 6º lugar) a GRE Sul está chamando os professores temporários, “aprovados” na última seleção para essas 16 vagas abertas. Inclusive me convocaram ontem e ligaram novamente hoje perguntando se eu gostaria de assumir uma vaga de química, como estou numa Escola Integral, não pude assumir as aulas que eram nos turnos da manhã e tarde (incompatível com o meu horário). Por ironia do destino, eu ocupei com um contrato temporário uma vaga que deveria ser minha como efetivo durante todo o ano de 2010. Só não continuei nessa condição devido à falta de tempo.
Em resumo, existem 16 vagas nesta escola que poderiam ser ocupados por nós professores concursados e serão ocupadas por contratos temporários. O secretário pediu mais 15 dias para informar a situação da rede, mas na verdade esse tempo foi pedido para que ele colocasse os 4.500 professores temporários nas escolas e depois dizer ao MP que não precisa convocar os professores concursados. Duvido muito que está situação esteja ocorrendo apenas nessa escola, seria ótimo se todos os nossos colegas fiscalizassem e divulgassem.
Carta de denuncia na integra, sobre a contratação de professores temporários anuciada pelo governo em janeiro de 2011, enviada ao educAÇÃO BR pelo professor de química da rede estadual de ensino de Pernambuco, Hércules Santiago.
São comoventes os depoimentos dos pequenos, filhos do nosso Pernambuco, tutelados pelo descaso do governo.
Vamos aguardar dia 25 de fevereiro e conferir se eles vão fazer o que é obrigação ou mesmo assim, ainda vão tentar se justificar.
Lembrando que essa escola, é uma das 1.117 no estado (uma das maiores do Cabo). O governo tem o costume de ir nas TV's, estampar nos jornais algumas poucas escolas onde o negocio é melhor, principalmente as que ficam na capital, no centro, em lugares mais visíveis. A maquiagem não cobre tudo!!!
Segundo a lei, a nossa carta magna (constituição) os contratos de forma temporária no serviço público tem suas restrições, devem ser adotados em caso emergencial, em casos de exceção, onde a administração pública não dispõe de condições justificáveis, prévias para realização de concurso público, este que é o ingresso na carreira pública, garantido por lei e mais democrático. No estado de Pernambuco e em quase todos, ou mesmo em todas as UF, as administrações insistem em algo que é cultural, histórico na politica nacional, a nomeação de protegidos, apadrinhados para o serviço público, prática legal na monarquia, que os nossos reis sem coroa continuam executando com muito pó de arroz para não deixar nossa linda democracia constitucional feia, com a cara toda borrada.
A Secretaria de Educação de Pernambuco no início desse ano, estampou nas capas dos jornais de maior circulação no estado a manchete: GOVERNO LANÇA SELEÇÃO PARA 4500 PROFESSORES. Quem lê, pensa, nossa! Que governão, Eduardo Campos tá que tá, é SUAPE, agora é na EDUCAÇÃO! Mas o bicho pega quando você pára e busca entender, 4500 numa educação que vai de mal a pior, contratados que terão remuneração de 700 R$, pouco menos do que a dos efetivos que tem o PIOR SALÁRIO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (e abaixo do piso, claro), vão trabalhar em escolas caóticas, sem condições e recursos correndo risco de morte devido a violência nas unidades de ensino.
Para piorar o desgoverno na educação, o estado realmente ignorou que tem um banco de concursados que passaram por uma seleção rigorosa, com ponto de corte de 60% das questões na prova, em mais um concurso que é gasto para os cofres públicos, anuncia promovendo o governo e faz seleção de 4500, com análise de currículos, sem empresa dessa vez, a própria secretaria é que fez o seletivo. Dessa forma, a educação no nosso estado, além de ruim, agora está cheirando muito mal, muita sujeira.
O Ministério Público de Pernambuco recebeu as denuncias dos concursados aprovados no último concurso (ainda em validade) e recomendou ao estado que se explicasse com um diagnóstico do quadro da rede e realizasse nomeação dos mais de 2000 aprovados (metade do que precisa na seleção de temporários), já que previamente ela coloca que esta forma de contratação de professores temporários para o ensino regular é ilegal. O novo secretário assumiu a velha secretaria e os mesmos costumes, Anderson Gomes teve o prazo de 20 dias dado pelo MP-PE encerrado dia 14 de fevereiro. O educAÇÃO BR e o MOPROPE estiveram com a promotora Eleonora Rodrigues no mesmo dia, a mesma declarou que o secretário tem intenção de pedir prorrogação do prazo por não ter ainda o diagnóstico da rede, e que este será ou não dado por ela, decisão que está prevista para quinta feira (17). Se o prazo não for prorrogado, a promotora disse que entrará com uma ação civil pública contra a secretária de educação.
O fato é que desde o início do ano letivo (O2/02) faltam professores nas escolas, denuncias e mais denuncias são protocoladas na ouvidoria do MP-PE, pais insatisfeitos e crianças tendo seus direitos e futuro prejudicados. Para quem anuncia 4500 contratos, que segundo o ministério público, são ilegais, e até o presente momento divulgam portarias de contratação no diário oficial que somam 800 professores temporários, o governo vai bem, bem mal, nem o errado está fazendo certo! Bem, só nas matérias pagas nos jornais, pois na realidade, que é o que interessa, a coisa tá feia!!!
13h40 - MPPE solicita à Secretaria de Educação levantamento de vagas para professores e nomeação imediata de concursados
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está recomendando à Secretaria Estadual de Educação que apresente, no prazo de 20 dias, levantamento sobre a demanda atual do magistério público para atuar na Rede Estadual de Ensino. O objetivo é apurar se os candidatos aprovados no último concurso do Estado podem ser aproveitados nas vagas disponíveis. Em caso positivo,a Secretaria deve providenciar de imediato as nomeações. De acordo com a promotora de Justiça Eleonora Marise Silva Rodrigues, a contratação de temporários para atender ao ensino regular, em detrimento ao concurso público, viola o que prevê a Constituição.
“A Secretaria de Educação está fazendo uma inversão dos procedimentos”, explica a promotora Eleonora Rodrigues. A justificativa é que a contratação de professores temporários tem o intuito de assegurar o início do ano letivo e que as nomeações dos classificados no concurso público serão realizadas após esse processo, garantindo a adequada correlação entre disciplina e qualificação. No entanto, o Estatuto do Magistério Público Estadual de Pernambuco, estabelece que a substituição de professor efetivo se dará com de professor de igual ou superior habilitação, e, apenas diante da impossibilidade do cumprimento de tal disposição, poderá haver a substituição por professor contratado por prazo determinado.
A contratação temporária de pessoal, prevista no artigo 37 da Constituição Federal, deverá ser realizada somente para atender situações excepcionais, incomuns, imprevisíveis, que exigem satisfação imediata e temporária. Todavia, os afastamentos legais de professores de salas de aula não configuram hipóteses excepcionais, mas sim situações corriqueiras, inerentes ao dia a dia das carreiras do serviço público. Por isso, o MPPE também solicita que a Secretaria de Educação organize seu quadro de professores de forma a suprir as possíveis carências existentes.
Contratação temporária - A utilização do instituto da contratação temporária na educação no Estado de Pernambuco foi objeto de fiscalização pelo Tribunal de Contas (TCE/PE), nos anos de 2006, 2007, 2008 e 2009, através da análise das contas do Governo Estadual. Quando comparados os dados de 2008 com os de 2009, verifica-se que houve uma redução no quantitativo de servidores efetivos, que passou de 35.725 para 34.581 e um considerável aumento, de aproximadamente 106%, do número e servidores contratados temporariamente - de 10.258 para 21.081.
Houve, nesse período, a elevação do gasto com os profissionais contratados temporariamente de R$ 65.715.302,32 para 151.088.910,21. O MPPE entende que a conduta adotada tem sido prejudicial à qualidade do serviço público de educação prestado à população pernambucana, seja por impedir o ingresso nos quadros de profissional dotado de maior capacidade, seja pela necessidade de investir na capacitação de profissionais, que pela própria natureza do seu contrato de trabalho, têm permanência limitada na rede pública.
O protesto solidário é dos professores, técnicos e administrativos aprovados no último concurso em 2008 da SEDUC-PE, eles ainda aguardam nomeação enquanto o estado está contratando de forma temporária mais 4500 professores. Após a doação, os profissionais da educação foram para os cruzamentos da Agamenon Magalhaes de baixo do ardente sol recifense distribuir cartas abertas a população.
O ato ocorreu dia 05/02/2011 no HEMOPE em Recife-PE
É dificil dizer o número de vezes que protestos como estes já aconteceram nas areias das praias pernambucanas, mas pelo que parece, a educação é enterrada e o povo vai junto para a vala, os políticos, HÁ HÁ, que na maioria deles nuca estudaram em escola pública, muito menos seus filhos, devem só olhar e fazer vista grossa das sacadas luxuosas alá Acaiaca, ao ver o corpo magro da educação pública sendo coberto pela areia, dizem sem uma única lágrima. - "Boa Viagem".
O MOPROPE (Movimento Organizado dos Professores de Pernambuco) fez manisfesto, mesmo com o tempo adverso na manhã de 22 de janeiro de 2011 para protestar com o enterro simbólico da educação. O governo no ano em que entitula de "ano da educação" prioriza a contratação temporária de 4500 professores quando existem no banco de reserva do último concurso mais de dois mil profissionais esperando convocação, O governo vem colocando a educação em último plano no estado e passa por cima da constituição, do Ministério Público e dos profissionais em seus direitos para fazer a farra dos contratos. Na ocasião foram distribuidas cartas abertas a população e foi feita uma entrevista a rádio CBN.
Já me peguei muitas vezes pensando no porquê de eu ser professor, de ter escolhido essa profissão, diante de uma gama enorme de ofícios, fui escolher logo esse para a minha vida. Logo esse que é desvalorizado, quase que sem status, sem remuneração digna, sem perspectiva de melhora nesse país que historicamente construiu assim seu sistema educacional, com o pensamento das mentes governantes, desde D. Manuel I a Lula/Dilma, moldado na convicção que um país sem educação, será um país menos do povo e mais das elites, mesmo considerando mudanças significativas nessa distância nos últimos governos.
No entanto, já que pensando eu estava, não pude deixar de refletir sobre o papel da profissão, o seu real valor, assim a ótica muda, embora a realidade seja a mesma, temos a vista diferente, esta que pode impulsionar o ideal a virar real, pois a função da profissão é uma e a ação pode estar sendo (está sendo) outra.
E qual é esse ideal? Uma educação bancaria na pedagogia e na gestão, estrutura administrativa, onde o professor é um subproduto do grande produto comercial que está (já virou) a educação? Uma educação onde o professor de escola pública não matricula o seu filho na escola em que leciona e reclama de salário ao político que também não coloca os dele? Uma educação onde o professor por não ganhar bem ou não ter estrutura, não dá aula direito, falta de proposito, reclama de tudo, não faz algo concreto, sem ato político ou politizador, permanece na mesma, não pede exoneração e reproduz esse seu fracasso em centenas de estudantes durante sua vida? Perguntas que muitos dos educadores brasileiros são os sujeitos da questão, muitos que infelizmente querem ser realistas sem o mínimo de idealismo, de formação politica, por isso o velho discurso tão ouvido – Professor é uma raça desunida danada! Claro, são muitos corpos sofridos e poucas mentes capazes, interessadas também em tornar a função (belíssima) em ação e então, uma realidade.
Depois de tanto pensar (ainda continuo pensando), vejo a função de educador como algo possível de virar prática no Brasil, que o trabalhador, o educador pode tentar com êxito a revolução da educação, esta que será a mãe de todas as outras revoluções no país. Precisamos de mais esperança, não a de esperar, mas aquela que nasce da consciência de quem é oprimido e sabe que é e como se é, que sabe do seu opressor, aquela que Paulo Freire na sua pedagogia da esperança coloca que é necessária para o processo educativo da mudança, porém, só com ela não se chega a canto nenhum, a mera espera sem ação é rua principal de lugar algum.
Assim “penso, logo existo – não Descartado”, estou inserido como pessoa, ser político e histórico, como educador, se a educação existe, é por que a fazemos, e a função desta, é a mudança, a transformação para o que deve ser, para o real ideal. Por isso penso que eu escolhi ser professor, e essa função me escolheu, assim como para os demais colegas, dentro ou fora da escola, em casa, na rua, essa função é demasiadamente humana, é nossa. Vamos ter esperança sem esperar, vamos agir, vamos fazer, vamos ser o ideal-real, vamos educar!
Dhiogo Rezende. Professor de História. Idealizador do educAÇÃO BR.